quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Eles levam tudo...

Num destes dias de calina outonal, que Agosto não conheceu; enquanto dois chuis faziam buscas pidescas na sede de um sindicato, chega a noticia à paróquia da transferência do tribunal de trabalho da Covilhã, para Castelo Branco, para onde tem sido canalizado o grosso do investimento público no “distrito”.

Os sinos da indignação tocaram a rebate, e algumas vozes ergueram-se timidamente em defesa da dama roubada; mas não advertiram o suficiente para este apagamento lento e paulatino da Covilhã, para a sua perda de influência no panorama regional, transformada qualquer dia, num Deserto com alguns camelos.
Outras perdas já se anunciam. Tudo, à pala de pseudo-reformas, que tem em vista a construção de cidadãos sem recursos, irresponsáveis, sem destreza para afrontar a inexorável vida sócio-laboral.
Mais uma vez, a politica economicista do reino, transforma o indígena em número, afasta-o da terra em que vive; uma politica da banalidade, inscrita em despachos empapados, no melhor dos casos, em utopias tão distantes da realidade, que não parece existir amortecedor para a queda que aí vem.


2 comentários:

Anónimo disse...

neste blog passam o tempo a dizer mal de tudo

dulcinea

carpinteira disse...

Dulcineia,

Dizer mal é um dos nossos desígnios.
"Dizer mal de tudo", é um exagero seu.