terça-feira, 18 de novembro de 2008

Do infortúnio ao ímpeto do Desejado:um discurso surrealista

Hoje vim aqui dizer-vos na qualidade de D.Sebastião do condomínio, mais o meu Dog Barretes, quão Longe vão os tempos das tiradas torpes, que vislumbravam no nevoeiro uma grande quantidade de matéria húmida.Os tempos hoje são outros; longe pastam os desabridos momentos que mergulharam os condóminos no desalento, e quase-quase nas bordinhas do precipício. Pois ficai sabendo que o inominável epíteto de condomínio fantasma ficou enterrado em Alcácer Quibir mais as dívidas da Administração. Faltava, no entanto, cumprir-se a Covilhã.
Não foram avatares temporais que tiraram a urbe da indigência. Qual Quê! FUI EU, qual herói de pacotilha, que a ERGUI a pulso e a TORNEI hoje Fantástica, com jogos florais, Jardins de pedra e chá&biscoitos, que fazem a delícia da plebe.
Não vos esquecei também que FUI EU que ELEVEI a cherovia, esse reles tubérculo, à categoria de alimento Gourmet.
Atentai, pois, devotos basbaques, na proficiência de tamanha empreitada histórica que, à pala de logros imaginários, arroz à valenciana e marketing barato, lá fui enleando uma horda de cromos em promessas vãs; seduzidos pelos RUDES encantos do MEU património municipal.
“O Homem quer a obra nasce”:
Fui EU que FIZ o centro de artes, o jardim botânico, a periférica, o aeroporto, as barragens, o hospital e a universidade…; e assim farei todas as obras que hão-de nascer à MINHA sombra, que é como quem diz, à sombra do MITO; muito para além das coordenadas do tempo, que hão-de transformar a Covilhã no “nada que é tudo”. EU SOU o verdadeiro construtor, não o da urbe real, mas da cidade Fantástica; uma OBRA que assumirá no futuro uma dimensão simbólica, transportada em teleféricos de fantasia, por MIM, o inefável D. Sebastião do condomínio.
É certo que qualquer monarca ostenta um modelo de virtudes imaculadas, mas EU atraí a MIM, uma espécie de idolatria obscena: CONSEGUI o grande golpe de cidadania que foi durante todos estes anos, entreter o rebanho de condóminos, na divina comédia dos azulejos de São Martinho, e no convencimento alarve de que a urbe vivia o seu grande momento de glória. AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!

In nomine Dei

Amen

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