segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A galinha da vizinha

Há sempre um laço umbilical que une o indígena ao canto pátrio que o viu parir, e que bastas vezes lhe enviesa a prosa para exercícios de paroquialismo bacoco; um peditório, para o qual, também já demos algumas vezes.
Vem isto a propósito do bairrismo, que pasta na bloga da cidade mais-alta. Não raras vezes, os desalentados guardenses, jaculam suculentas prédicas em favor do condomínio que os viu nascer, enquanto mostram um emotivo enfado com a vizinha do sul, a tal das 5 estrelas. Como nós os compreendemos; ou não fosse o mainstream da cidade-neve bem mais aliciante para afastar o tédio ou a falta de assunto da cidade dos 5 eFes. Só que a ordem argumentativa, é sempre a mesma e tem fundas razões, acabando invariavelmente no estafado e dorido cliché paroquial:
A galinha da vizinha é melhor do que a minha.
Também o ilustre programador cultural, Américo Rodrigues, é daqueles que se queixa das mesmas dores; através d’uma notável sensibilidade critica, mas de improdutiva utilidade, tem pronunciado no seu blogue cafe-mondego, judiciosos e irónicos pareceres sobre a matéria; a pontos de reclamar o frio do Pelourinho, a Torre, e agora a Sede do Turismo. Ora, sabendo nós que o caro fazedor de cultura tem edificado na cidade-mais-alta, uma profícua obra cultural em prol dos gentios, estranhamos a sua cobiça pela rústica cidade-neve, onde “no pasa nada”. De maneira que, para atenuar as suas sentidas e temerosas preocupações, propomos-lhe que não se fique apenas pelo frio do pelourinho, leve também o Administrador e a trupe de figuritas imberbes do condomínio 5 estrelas; de borla. E nunca se desfaça delas.

5 comentários:

Anónimo disse...

e já agora, à borla, leva os carpinteiros pseudo-rodrigues sempre, sempre a favor da pensão em vez do hotel 5 estrelas.Que raiva a minha de carpinteiro fodido carpinteiro que sou, de até na guarda haver quem queira esta merda de que não gosto nada.

Anónimo disse...

ÚLTIMA HORA

Foi assinado o protocolo que vai conduzir à associação recreativa "os broches da carpinteira". À frente do elenco fica o broche-carpinteiral-mor, sendo a promoção assegurada pelo broche-turistico-mor o sô patrão, e as publi-relations, pelo meia-leca do diário xxi, que assegura a pub.
Segundo o patrão "os broches da carpinteira são um programa que mobiliza milhares de turistas procurando broches-com-mania.
Que azia!!!

telha lusa/fonseca e meia-leca, associados pindéricos

Anónimo disse...

QUANDO O CARPINTEIRO PENSA...

De facto a questão central é a galinha. Convenhamos que a galinha ou galo não se avizinha. Ora a vizinhança já dança...e eu carpinteiro, com ou sem poleiro, sou foleiro, donde ressalta, o outeiro; isto é porreiro se porventura não nos quedarmos no cacete, quere-se dizer formos pró-caceteiro. Adrede vinculamos opinativamente falando o rebuscar da questão galinácea. É por consequência uma falácia: quem diria que eu ou seja moi-même quando no relax da garlopa carpinteiral, me vejo qual animal? Nem por sombras, dou de trombas. Ora aqui sim trombas trombil, questiona-se o til. Que tal carpinteiral, fustiguei este animal? Isto está mal e foda-se fáz frio. Ora se frio friorento aquece ka farda, então pró guarda que te parte, aí vai frio.
Conclue-se com os convenientes ademanes, amanhã continuandendes...

Anónimo disse...

Carpinteiro toma lá dança...
Que baile!

Anónimo disse...

"no pasa nada?" Então e o festival cherovia não conta