Quem pediu contas do embuste??

Muito se tem por aqui comentado o facciosismo e os alinhamentos disfarçados dos jornais da cidade, e repito, da cidade. Outros há, que nem comento porque da Covilhã precisam apenas dos anúncios das empresas, que os sustentam de publicidade e claro, da Câmara, seu melhor cliente.

Por isso fomos buscar uma noticia publicada há muitos anos, na primeira pagina e onde se anunciava um dos maiores engodos de Carlos Pinto. Um gabinete de cidade para dinamizar o plano estratégico, suporte essencial para a captação de financiamentos e projectos financiados pela Europa.

Nunca reuniu, que se saiba ou tenha sequer sido noticiado. Pior não há registo que os jornalistas ou o jornal o tenha questionado sobre este embuste.

Assim, mestres da ilusão vão governando este País, conscientes que operam não na calada da noite, mas pelo consentimento descarado de quem tem obrigação de os confrontar com as muitas mentiras proferidas.

A vida e o mundo mudaram, as tecnologias inventaram a net, e a net inventou os blogs, que muito incomodam, especialmente porque apoquentam este silêncio das partes.

Sem despedimentos, ordenados em atraso, estágios fantasmas, cada um vai participando como pode e sabe, fazendo opinião, acreditando na certeza de que o Carlos Pinto é apenas um de muitos maestros que nos dão musica, crentes no efeito de embalo.

E que fique claro, não é só o homem que queremos afrontar, mas também a elite e a corte que os aplaude, cada um saberá das suas responsabilidades. Não basta dizer e pensar que isto está mal, é o momento de cada um saber reconhecer a sua conivência.

O jantar é um ensaio do evento de manipulação e da sensação de que tudo mexe, tal como o Gabinete de Cidade, para nunca mais ir a lado algum.