quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Regionalizar por aí

A tendência recente da organização administrativa da pátria lusa, com o patrocínio do governo do Senhor Engenheiro José, já não passa apenas pela manutenção do fenómeno da litoralização, mas antes, por uma politica que, historicamente, tem fomentado a concentração de serviços nas “capitais de distrito“ da província. É deste modo, que agora surgem dois interiores distintos: um desenvolvido e com qualidade de vida, à conta das benesses do Estado, o outro, agro-pastoril e subnutrido à espera de melhores dias, como é o caso da Covilhã e demais comarcas da região.
Bom, podíamos fazer uma referência ao novo mapa judiciário para Beira Interior Sul, mas não temos tempo. Dizemos apenas, que tudo está a ser feito à conta do esvaziamento de serviços que seguem uma lógica essencialmente casuística, resultante de uma visão inane, que dissocia o território dos seus habitantes: uma “justa” medida que conduz ao definhamento de regiões que andam há muito encharcadas de Prozac.

Estamos convencidos que o caro leitor já entendeu que a Covilhã precisa é de uma verdadeira regionalização, que permita aos cidadãos participar nos processos de planeamento regional, obrigando a sua abertura à sociedade. Enquanto não confiarmos, sem receios, na capacidade das populações para exercerem o controlo sobre os exercícios na coisa pública e, se ao mesmo tempo, não procurarmos que elas adquiram mecanismos para o puderem fazer,então, estaremos sempre sujeitos a soluções de força e de carácter mais ou menos ditatorial, como estas que chegam a conta gotas do poder central em benefício das “capitais de distrito”.
Hoje é o tribunal. Amanhã será a Universidade.
Aqui pra nós que ninguém nos lê, o problema da Covilhã, para além do jugo ancestral ao centralismo manipulador de Castelo Branco, foi o de nunca ter uma estratégia que lhe marcasse o destino como capital regional, mas pior que isso, é o seu secular entretenimento em autênticos regabofes de metal sonante, e de expansões urbanas sem qualquer racionalidade funcional e sociológica, ou sentido económico, e que muitos dos inefáveis patronos tem designado de peças estruturantes, de novas centralidades, e outras tretas para deslumbre dos indígenas. Quando acordarem vai ser tarde de(mais).

Uma coisa é certa: a actual tendência para a desinstitucionalização pública (fecho de escolas, serviços de saúde, tribunais, cursos superiores, etc.) resultantes da actual vaga de racionalização económica do Senhor Engenheiro José, vem penalizar centros urbanos que não gozam do estatuto de “capitalidade”, como é o caso da Covilhã, e vão agravar fortemente os factores de desertificação, sendo que, a breve prazo, a Cidade Neve caminhará a passos largos em direcção à sua origem agro-pastoril.
E o pior estará sempre para chegar.

Tonho

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Escritos


Datados dos finais do século XIX, estes trechos foram retirados do livro de José Germano da Cunha, “A torre dos namorados1866

“Albucaciu-Tarif chama Florinda á filha de Juliano. Este foi senhor na Lusitanea de Cêa, S.Romão e bobadella, e muitas outras povoações nas faldas da serra da Estrella e tambem da Covilhã, que elle povoou, e em que viveu por algum tempo, nascendo ali sua filha, pelo que os auctores antigos lhe chamavam cava juliani (monarchia lusitana). E deu-se a Florinda o nome da cava, que quer dizer mulher má, adultera, dissoluta (vestigios da lingua arabica em portugal ). Há quem repute a história de Roderico uma verdadeira ficção ( notas do traductor da história de la cléde). “

(...) O forte da Covilhã Velha, era pois o ponto, em que o alcaide concentrara suas tropas, que nestes sitios, alguns annos depois, tinham reduzido à obediencia o diminuto e enfraquecido numero de Godos que haviam tentado resistir ao terrivel poder dos musulmanos (...)

(…) É noite de S. João, noite querida e abençoada por christãos e mouros. Na Covilhã Velha o povo folga e ri; e accende crepitantes fogueiras de rosmaninho, que se desfazem em espessa ondas de fumo, embalsamando o ar com os seus perfumes: as lindas sarracenas ao saltal-as, mostram aos olhos avidos o pequenino pé, e o tornozello tambem se vio, mal coberto pelos curtos vestidos (...)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Acerca dos enchidos e outros afins

Perdoe-me caro leitor a ingenuidade analítica, e o deslize paroquial, mas por muitas voltas que dê ao estudo críptico, publicado no JF, sobre qualidade de vida na "Beira Interior", ainda não consegui vislumbrar um único parâmetro, sobre o que quer que seja, que me leve a crer que em Vila de Rei, (localidade do pinhal interior, do tamanho do Bairro do Rodrigo) haja de facto, mais qualidade de vida do que na Covilhã.
É claro que, qualquer estudo comparativo entre duas localidades deve contemplar aturadas análises multifactoriais. Mas quais?

Qualquer reflexão mais seriamente aprofundada, levar-nos-ia a colocar a pergunta:
Qual o significado de qualidade de vida na Covilhã e em Vila de Rei? Que razões objectivas lhe subjazem?
Daria sem dúvida uma bela tese académica. Mas não vou por aí. Não tenho tempo, nem me apetece.
Cá para mim que sou um ignorante na matéria, precipito-me mais para a qualidade dos enchidos; prós maranhos e outros afins.
Prontos. Fica a minha ignorância e o meu desatino.

Tonho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A primeira fiadeira

A fiadeira de água, movida por energia hidráulica foi, provavelmente, uma das primeiras máquinas de tecer, por meados do século XVIII, localizada em pequenas fábricas ao correr das ribeiras da Goldra e da Carpinteira.

Esta máquina de fiar foi movida inicialmente por cataratas de água, provocando a decadência do sistema de fiação doméstica, permitindo o desenvolvimento das fábricas têxteis pelas encostas da Covilhã.
A evolução técnica acabava de transformar uma operação artesanal de fiação numa outra industrial.
Foi Samuel Crompton que acabou em 1785, por estabelecer as operações de fiação na sua forma quase definitiva.
Com a combinação das máquinas de fiar anteriores, esta invenção permitia obter um fio mais forte e uniforme, adequado tanto para a trama como para a urdideira, adaptado a todo o tipo de tecidos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Aeroporto e Anjo da Guarda

Já afirmámos várias vezes por aqui, que as cidades são organismos vivos que se desenvolvem em ciclos de vida, atravessados por momentos de crises e prosperidades, sempre ancoradas no esforço e empenhamento colectivos daqueles que as habitam; não são, propriamente, fruto de vontades, vaidades, ou protagonismos individuais. Dizemos nós.
Também já reiterámos que há um sentimento de pertença a ligar o indígena ao lugar matricial, que não pode, nem deve, enviesar-lhe o discernimento, a pontos de romancear a realidade por entre inimigos imaginários, e desmandos paroquiais, como os que, amiúde, são trazidos a público no pasquim Interior. Escribas de pacotilha transformaram aquele semanário num vale de lágrimas, onde são manifestadas sentidas preocupações com a vizinhança do sul, estranhamente, com a designação Beira Interior; um conceito, segundo eles, cozinhado em prol da Covilhã, projectando-a, quiçá, para capital d’uma putativa região autónoma do interior luso. Bom! Esta é a parte quase séria. Deixemo-la assim.

A outra parte, mais do género ficcional, aporta um rasgo de inteligentzia doméstica, acabado de chegar à comarca por um estratega do desenvolvimento sustentado, que defende a localização do aeroporto regional na Guarda.
Não fora o tom sério, que o cientista pôs na defesa de tamanha empreitada, numa cidade a hibernar desde que o Senhor Sancho a fundou, e o mais incauto dos leitores pensaria tratar-se d’um delírio quixotesco: um Anjo da Guarda a vislumbrar aviões por entre vales e rochas nunca d’antes navegados. Foi, sem dúvida, um grande serviço prestado á urbe que, seguramente, ainda não se deu conta da importância que tem.
Podia o caro estratega, na sua douta opinião, defender uma rede de complementaridades entre as duas cidades, ou manifestar o seu desagrado perante a ofensiva do governo em encerrar o interior do país; mas não, deslizou alegremente para o despautério de fazer arribar à "capital" da Beira Alta, vá lá saber-se porquê, umas pistas de aviões para contentamento dos pacóvios. É a sua opinião. Prontos.
O que já não nos parece tão certo, é a forma como cai na banalidade de pronunciar um judicioso parecer sobre a matéria, que não está provado ser o que melhor defende a coesão regional. Muito menos a Covilhã.

Porque será?
Bom, foi coisa que o velho Marx nunca nos disse.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Uma semana em grande

Já reparou caro leitor, como foi agitada esta semana na lusa pátria:
primeiro foi metade dos parolos de Lisboa, em vias de serem evacuados por causa d’uns pingos de enxofre despejados num jardim; depois, ali prós lados de Penamacor, uma região a sucumbir de tédio, foi avassalada com ruídos ultra sónicos dos F 16, armados em parvos à conta do erário público. A Força Aérea veio dizer que paga os estragos; mas haverá, porventura, dinheiro que pague a interrupção involuntária do coito, a que os coelhos foram submetidos? Claro que não. Ainda por cima, habituados a práticas de fornicação compulsiva; coitados, foi uma dor d’alma vê-los perecer com enfarte em plena cópula.

Prá semana acabar em beleza, já só falta a SAD do Sporting assinar um contrato vitalício com Paulo Bento.
Ou então, o Senhor Engenheiro vir dizer, em árabe, que criou 150 mil empregos desde 2006.

ALA AQBA,

Ermengarda

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Obras na comarca

O Parque Goldra será , seguramente, uma das melhores intervenções no espaço público da Covilhã. Aqui ficam algumas imagens da sua construção em tempo útil.

Outubro de 2006

Junho de 2007


Janeiro de 2008

O espaço em baixo, fica reservado para a foto de familia no dia da inauguração


terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Outras leituras - D. H. Lawrence

Em tempos de leituras vãs, propomos-lhe uma narrativa diferente: um autor amaldiçoado pelos preconceitos d’uma sociedade hipócrita.

D. H. Lawrence, (1885-1930) Conhecido como um escritor maldito. Pertenceu à escola realista. Abordou temas considerados controversos no início do Século XX, como a sexualidade e as relações humanas. Por vezes utilizava-os como resposta à desumanidade de uma cultura industrial instalada. Estas características que penetravam na hipocrisia do mundo britânico, acabam por ter um efeito profundo no relacionamento entre a literatura e a sociedade; estendem-se a praticamente todos os géneros literários. Lawrence publicou novelas, contos, poemas, peças de teatro, livros de viagens, traduções, livros sobre arte, crítica literária e cartas pessoais.

"O Amante de Lady Chatterley", adaptado já ao cinema, tornou-se o seu romance mais conhecido. Trata-se de uma narrativa, com uma grande carga erótica, que causou na sua época, alguma perturbação e escândalo na puritana e preconceituosa sociedade inglesa. De notar que, esta obra esteve proibida em Inglaterra e nos EUA, até ao ano de 1960, chegando a ser considerada pornográfica.
Outras obras:
Filhos e amantes (1913)
Mulheres apaixonadas (1920)
A serpente emplumada (1926)


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Descompostura

Dirijo-me novamente a si, caro condómino, desta vez para o descompor.

Dizem as más línguas, que o patrono prossegue imperturbável, e vai daí, promoveu mais um indígena ao maçador encargo de chefe de gabinete do condomínio. Fora ninguém ter entendido o porquê do ajuste doméstico, parece que o caro condómino também não percebeu patavina; mas depois põem-se para aí com desbocadas insinuações contra a gestão da paróquia.

E depois, se o patrono contratou mais um chefe de gabinete, qual é o problema?

Você sabe, porventura, a razão de tamanha lisonja ao erário dos aborígenes? Pois é! Não sabe. Com certeza que não foi para enfeites citadinos, ou para encher de aquários a Casa dos magistrados.
Já se preocupou em saber do majestoso cometimento previsto para o próximo ano no condomínio, ou da importância que se reveste mais uma cabeça pensante?
Saiba que é preciso acabar de pintar a fachada do prédio: há obras que não estão acabadas, outras nem sequer começaram, nem vão ter fim. Entenda isso d’uma vez por todas senhor condómino.

Tachos ? Quais tachos ?

A sua virtude, caro vizinho, é não ter virtude alguma. Não passar de um ente rasca, delicadamente grosseiro, mas rasca; assombrado de miséria e mesquinhez, apenas preocupado com as canalizações.
Não, desta vez não posso corroborar com a sua leveza inconsciente. Você é uma vergonha caro condómino. Só uma mente perversa como a sua, faminta de profundidade e actualidade é que se lembraria de atacar a lucidez organizativa do condomínio.
Em vez de andar para aí como espectador distraído da coisa pública, em inanes derivas contra o putativo desmando do inefável patrono; devia munir-se da informação primordial, das empenhadas lides niilistas da comarca para o annus que se aproxima.

Más línguas é o que vocês são todos, caros condóminos. Más línguas.
Hoje nem me despeço
Ermengarda

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Filmes em DVD - Babel

Iñárritu, realizador de Babel, conta-nos quatro histórias que confluem umas com as outras, tornando-as interdependentes. Há uma intenção clara de dotar estas distintas linhas narrativas d’um tom que faz lembrar o “efeito borboleta” ainda que possamos falar do destino inexorável do ser humano, ou de mero azar.
O filme começa precisamente neste efeito cascata, com dois adolescentes marroquinos, pastores e inconscientes, como é próprio da sua idade, a disparar por jogo contra um autocarro, ferindo uma turista americana. Do outro lado do atlântico, a vida relativamente cómoda d’uma ama mexicana que tem a seu cargo os filhos do casal americano, transforma-se em catástrofe. No espaço de um dia vemos a vida da família dos adolescentes magrebinos alterar-se radicalmente.
O segmento que parece mais desajustado na intersecção destas narrativas, é o que se desenvolve a partir do Japão, com a adolescente surdo-muda, e os seus problemas de relacionamento com os homens, devido a complicações de natureza comunicacional. Este bocado da história, afasta-se um pouco das quatro linhas argumentativas que o realizador apresenta; tem, por isso, um vinculo superficial, sustentado apenas na existência de uma espingarda que desencadeou a tragédia.

Moral da história, a Babel de línguas que é o mundo, e as diversas linguagens de que somos dotados, parecem insuficientes para entender o outro.
Num mundo cada vez mais globalizado e à procura de identidade, Babel viaja por quatro histórias levadas ao limite, capazes de emocionar qualquer um, e ao mesmo tempo fazendo-nos participar nelas.

Babel somos todos nós.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Divino Esclarecimento

O post aqui colocado com o titulo, A função religiosa do apóstrofo, mereceu por parte de um putativo membro da Opus Dei da paróquia, o seguinte comentário via e-mail:

Acuso este blogue de, por várias vezes, denegrir, ostensivamente, a imagem sacrosanta da organização, assim como a de todos os católicos, fazendo lembrar a fúria persecutória e a crueldade do Império Romano pagão.
Para quem, na relativa tranquilidade reinante do Ocidente, já viu desaparecer o terrível flagelo do comunismo soviético, não será, agora, um reles blogue que ninguém lê, a desmobilizar a palavra de Deus.
A vossa falta de piada em alguns textos, chega a raiar a injúria, e o mau gosto, pelo que vos aconselho, alguma moderação na escrita.
E, como assegurou o Divino Redentor: as portas do Inferno não prevalecerão.”


Nota do blogue: Não iremos, obviamente, responder ao desmando divino. No entanto, deixamos aqui por baixo, um precioso instrumento higiénico, para entretenimento e limpeza dos acólitos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A função religiosa do apóstrofo

Esta foi a resposta d'um cromo, num teste muito católico de português

Não temos bem a certeza, mas os apóstrofos devem ser estes gajos que estão aqui por baixo, a dormir sobre a mesa. Os apóstolos, se calhar, ficaram em casa com as respectivas epístolas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Elevações no condomínio


Hoje escrevo-lhe a si, caro condómino a propósito do elevador e outras obras do condomínio

Confesso-me roída de curiosidade de ver arribar o elevador de (Santo André) desde as escarpas da Calçada Alta, até ao Mercado Municipal; uma viagem grandiosa que deve fazer sorrir os paisanos de tão desconcertante utilidade paisagística, ou outra, que a minha humilde inteligência ainda não conseguiu vislumbrar. Dizem que fica mais em conta que o putativo teleférico, que não passou d’um tiro de fantasia do patrono.
No fundo, no fundo, são mais uns tostõezitos do erário público para o bem da plebe, coisas insignificantes, que dão brilho à obra de fachada, onde o vazio é a matéria-prima.

Pois é, enquanto a vizinhança vai assobiando pró lado, pastando por aí em divertidos oratórios, para entretenimento do índigena, com privatizações da água e outras merdas sem relevância alguma; a par disso, dizia eu, os zelosos guardiães da coisa pública, vão desembaraçando o novelo do condomínio pela superfície das coisas, com elevadores, pontes pedonais, e outras tantas tretas erigidas em torno duma monumentalidade patética, sem custos para o utilizador. Maibom!

Claro, caro condómino, que a culpa, também é sua porque, em vez de erguer o brado contra esta paisagem a cair de podre, ou gritar de protesto contra a situação instalada, vocemecê faz o quê?
Vai-se demitindo da participação cívica, na mesma medida em que o prédio vai ruindo pelo telhado; por causa destas e d’outras, é que a horda de luminárias, armadas em arautos da pós modernidade citadina, continua a acreditar que o mundo desabará se privado do seu (deles) umbigo. Mais tarde ou mais cedo hão-de empurrar a comarca para perto do abismo. Acredite caro vizinho, que o logro manifesto e a manipulação dissimulada levada a cabo pelos gestores do condomínio, tem objectivos que, não sendo político-ideológicos, vão-se tornando cada vez mais numa fábula, em que você já começou a acreditar.
Saudações da vizinha

Ermengarda

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O primeiro de 2008

Passada a deriva natalícia com as costumeiras e inanes mensagens dos heréticos gentios; iniciamos o Novo Ano com um pensamento escorregadio copiado das Intermitências da Corte:

“Perder tempo a foder é a humanidade no seu estado mais vulnerável.Errar não é humano. Foder é, isso sim, o mais humano que pode haver. E é esse, só esse, o nosso erro. “