Iniciamos este post com a fotografia d’uma praça castelhana, não para repetir o cliché estafado: “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos”, sobre isso havemos de falar um dia, mas para lhe darmos a conhecer a fonte de inspiração e bom gosto de algumas luminárias da paróquia covilhanense.
Contam os antigos que no início do Século xx, uma certa fauna covilhanense que tinha a seu cargo os destinos da urbe, viajou até Salamanca, (uma cidade espanhola situada mesmo aqui ao lado) onde ficaram deslumbrados com tamanha imponência da sua Plaza Mayor. (Hoje também há quem faça viagens em busca de modelos, mas vai um bocadito mais longe: prá Finlândia que fica ali ao lado da Russia).
Mas os pacóvios visionários, não se ficaram apenas pelo deslumbre; imbuídos de gostos requintados próprios do mainstream da época, logo se fartaram da monótona traça filipina dos paços do concelho. Queriam a coisa com mais arcos, iguais aos que tinham visto em Salamanca.
Foi assim, neste basto ambiente em metal sonante e pobreza de espírito, que começou a ser urdido um plano de destruição maciça de todo o centro da cidade, e, definitivamente reproduzido o modelo castelhano, que também há quem apelide de “Estado Novo”. Eles lá sabem.
Deu-se inicio ao aniquilamento do que ainda restava do verdadeiro centro histórico. E assim tem continuado até à estupidez final.
Deu-se inicio ao aniquilamento do que ainda restava do verdadeiro centro histórico. E assim tem continuado até à estupidez final.
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