sexta-feira, 21 de março de 2008

Covilhã em pleno emprego

Para quem julgava que o condomínio permanecia em estado calamitoso ou em difuso mal estar, enganou-se redondamente.
Depois de um período de míngua, em que o único acontecimento relevante da paróquia foi a abertura d’um Shopping, eis que d’uma só penada e como um toque de mágica, a CMC debita empregos à fartazana prá canalha.
É verdade, o patrono, em jeito de celebração pascal, temperou o burgo com postos de trabalho para todo o gosto. Tudo em prol dos condóminos, pois claro; sem manhas nem chico espertices, porque estas coisas do negócio devem ser tratadas em silêncio e no manto diáfano da transparência. Melhor ainda, é preciso apanhar desprevenidos os opostos que andam para aí entretidos nas manifs e em minudências domésticas.

Tomai lá tiros de fantasia e tromba calada:

Ele são call centers, pousadas, mercados, superfícies comerciais, escolas internacionais, pontes pedonais, empresas virtuais, e até um elevador que vai ter o nome de Santo André, com um custo de 309 590 €, mas que ninguém sabe para o que serve. É um fartote.
P’lo andar da carruagem, no ano de eleições autárquicas a Covilhã passa a gozar do estatuto de pleno emprego. É tanta farturinha que o indígena nem desconfia. Parece que já estamos a ouvir o rinchar dos gentios bajuladores na mira duma oportunidadezita.

Há muito tempo que não nos ríamos com tanta dificuldade.

Sem comentários: