Há uma espécie de Covilhanense, fácil de identificar em qualquer dia da semana, mas que adquire maior visibilidade ao Domingo de manhã no complexo desportivo para onde se precipita em fato-de-treino: ali está ele, em aturados alongamentos longitudinais, com as mangas arregaçadas junto à sua viatura, pois claro, de portas abertas a arejar o cheiro bafiento das humidades e a lustrar o cromado das jantes, que a vida não está para lavagens automáticas. A madame aproveita o momento de distracção reflexiva do marido, e põe-se a andar às voltas na pista de Tartan até sentir as primeiras sensações de enjoo, por vezes chega a vomitar, mas não desiste, porque andar às voltas no complexo desportivo é cool, quebra o tédio e esvazia a flatulência acumulada.
Pela hora do almoço regressam a casa, quais sôfregos comensais e papam o regenerador e típico Arroz à Valenciana. Depois de arrotar e peidar-se qb, o autóctone cola-se na bicha prá serra, carrega o carro com bocados de neve e regressa à Covilhã com a satisfação do dever cumprido.
Também há alguns covilhanenses que, no Domingo de manhã, substituem o treino físico no CD e a liturgia dominical, pelo exercício compulsivo do pecado; são casos raros, que carecem de confirmação.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Domingo de manhã
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