sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Aquecimento regional dá origem à panela no forno



Este será, provavelmente, o estado a que vai chegar a subida prá Torre, 75 anos depois da gestão das Estradas de Portugal. Quanto à panela, em seu lugar, podia muito bem figurar, outra vez, a ovelha da Rotunda do Rato, ou mesmo o Urinol de Duchamp, Mas d'isso já lhe demos conta.
Também é verdade que qualquer olhar desprevenido sobre as imagens pode suscitar leituras atrevidas; provocar quiça, o apetite alarve do indígena.
Mas não é isso que nos traz hoje aqui.
O assunto é sério, e de uma vez por todas, convença-se, estimado leitor, que a nossa prosa não faz parte de nenhum exercicio d’escrita criativa, para isso, pode e deve recriar-se no fim-de-semana, com O interior, pasquim satirico da cidade mais-alta.

Tratamos hoje, do primeiro aquecimento regional, que chegou até nós num manuscrito encontrado na delegação da ASAE, depois desta ter verificado, que o alcatrão da estrada para as Penhas da Saúde, estava contaminado com colestrol, proveniente do uso intensivo de enchidos e toucinho.

A obsessão doentia em busca do caminho da verdade, levou-nos a uma exegese aturada, mas valeu a pena, pois descobrimos, finalmente, que o tradicional arroz à valenciana, não é o pai biológico da panela no forno, não é não senhor.
A fumarola saída do asfalto veio comprovar o que já se adivinhava: o suculento prato tem origem na Covilhã, desde o primeiro aquecimento regional, altura em que os paisanos cozinhavam os alimentos nas entranhas da terra, só muito tempo depois, talvez pelo segundo aquecimento, surgiu o reles Arroz à valenciana.
Fica assim desfeita essa enorme confusão que atribuia, abusivamente, a paternidade gastronómica ao pérfido arroz amarelo de nuestros hermanos.

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