segunda-feira, 23 de julho de 2007

A-banhos

A administração deste blogue vai a-banhos para terras de Sua-Majestade, regressando no início de Agosto.

Durante a estadia, traduziremos alguns Harry Potteres para o dialecto mirandês e barranquenho, de modo a atenuar essa subserviência lusa à cultura anglo-saxónica. Tentaremos também reflectir sobre o enigma de alguns documentos que comprometem pessoas altamente colocadas na paróquia. E chega.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Dos textos sagrados

O texto da entrevista do presidente da câmara da Covilhã à revista Visão, apresenta um teor de tal forma esotérico, que nem o mais aturado exegeta conseguiria descortinar.
A certa altura da converseta começa a pairar no ar a dúvida, o mistério. Só falta mesmo um código para decifrar o enigma que encaminhe o indigena para a verdade.
De maneira que, não há muito para dizer ou comentar, porque a prosa desliza para supostos documentos sagrados, cujo conhecimento é pertença apenas de um, ou alguns iluminados, quiça da divindade. Estranho. Muito estranho. A revelação surgirá um dia sobre “o manto diáfono da fantasia ou da nudez crua da verdade”. O futuro o dirá, se houver futuro.
Aguardemos por piores dias.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

pedalar pelas colinas


Anda alegre a campanha pela capital. Tão alegre que alguns putativos candidatos ecologistas, já pedalam pela urbe de Ulisses, mostrando ao rebanho que a bicla polui bem menos que a viatura. O problema, dizem, são as colinas. Venham prá Covilhã experimentar as ciclovias da encosta, que logo vêem o que é penar.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Os outros sentidos da língua portuguesa

Se o Mário Mata,

a Florbela Espanca,

o Jaime Gama e o Jorge Palma,

o que é que a Rosa Lobato Faria?

E, já agora: Talvez a Zita Seabra para o António Peres Metello...


segunda-feira, 9 de julho de 2007

Lembremos Brecht

Num tempo de megalomanias e outras vaidades dos Indigenas, lembremos Brecht,

Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilònia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam os seus obreiros? No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde foram os seus pedreiros? A grande Roma está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio só tinha palácios para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida na noite em que o mar a engoliu viu afogados gritar pelos seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Indias sozinho? César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço? Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha chorou. E ninguém mais? Frederico II ganhou a guerra dos sete anos Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória. Quem cozinhava os festins? Em cada década um grande homem. Quem pagava as despesas?

Tantos relatos
Tantas perguntas

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Outra vez os amendoins ?

Nota da confraria do amendoim


É bem verdade que o debate politico cria idiossincrasias pouco edificantes, e a verve sem freio desliza bastas vezes em impropérios para a discussão pública. É verdade, mas não é isso que nos traz aqui hoje, nem será nunca nosso propósito, discorrer acerca de prosas glorificadores de tão distintos egos municipalis.
Já o tinhamos dito antes, e continuamos a repeti-lo; como elementos da confraria do amendoim, não nos parece adequado, o tratamento que as partes em confronto na Câmara municipal da Covilhã, tem dado a esta substância, rica em vitaminas, carbo-hidratos, sais minerais e erecções fortuitas sem contra-indicações. Consideramos mesmo abusivo que, por-dá-cá-aquela-palha, toma lá um amendoim.
De maneira que, começa a ser enjoativa a recorrência prosaica a este alimento de aparente insignificância, mas de alto teor calórico. Não nos obriguem vir aqui defender a honra dos confrades, qual cão de Pavlov, de cada vez que um putativo escriba municipal investe contra a dignidade do amendoim.

A confraria recomenda alguma prudência, e repudia todas as tentativas que visam transformar o amendoim em metáfora de gosto duvidoso, ou reduzido á condição retórica de uma qualquer investigação da IGAT.
Já é tempo de se meterem com o tremoço, o pistacho, ou o caju.

Haja decoro senhores. Haja decoro.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Covilhã/C.Branco, uma guerra desde os primórdios da nacionalidade

Um dos grandes desígnios da Covilhã e das suas gentes, ao longo da história, foi ser o maior centro urbano da beira interior, desde o tempo do segundo rei de Portugal, que lhe concedeu o privilégio de maior concelho do interior, num vasto território, que abarcava parte do “distrito” da Guarda e todo o actual “distrito” de C. Branco.
Contudo, a manutenção e perda de jurisdição nestas terras, teve custos e alguns sacrificios para os habitantes da cidade neve.
O documento consultado reza assim:

“A propósito de uma questão de limites de concelho, há notícia de conflitos de certa gravidade entre a Covilhã por um lado, e C. Branco e a ordem do Templo, por outro, tendo havido mortes danos e injúrias de parte a parte.
Os conflitos ficam sanados pela assinatura de um documento de antes de 1230 (ao tempo de D. Afonso II). Este documento tem as assinaturas do alcaide da Covilhã, do bispo de Viseu, do alcaide-mor de Santarém e do chantre de Idanha-a-Velha.”

Fonte: Do foral à Covilhã do séc.XII. Documento citado por Alfredo Pimenta, in ob. c. p. 25


terça-feira, 3 de julho de 2007

Democracia e correspondência



É certo que, a governação socialista tem deixado boquiaberto o indígena luso, não tanto pela opacidade das reformas que tem apregoado, mas pelos dislates compulsivos, e pela prática persecutória levada a cabo em redutos de poder disseminados pelo território pátrio.
A última vem da directora da sub-região de saúde de C Branco, que achou por bem, vasculhar a correspondência dirigida aos seus funcionários. Sim senhora!!!
Se é verdade que o poder tem o seu quê de afrodisíaco, não é menos certo, perdoe-me o estimado leitor, que a fauna socialista anda prá aí a foder a democracia a torto e a direito.