terça-feira, 31 de março de 2009

Nasceu aqui por perto

Retomamos alguns aspectos laterais da história de um povo, que teve origem aqui no condomínio. É uma estória breve, e sem piada, d’um idiota útil do mainstream serrano, traído e assassinado há alguns anos. Precisamente neste dia 31 de março (II dC). Por isso o recordamos hoje.
Convém esclarecer, em primeiro lugar, que os lusitanos, quer dizer, os condóminos da encosta virada a sul, martirizaram durante uns quantos anos o Senado romano, sobre a égide de um grande líder, um cromo chamado Viriato, dotado de todas as virtudes humanas que qualquer covilhanense contemporâneo possui: inteligência, humanismo, compleição física, e um nível cultural igual ao de qualquer vereador ou presidente de junta, que lhe permita avaliar as ténues diferenças entre um galo de capoeira e um frango do campo. Mas não vamos por aí. Até porque o nosso pastor governante, soube quase sempre estabelecer as escassas diferenças entre o pastoreio de cabras e a visão estratégica dos combatentes lusos na luta abnegada contra Roma
Viriato, como já dissemos, era pastor, e em principio guardava cabras, nasceu na Covilhã (não em Viseu como diz o sô Ruas), mais exactamente nos Montes Herminios, aos 700 metros d'altitude, o que acrescenta a tese da sua naturalidade ficar associada à Cidade neve, tornando-a no verdadeiro berço da pátria tuga, (Séculos mais tarde criou-se o outro berço da nacionalidade, mas Guimarães chegou muito tempo depois, com um gajo que se limitou a conquistar montes insignificantes com 150 M d’altitude). A este propósito, cuidaremos em breve de por a circular uma petição, aqui no carpinteira, para reclamarmos pró condomínio, a naturalidade deste grande chefe luso Viriato.

segunda-feira, 30 de março de 2009

коммунистический выбранный

Меньшее время, электоральный поступок в Covilhã мы считаем сверхсчетно что также CDU, в все еще представляло выбранному камеру. В ³ оно смотрит ¡ я одно больше времени угадать, и мы держали пари в королях Silva камрада. Увидеть мы идем.

domingo, 29 de março de 2009

Um erro de marketing

Este outdoor do BE tornou-se num erro comunicacional, pelas interpretações perversas e ambíguas que suscita. Senão vejamos: o pressuposto de que as empresas com lucros não devem despedir, pode levar-nos a pensar que todas as que tem prejuízos o possam fazer. Mas esta, é apenas uma das leituras politicas possíveis. O pior, quanto a nós neste cartaz, é que ninguém ache graça quando se atira uma criancinha pró lixo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Aparentemente nada os divide

Todos os candidatos ao cargo de reitor, defendem uma cultura de qualidade e o reforço da investigação na UBI. Ou seja, aparentemente, nada os divide.
Depois dos últimos tempos de acalmia e troca de laudas entre os quatro catedráticos, a novidade surge agora do professor Jorge Barata, ao referir que a grande surpresa neste processo está na recandidatura de Santos Silva. Ao lembrar que o actual reitor anunciou, numa reunião de Senado, que só tentaria um quarto mandato no caso de não aparecerem candidatos.

Mas ainda diz mais, pois considera «incompreensível» que não tenham decorrido eleições em 2007, à luz da legislação que então vigorava. O (RJIES) não pode justificar o alegado incumprimento. «Deixou-se de cumprir a lei que vigorava em 2007 porque se estava à espera da aprovação dos novos estatutos de 2008, o que é algo de terceiro-mundista», alegando uma “situação rocambolesca”.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A RUDE rural

A RUDE, uma associação ligada ao mundo rural, tem apresentado nos últimos tempos características multifacetadas, onde cabe tudo, ou quase tudo, desde a campanha promocional 5 estrelas, até ao mais recente projecto de geriatria:
O Mercado Popular, (RUDE) na zona da Estação da Covilhã; uma coisa que nunca serviu para nada, vai agora ser cedido à Junta de Freguesia de Santa Maria, que pretende ali instalar serviços de apoio social e ocupação de idosos.
Há mercados fantásticos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Beber para esquecer?

Imbuído no espírito da semana académica, patrocinada pelas empresas do álcool, o inefável João Rey presidente da AAUBI, diz que: “os estudantes estão a viver um momento único, só que, sem fundamentalismos, devem ser moderados nos consumos” de álcool.

Estranhas prioridades, estas, do presidente da AAUBI, numa academia, onde cresce o número de estudantes com dificuldades em pagar as propinas, e a recorrerem cada vez mais ao Banco Alimentar. Viva a festa.

terça-feira, 24 de março de 2009

Os clones do sô Administrador

O sôtô Vítor Tomás Ferreira congratula-se pelo facto de se ter finalmente encontrado uma solução para o problema lá da junta, e agora espera, diz ele: "que ao longo destes 6 meses ainda seja possível concretizar alguns projectos importantes para a freguesia".
É para rir!

O sôtô Tomás tem conduzido com um desempenho imaculado, prenhe de sabedoria, a favela de S. Martinho na Covilhã, encaminhando-a para a decadência, por entre ruas e casas a cair de tédio, vem agora com uma grande latosa, prometer o que não fez no que lhe resta de sobrevivência.
Desconte-se a eloquente manifestação de paroquialismo, com que todos os anos o sôtô Tomás brinda os paroquianos com um postal de aniversário, e todo o trabalho desta luminária, à frente da favela de S. Martinho resume-se a ZERO.
O condomínio está cheio destes cromos que nunca tiveram mérito ou competência para o exercício de funções políticas.
Depois tornam-se clones patéticos do sô Administrador. Mas há mais, lá iremos.

Viagens 5 estrelas

No âmbito do plano de mobilidade para a Covilhã, e tendo em conta as possíveis avarias do elevador de Stº André, ou o impedimento na travessia das pontes pedonais, a Administração do condomínio, acaba de criar mais uma empresa municipal, (catapulta 5 estrelas)

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vitória do SLB (Senhor Lucilio Baptista)

Os elevadores também (se) avariam


Foi você que pediu um plano de mobilidade?

Então ande a pé ou suba a escadaria.










Elevador inaugurado, elevador avariado
O elevador que serve a zona do Call Center avariou na primeira semana de uso (MC). Ali se estafaram mais 900.000€ em prol do suposto plano de mobilidade, quando o principal nessa matéria está por fazer. (In gremio da estrela)

Licença fora de validade


Tem-se fartado de clamar o executivo da Covilhã, contra a discriminação do governo na aprovação de projectos para o concelho. Então não é que no caso da nova Barragem na Serra da Estrela, a CMC deixou passar uma licença que tinha validade até Setembro de 2008, depois foi pedida uma prorrogação e faltavam documentos. pois é.


domingo, 22 de março de 2009

Ó pra ele tão direitinho!

Comparar o Senhor Engenheiro ao Cavaco Silva dos anos 80, é um completo absurdo; nesta altura o menino d’ouro era fã dos Roxy Music, ainda não conhecia Armando Vara, tinha uma falha nos dentes da frente e comprava os ténis na sapataria Gabinete, ali à Rua Direita. Pois atão.

(clique sobre a imagem para observar os pormenores)

sábado, 21 de março de 2009

Aqui não

A sôtora Maria José Morgado disse numa entrevista ao SOL, que há políticos «que eram pobres quando iniciaram funções e ao fim de uns anos estão milionários», tudo por conta do erário público.

Certamente, a sôtora estará a referir-se a condomínios com grande complexidade organizativa, lá pró litoral. Pois por aqui, no interior ostracizado, não há registo dessas ocorrências. Vamos até aproveitar a "deixa" para alguns esclarecimentos:

A administração do nosso condomínio na Covilhã, sempre tomou decisões determinadas, exclusivamente com base em critérios próprios, adequados ao cumprimento das suas funções específicas, e na exacta medida dos interesses dos condóminos, pois, tais critérios nunca foram substituídos ou distorcidos por influência de vontades alheias à sua função. Não senhor. Sejam estes interesses pessoais, de grupos, ou mesmo, políticos da administração do condomínio. Nunca se vislumbrou por aqui, a obtenção de vantagem patrimonial para si ou para outrem. Como nunca se observaram construções em reservas agrícolas; ao contrário d'outros condomínios centralistas, aqui não existem conluios com construtores, para encarecer obras, ou obter despachos de favor, de aumento da área construtiva ou volumétrica. Ah pois não!
Os membros da Administração do condominio covilhanense, mesmo os que estão em regime de permanência, nunca exerceram outras actividades, e vivem humildemente dos parcos salários da administração local; são pessoas normais que querem apenas servir o bem público com espírito de missão e sacrifício qb. Pessoas que, fruto de um rigoroso exercício de consciência, optaram por vidas simples, e até se fazem transportar em automóveis utilitários. Todas as condutas dos membros da Administração se movem funcionalmente dentro da vida comunitária de um condomínio sério como é o da Covilhã.
Bom, muito mais haveria para dizer, em prol dos nossos representantes, mas não temos tempo.
Até já.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Abriu a época da caça!

Querida Carpinteira:
Sei que, certamente, por ciúmes de não teres sido alvo das magníficas e oportuníssimas intervenções, que a tua irmã gémea mereceu, tens o direito de estar aborrecida com este Burgo, seu Administrador e demais acólitos…
(Deixa lá que vais ter a ponte, para te cuspirem lá bem do alto - corre que é uma das propostas para inauguração)

Mas tal não poderá justificar que ignores o facto histórico que ocorreu no passado dia 15, a abertura da época da caça a essa espécie, cada vez mais, em vias de extinção: o Votus Populi!

Na verdade, e devidamente, anunciada com panfletos às cores e cartinhas para encher as caixas de correio (em bom, bonito e caro papel e impressão) lá fomos “forçados” a rumar para uma “festa da criança” que afinal se transformou em procissão de gente engravatada e atarefada em “corrigir” qualquer defeito que pudesse ser removido dos olhos e línguas maledicentes e que até teve direito a tenda para a festa…(Ai se a Nelinha soubesse… o que nos vale é que ninguém a ouve!)

O pior é que os defeitos eram tantos e tão grosseiros que, não obstante a boa vontade com que se teve de participar na festa, era impossível ignorá-los, principalmente, porque na maioria dos casos se tratavam de verdadeiros atentados à segurança daqueles a quem, afinal, foi dirigida a festa: As crianças!

Verdadeiros precipícios sem as devidas barreiras ou corrimões, pavimentos partidos, brinquedos rachados, danificados e com peças soltas, davam ideia de ser um espaço que há muito era utilizado ou esteve demasiado tempo para ser “re-inaugurado”.

Tenho de confessar que o espaço em causa – Parque da Goldra -, aliás como o burgo que o alberga, ao longe, é aprazível e bonito à vista. No entanto, sou forçado a constatar que mais uma vez se deu prioridade à estética em detrimento da funcionalidade e segurança. Exemplos disso são os inúmeros e labirínticos canais de água que por ali existem, no meio do pavimento de madeira (muito dele já partido e mal colocado)

Enfim, apenas deixo ficar uma pergunta: Onde andou o magnífico e rigorosíssimo Departamento de Urbanismo da Edilidade em face de tamanhas e grosseiras falhas de construção e faltas de segurança?

Nos hors-d’oeuvres!?….MAI BONS!!!

Ai se fossem as obras dos Manels….
Ai-ki-do e Tunga: fechadinhas e multadinhas!!!

Alcatrão 5 estrelas ou o terceiro mundismo no seu esplendor

As vias de comunicação da cidade 5 estrelas, vulgarmente designadas por estradas, na sua maioria, estão degradadas (com buracos, lombas, desníveis), ou sem passeios pedonais, ou estreitas (mal dimensionadas), ou sem betuminoso, irregulares no seu traçado, ou, simplesmente, não existem para não irmos mais longe.
Mas já agora, atente-se nesta intervenção 5 estrelas, de alcatroamento aos retalhos, na variante à Covilhã, que o máfia da cova nos dá conta:



De quem é o plano de moblidade?

De repente alguém descobriu, que a Covilhã, outrora um local de pastores neoliticos, é hoje uma cidade de encosta com socalcos, declives acentuados e ruas empinadas; vai daí a câmara assumiu a paternidade de um plano de mobilidade para o condomínio, que irá permitir a plantação ad hoc de elevadores e pontes pedonais, por tudo quanto é sitio com inclinações acima dos 20%
Embora este conceito de mobilidade, tenha tanto de vulnerável como de falacioso, o certo é que tem um pai: o arquitecto Nuno Teotónio Pereira, que o enviou de borla para a Câmara da Covilhã. Pois é, o seu a seu dono.
O arquitecto já veio dizer que a câmara da Covilhã tem omitido ostensivamente a autoria dos seus projectos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O candidato está escolhido?


Desta vez é que é.

O humilde servidor da Républica, Vitor pereira, vai ser o candidato do PS à câmara da Covilhã...

Eles levam tudo para a "pérfida capital de distrito"

O sô presidente, anda triste com o governo do senhor engenheiro, pelo facto deste não desbloquear projectos estruturais para o concelho, a seis meses das eleições. O condomínio da Covilhã diz o sõ Pinto e bem, está a ser discriminado em favor da centralista e “pérfida capital de distrito”

O melancólico secretário de estado o sô Serrasqueiro, outra eminência parda do governo PS, já respondeu e garantiu que o sô pinto não disponibilizou um conjunto de infra estruturas que a câmara de Castelo Branco colocou à disposição para a concentração desses serviços. Mas o sô secretário Serrasqueiro diz mais: o sô pinto nunca me procurou nesse sentido. Hum!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Tadinha! Ninguém a ouve...

Escutámos ontem na RCC - orgão oficial do PPD/PSD da Covilhã - os lamentos da D. Manela, na reunião de condóminos laranjas, a dizer que ninguém a ouve. É uma declaração extraordinária para quem passa a maior parte do tempo muda. Tadinha!

Quem gostámos mesmo de ouvir foi o presidente da edilidade, o sô Pinto, quando criticou o governo do senhor engenheiro, aludindo metaforicamente ao partido revolucionário do México e à sua democracia sucessória. Curiosa alusão, esta, vinda de quem se apascenta no regime há bué, e se prepara para suceder a si próprio. São feitios.

Mas escutemos a líder:

- Boa noite, Eu sou a Manela Ferreira Leite, sou pouco dada ao aborrecimento de explicar qualquer tipo de pensamento político ou ideológico, prefiro a oratória doméstica, para embevecer basbaques e obter copiosos aplausos da plateia. Habituei-me nos últimos tempos a dar sarrafadas no engenheiro, enquanto vou sacudindo a água do capote. Até já me esqueci que os prejuízos da tuga pátria e o surripianço da coisa pública, também foram causados pelas elites gordurosas do meu PPD/PSD. Não careço, pois, de gritar ou falar muito alto, para contar a verdadeira história do país de tanga, inventada pelo actual presidente da CE que se pirou a todo vapor, deixando o pátria de fio dental. Hoje não me apetece falar muito da época em que andei a acrescentar parcelas no deficit sobre as contas aprovadas pelo Eurostat, ou do aumento brutal da dívida externa do meu comparsa Durão Barroso. A minha memória já não é o que era.
Depois, pra quê tanto esforço cognitivo, se ninguém me ouve, tadinha de mim!

terça-feira, 17 de março de 2009

A tragédia da Igreja católica continua

O Papa Bento XVI declarou hoje que a distribuição de preservativos não é a resposta adequada para se ajudar a África a combater a sida.
Mais: recomenda a abstinência sexual para se combater a propagação das infecções com HIV.

O que equivale a dizer que a solução para acabar com os acidentes de viação é deixar de haver automóveis. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto!
Um dia destes, os clérigos vem propor pactos de regime entre os indígenas e o HIV e outros vírus maléficos; negociar e falar com eles, baixinho, para não os incomodar, ou então criar medidas de incentivo para que o HIV não se torne agressivo connosco. Depois até o podemos convidar,ao virus, para a homilia dominical. Pois claro.

Quando é que esta corja resolve pedir perdão pelos pecados abomináveis que cometem contra a humanidade.

Das linhas do comboio

A linha de caminho de ferro que liga a Covilhã à Guarda foi uma importante obra de engenharia que caracterizou o início do século XX. Digo eu que não percebo nada de comboios. Sendo certo que serviu o transporte ferroviário entre Covilhã e Guarda durante quase um século. Mas desde há muito tempo que se encontra em estado de grande degradação estrutural. Dizem os entendidos em creolina, que a automotora que liga as duas cidades, anda quase sempre vazia, consumindo 100 litros de gasóleo (ida/volta): um autêntico desperdício. Por outro lado, deixar avançar a sua decadência representa um atentado contra a memória colectiva das populações.
Por isso, a REFER resolveu, 50 ou 60 anos depois, arrancar com as obras de beneficiação e modernização até à Guarda, que só deverão ficar prontas, na melhor das hipóteses, lá pró final do segundo semestre de 2012-13-14, que é outro desperdício de um recurso, que podia desempenhar um papel bem mais interessante do ponto de vista do seu aproveitamento como equipamento de lazer e turismo. Se calhar, um Comboio Turístico e Histórico, ou em alternativa: transformar a coisa numa pista ciclo-pedonal, como fez o sô presidente Ruas na cidade de Viseu, onde nasceu Viriato e D.Afonso Henriques.
Depois digam que o Carpinteira não tem ideias, e que só diz mal do condomínio.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Teatro Municipal da Covilhã, uma miragem

Diz o sô presidente que as obras no cine centro vão iniciar-se de imediato, porque é urgente uma alternativa ao espaço onde funciona a Assembleia Municipal. Pois claro.
Então e o Teatro-Cine?
É mais uma ficção ou mais um blague a florescer alegremente para enganar os condóminos?
Então o sô presidente não disse em Outubro de 2007, que aquele espaço seria brevemente convertido em Teatro Municipal da Covilhã, depois de ter sido abandonada a intenção de construir o Centro de Artes, outra ficção. Até disse que o edifício do Teatro Cine ia ser alvo de obras de requalificação, com um custo a rondar os sete milhões de euros. Quando? Em que ano?

Bom, passados quase três anos, está tudo na mesma; o centro de artes foi uma miragem, o Teatro Municipal da Covilhã, é uma mentira. Mas o pior é que continua a complacente bovinidade dos autóctones e de uma oposição em luta pela sobrevivência, ou à espera de um fim indolor.

domingo, 15 de março de 2009

Oxalá

Já o tinhamos dito: há uma nova estratégia comunicacional do PSD, que foi iniciada por este "piqueno" aqui por baixo.

Quem sabe, esta imagem de marca o possa levar a encabeçar a lista do PSD às europeias. A ver vamos amanhã com a visita da Manela ao condominio. Oxalá.

sábado, 14 de março de 2009

A Torre

Como este blogue fica um pouco mortiço durante o fim de semana, passou-me pela mona, publicar umas fotos com umas gajas nuas, para despertar a libido d'alguns condóminos. Mas depois pus-me cá a pensar: hum! É melhor não, ainda me acusavam de atentado ao pudor, ou de negligência na forma tentada, que não faço a mínima ideia do que isso signifique, ou então de humilde seguidor de MSR. De maneira que, resolvi numa estratégia integrada e partilhada com alguns condóminos, fazer também uma passeata pelo condomínio, não para admirar os pilares de nova ponte pedonal da carpinteira, mais um disparate para gáudio dos basbaques (lá iremos), mas para contemplar a torre de Santo António, que já faz parte do património edificado de elevado interesse paisagístico na urbe 5 estrelas; até porque, é preciso ter alguma sensibilidade e respeito pela história e estética da cidade-neve, mesmo que isso corresponda a um phalo em betão armado, ou a outra merda qualquer do género (perdoe-me, caro leitor, o plebeísmo). Este edifício, é quanto a mim, o verdadeiro ex libris da Covilhã; sei que não consta, mas devia constar na rota dos percursos históricos.
A torre de Santo António pode vir a ser uma referência mítica do urbanismo de qualquer executivo camarário vindouro. Por mim, tratava já de a embalsamar e de a deixar ficar assim, até à eternidade, para que as gerações futuras soubessem quem foi essa inanidade organizada que continua a mutilar a cidade, com tamanhas aberrações. Apesar d’isso, a Covilhã, vista à noite da A23, é uma cidade atraente, luminosa e equilibrada. Mas enquanto se mantiver esta ausência de doutrina urbana sustentável, oremos, pois com estes mestres d'obras; pouco de animador se poderá enxergar nos próximos tempos. Amén.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O call da segurança social

Em Fevereiro de 2008 demos aqui nota que a Segurança Social ia criar um “Call Center” em Castelo Branco, em instalações disponibilizadas pela Câmara Municipal, e com a criação de 200 postos de trabalho directos. Foi inaugurado ontem.
Esta medida do governo do Senhor Engenheiro, em prol do forte centralismo administrativo na “capital de distrito”, não passa de uma regionalização doméstica feita à socapa dos verdadeiros equilíbrios regionais. Mas o que estamos à assistir é, também, a uma gradual perda de influência politica da Covilhã no contexto regional. A câmara da Covilhã, só agora se acha descriminada com a proximidade do arraial eleitoral.
Tarde demais.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A manela vem cá

A Drª Manela vem brevemente ao condomínio; parece que já estamos a ver os meninos-do-coro do Partido da democracia suspensa por 6 meses, a propagandear as virtudes oratórias da líder. Embora, diga-se,em abono da verdade, a senhora revele cada vez mais, um sentimento de confusão e insegurança, agravado com o declínio cognitivo, enquanto a ansiedade se vai convertendo em angústia e desespero. Mas prontos. Estamos em crer que o golpe palaciano no PSD, aproxima-se a Passos largos, que é como quem diz, com Passos de Coelho. A substituição da Manela é inevitável, e algo que qualquer inteligência bovina percebe. Pois nunca se viu um chefe partidário ser mais popular mudo e sem propostas do que a comunicar e com ideias.
Mas o que verdadeiramente, devia intrigar o PSD nacional, é a vinda do seu líder, qualquer líder, à Covilhã. Passamos a explicar por quê, apesar da subjectividade analítica. Recordemos então, a saída inglória do último lider do PSD, após visita à cidade neve:

Por muita imaginação generosa que tenhamos para explicar a abalada do doutor Menezes: quer seja por inépcia política, ausência de oposição, pelas traiçõezitas dos barões assinalados, ou até devido à existência d’uma ave rara como o Ribau Esteves; (um cromo que deve ser preservado, quiçá mantido numa reserva ecológica para ser mostrado às gerações vindouras). Nada disto foi suficientemente forte para a fuga do inefável Menezes. Só pode haver uma razão plausível para tão repentino eclipse: a sua visita ao condomínio da Covilhã.

A verdade é que por muito estranho que tudo isto pareça, a vinda dos últimos quatro líderes do PSD ao Inner circle laranja covilhanense, desde Durão Barroso a Filipe Menezes, todos eles acabaram, dias depois por abandonar o cargo. Já há quem diga que a maneira mais rápida de fazer desaparecer um líder do PSD, é enviá-lo à Covilhã. A drª Manela vem aí.


quarta-feira, 11 de março de 2009

Mobilidade ?

Não tarda nada, para mais uma excursão ao condomínio, mais um tiro de fantasia à mistura com doses qb de paleio enjoativo, que vai deixar a comitiva boquiaberta por tamanha obra feita.

Já aqui tínhamos dito, que o Parque Goldra é um bom exemplo de intervenção no espaço público covilhanense. Contudo, e depois de tanta prosápia em prol da mobilidade urbana, verificamos que a câmara não teve em conta os cidadãos com mobilidade reduzida, aqueles que também tem o direito de se relacionar com o Parque e de o utilizarem, mas que se vêem impossibilitados de o fazer. Porquê?
Porque foram descuradas as acessibilidades funcionais para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Ou seja, a Goldra, é um parque multifuncional, mas não é para todos, pois não dispõe de rampas, ou espaços reservados para pessoas que utilizam cadeiras de rodas.

Arengas de um lenhador

A propósito da recandidatura do sô Pinto à câmara, o lenhador Abreu, chefe da concelhia do PSD, onde rareiam formas de vida inteligente, mas onde pasta uma espécie serventuária, sempre mais perigosa do que aqueles que os mandam servir; disse o seguinte:

“É a pessoa certa no lugar certo para continuar um projecto onde
o desenvolvimento industrial e o combate à desertificação, entre
todo um conjunto de temáticas, se assumem como temas da
maior importância”
Dixit.

Este distinto promotor da fauna autóctone, especialista no derrube de Sobreiros, alguns Pinheiros & afins, vem agora, num discurso redundante, apelar ao admirável Pinto, para que dê continuidade a mais uma temporada no regime.
Mas o que é extraordinário, é que depois de tantos anos de gestão PSD na Covilhã, ele venha propor ainda o desenvolvimento industrial e o combate à desertificação. Fantástico.
Então, o que andaram a fazer estas luminárias durante este tempo todo?

terça-feira, 10 de março de 2009

7

Hoje vinha aqui para fazer um comentário ao filme Seven - Os Sete Crimes Capitais, de David Fincher, mas não estou capaz.

O viaduto está lá porque foi terminado por Carlos Pinto!

No espaço dedicado à blogosfera regional, o Diário XXI de 10 de Março trazia esta imagem e o respectivo texto, retirados do blogue Covilhã maior.

[O blogue Covilhã Maior (em http://covilhamaior.blogspot.com) mostra um viaduto localizado na estrada que liga o Tortosendo ao Parque Industrial. Construído há quase duas décadas, o viaduto “nasceu torto e ficou parado uma imensidão de tempo, já se dizia que teria de ser demolido, pois não haveria outra solução”. Ainda assim, lá permanece.]

O autor deste blogue, já por uma vez lançou um petiçãozita para a recandidatura do sô Pinto, assim como tem dado sábios contributos prá doutrina oficial do condomínio covilhanense. Ora, quem faça uma leitura apressada do texto publicado no Diário XXI, fica com a sensação que, este homem, pretende por em causa a obra (viaduto), e não é verdade. Pelo contrário. No post escrito no seu blogue ele conclui:

“Houve então eleições e Carlos Pinto ganha a Câmara da Covilhã pela primeira vez, pouco tempo depois o viaduto estava terminado, afinal havia solução.
É por estas e por outras que Carlos Pinto deve fazer mais um mandato,”

Assim é que é. Pois atão.

Eles andam por aí

É certo que toda a oposição (PS,CDU,BE) no condomínio PSD do sô pinto hibernou, e não tem dado sinal de vida, mas este PS da Covilhã, está a tornar-se cada vez mais, um partido imbecilizado por direito próprio.
O pior, é que tanto tiro no pé, começa a assumir contornos de uma farsa grotesca.
Agora andam a juntar os cacos e a lamber silenciosamente as feridas, enquanto vão, mais uma vez a votos, no próximo dia 4 de Abril.
Para elegerem quem? E para quê?








































Periférica?

De repente, a Câmara da Covilhã achou-se descriminada pelos investimentos do governo no concelho. Como se essa responsabilidade do investimento não fosse partilhada.

Agora, repare o caro leitor na cronologia e nos acertos do presidente Pinto:
Estávamos em Janeiro de 2002 quando o sô presidente se mostrou esperançoso, que o concurso público para a construção da periférica à Covilhã pudesse ser lançado ainda nesse ano. No entanto, a câmara teve outras prioridades e lançou outras obras no condomínio, de duvidosa utilidade.
A periférica para quem já não se lembra, destinava-se a "tirar o trânsito do centro da cidade e criar novas zonas de desenvolvimento" teria quatro faixas de rodagem. Faltava apenas convencer o ministro a deslocar-se à cidade,"para tomar uma decisão que, em princípio, seria favorável" salientou convencido o sô presidente.
Um ano depois (2003), o sô presidente continuava crente que o projecto de execução da periférica fosse concluído até ao final do próximo ano, para que se tornasse possível lançar o concurso público para a construção ainda em 2004. Bom, na altura, o sô presidente, vaticinou que: "A estrada dificilmente estará concluída [nesse/neste] mandato"
Acertou.

O grave não é o sô presidente falhar na sua promessa. Grave, é ter prometido sem ter a certeza que ia conseguir cumprir. Como, aliás, tem acontecido com outros projectos “estruturantes” que nunca passaram do papel, e que nós aqui temos dado conta. Mas há mais. Lá iremos, de mansinho.
Até já.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Cooptar é o que está a dar

Entre os sete membros cooptados do conselho geral do IPCB, da "pérfida capital de distrito", estão Joaquim Morão, presidente da câmara de Castelo Branco, e Álvaro Rocha, presidente da câmara de Idanha-a-Nova. Hum!

Muito haveria para dizer do novo (RJIES), tricotado pelos sábios da (des)governação educativa tuga, e usado agora na confecção de modelos que vão cooptar tão ilustres personalidades para as academias. A coisa tem agora um novo paradigma, que por certo, não irá por em risco as instituições universitárias como entidades do conhecimento. Não senhor. Basta escolher dois ou três párocos empresariais de sucesso, mais uns presidentes de câmara ou de Junta, e aí temos um raminho bem composto para dar luzimento à confraria.
Sendo que os autarcas estão para o saber cientifico, como o Paulo Bento está para a teoria política. Mas prontos, é lá com eles.

Debater o quê

O PSD da Covilhã, aparentemente, não existe, ou se existe, tem pastado mansamente, como um rebanho, sem que alguém se comova com o facto. O que Existe, isso sim, é um líder espiritual, mais a restante nomenklatura camarária que tem feito todo o trabalhinho propagandístico do regime.
Qualquer regime medíocre vive forçosamente da propaganda. Da estúpida e da inteligente. Da própria e da produzida por prosélitos e virtuosos, capazes de se reinventarem e de expurgarem de dentro de si o que já não lhes interessa.
Mas isto, que acabamos de referir, nada tem a ver com o ciclo de debates pré eleitorais que o PSD vai realizar na Covilhã, e que aqui damos conta, certamente com a única finalidade de mostrar aos indígenas a obra feita: o local, o estado em que se encontram e os benefícios que trouxeram para os condóminos.
Nós vamos lá estar.

sábado, 7 de março de 2009

Sunglasses

- Agora que ambos caminhamos para o Second Life, aconselhei a Manela a mudar o look, tal como EU faço, quando se aproximam actos eleitorais. EU considero essencial que o PSD alcance a vitória nas eleições. Por isso, pus-me a pensar, e cheguei à conclusão que a única maneira de quebrar a aura de invencibilidade de que gozam os xuxas, é a colocação destes sunglasses dolce&gabbana
E ainda digo mais: será muito difícil, criar no eleitorado a expectativa de uma mudança de Governo sem estes óculos escuros. Aliás, esta ideia vou aproveitá-la para os Outdoors de campanha do ppd/psd na Covilhã no próximo circo eleitoral: nós os dois, a Manela e EU, lado a lado de óculos escuros. Um must, para enlear, mais uma vez, os basbaques do condomínio; esta espécie que quanto mais ollha menos vê.

E já agora que aqui estou no carpinteira, blog anónimo e covarde, aproveito para dizer que, EU faço o trabalhinho de casa em Bruxelas. Embora tenha faltado, uma vez mais, à reunião do executivo para ir tratar de assuntos do meu condominio na Europa, já dei ordens ao vereador J.Esgálhamos & afins, para marcar falta injustificada ao humilde servidor da Républica Vitor Pereira. E como estamos a poucos meses das eleições, também providenciei para que fosse lavrado um protesto contra o Governo, por considerar que está a travar investimentos no meu condominio e a privilegiar a pérfida Castelo Branco. Ora leiam lá isto aqui na TVI 24

sexta-feira, 6 de março de 2009

O sermão

Esta semana o clérigo Geraldes resolveu escrever um sermão sobre os/as covardes, no seu jornal católico/apostólico/romano NC. Entendeu fazê-lo do alto do seu púlpito, em tom inquisitorial, com acusações genéricas sobre os covardes e afins, que é sempre mais fácil e, seguramente, mais proveitoso para quem tem em vista atingir um determinado fim.
Na verdade, ignorava esse tema fracturante da Igreja: os covardes e as covardes. Temos então, uma oratória transformada em alimento espiritual pelo nosso clérigo, se calhar para vender aos crentes, quanto mais não seja, para os levar a ler mais vezes a Biblia, que é um exercício que se recomenda sempre, em tempo de crise e de covardia.
Bom, depois de ter percorrido a prosa, e tropeçado em evocações do Padre António Vieira e Almada Negreiros, como forma de legitimarem as afirmações que o clérigo ia produzindo, dou por mim no meio de uma campanha negra contra a imoralidade covarde, e pela salvação das almas. Tudo bem. Nesse exacto momento, lembro-me também de Antero de Quental, quando disse que o vírus que provocou a doença foi o cristianismo, que fez cair sobre o país uma sombra densa que se transformou no que podemos chamar de uma longa noite portuguesa. Outras estórias.
Eis-me então chegado à frase mais interessante e sumarenta desta missiva que reza assim:

“Os covardes (…) usam blogs cujos autores são desconhecidos (…) É gente séria esta?”

Ou seja, no mundo complexo e sério do clérigo Geraldes, as pessoas sentem-se perdidas e ofendidas, sem esse recurso sistemático à autoridade de autor, como se a ideia não valesse por si, e as pessoas só fossem capazes de a acolher, não pelo que ela vale em si mesma, mas quando imposta pelo recurso autoral. Pelo contrário, estou convencido, que os leitores podem ler os textos sem saberem quem são os seus autores, e nem por isso deixarão de lhes atribuir significado. Penso que o texto deve funcionar por si, sem necessidade de o nomear. Isso não impede que um leitor, qualquer leitor, possa construir um sentido ou concluir pela falta dele. De uma coisa tenho a certeza, o direito de propriedade sobre os posts que escrevo, aos poucos, deixam de pertencer-me, e passam para o lado de quem os lê. É uma velha questão da estética da recepção, que não vou aprofundar para não me desviar do assunto. Mas é claro que a covardia tem as costas largas, e o fito de tanta prosápia do clérigo Geraldes não era, seguramente esse.

Vamos então ao que interessa:
Os blogues continuam a ser, ao contrário dos pasquins paroquiais, os poucos espaços de livre opinião não controlada pelo poder autárquico. Como todos sabemos: a imprensa local é ainda hoje muito dependente da publicidade local e pública, o que limita, demasiadas vezes a sua independência política. Os blogues anónimos e não anónimos têm sido, em muitos lugares, um espaço raro de opinião livre. Esse é que o problema, e o clérigo Geraldes sabe isso; a nomenklatura local está pouco habituada à crítica e à denúncia. A aversão à crítica livre é, aliás, uma característica comum aos autarcas, mas principalmente à Igreja, historicamente intolerante com o diferente e o contraditório; era outra estória, mas não tenho tempo.
Certamente, o problema não está nos/nas covardes, o problema reside no senhor padre, que não se dá bem com a liberdade de expressão. É sabido que ainda perduram genes do Santo Oficio em alguns sectores da Igreja portuguesa, até porque, a censura ideológica e a perseguição religiosa, institucionalizada em força até ao século XIX, ajudou a criar esses tiques de exclusivismo e intolerância. Pois assim se fez o caminho para um longo período de igreja única e de partido único, que marcou três quartos do século XX. Mas os tempos hoje, são outros, mesmo que isso desgoste ao clérigo Geraldes.
Bom, a prosa já vai longa, vou mas é aspergir a cama com água benta e rezar as três avé-marias do costume, não vá o diabo tecê-las.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Por que sobem os piquenos?



O condominio precisa de um pavilhão municipal

O Invisível vereador Paulo Rosa, de vez em quando, dá um ar da sua graça para dizer umas coisas inteligentes como estas: “bastava não terem sido construídos dois estádios do Euro 2004 para cobrir o país de pavilhões municipais e desportivos”
Ou ainda: “dá a ideia que em Portugal as grandes obras só aparecem em Lisboa. Mas o país não é só Lisboa também é o interior …”

É sim senhor. Tem razão o sô vereador.

Intervenção 5 estrelas



Enquanto os indígenas andam entretidos com as pontes para o futuro no condomínio, este ex libris do património edificado covilhanense, algures na favela de S.Martinho, vai jorrando agua pelas paredes e na rua, devido à existência de uma mina no seu interior.
O imóvel, ao que parece, de elevado interesse patrimonial, teve há pouco tempo uma intervenção 5 Estrelas, como se pode ver na foto. Todos os buracos foram tapados, agora, a água da mina não tem por onde sair.


Contos para a juventude

Enquanto espero pela escritora Margarida Rebelo Pinto ao Café literário, vou fazendo umas visitas ao blogue, contos para a juventude, da autoria de Manuel da Silva Ramos, desactivado em Novembro de 2007, onde descobri uma série de short stories eróticas; autenticas pérolas de refinado bom gosto, do escriba MSR, o tal, exilado na província, e da literatura degustada em tintol e vaginas duplas:

CARTA III

"Jovem adolescente frustrado que nunca vais às putas: vou-te contar uma história recente antes de desligar. Sei que apreciarás. Há uma semana, mais dia menos dia, numa noite de sábado, regressava eu a pé a minha casa quando encontrei numa rua que desemboca na Praça da Figueira ( uma rua que já esqueci o nome ) uma puta ocasional com uns belos olhos pretos. Logo que me viu chamou-me e os seus olhos brilhavam.Talvez ela estivesse contente de ter encontrado alguém a seu gosto, contente em juntar o útil ao agradável. Eu estava cansado, muito bebido, e sem vontade de fazer sexo. Mas os olhos dessa puta ocasional que me contou ali rapidamente a sua história comoveram-me. Viera prostituir-se ( dizia ela ) porque precisava de pagar a renda do quarto. E levei-a para minha casa. Uma vez chegados ela despiu-se logo. O seu corpo parecia o de uma criança, magríssimo. O seu corpo realmente não me excitava mas os seus olhos brilhavam como se um dos melhores museus do mundo estivesse em chamas. Foi isso que me fez entesar e gozou duas vezes. A relação humana que tivemos (de grande sinceridade, de grande proximidade, de grande honestidade ) fez-me sentar à mesa da minha cozinha para meditar depois de ela ter partido e de ter feito sexo comigo durante meia hora : afinal como eu não podia foder-lhe os olhos, humildemente optara pela sua pequena vagina lubrificada. Mas fora pelos seus olhos devido a eles pelos seus olhos mais negros que a noite embebedada que eu empreendera essa relação impossível de outra maneira... "
(MSR)