quarta-feira, 23 de setembro de 2009

As praxes...

Muitas vezes a praxe académica é justificada por quem a pratica por ser tradição, uma tradição tão nobre como a escravatura. Infelizmente, a UBI também não foge à regra. Na mente conspurcada desta corja ignorante pode-se fazer tudo em nome da tradição. As torturas do passado, são continuadas nos dias de hoje fora da universidade. Não raras vezes, são vistos a altas horas da madrugada pelas ruas da Covilhã, grupos de caloiros serem coagidos a práticas desumanas pelos designados "Veteranos" doutores de coisa nenhuma. Na verdade muitos deles estão há vários anos matriculados na UBI, a desperdiçar vagas e recursos ao erário público, num sistema de acesso já de si injusto. (…)

Ano após ano, os caloiros da UBI continuam a ser humilhados e abusados pelos seus colegas mais velhos com ofensas, psicológicas e corporais, por vezes de inspiração fascista e nazi, fazendo crer que estas, estão de acordo com a integração saudável no meio académico. É necessário que cada um de nós cumpra o dever cívico de identificar e denunciar os abusos de modo a uma mais eficaz eliminação das praxes na UBI.

13 comentários:

Anónimo disse...

já para não falar no preço exagerado do Kit caloiro: 20€
teresa

Anónimo disse...

Este blog é mesmo moralista e conservador. Brrrrrrr....

Anónimo disse...

Não tenho nada a ver directamente com este blog, a nao ser leitor atento. A praxe académica , como agora é utlizada nem sequer faz sentido (para alem da ridicula banalização que já vai em outros ciclos de estudo mais novos ). A capa e batina assim como a praxe faziam parte de um "ritual" que tinha uma certa lógica antes do 25 de Abril.mas o essencial tinha como base não haver diferençiações sociais.Infelizmente anos depois de 1974 voltou por uma questão de moda e revanchismo para com os "mais" fracos. Nada disto é moralista e muito menos conservador e quem afirma isso desconhece a História e a Vida Académica neste País

Anónimo disse...

As praxe quanto a mim pode ser uma manifestaçõa democrática e regulamentada, ao contrário de algumas opinioes sem fundamentadação neste blog .

Os caloiros tem direitos e deveres podem ser respeitados por todos. Quem não concordar com a praxe, tem o direito a escolher se se submete ou não.

Declarando-se anti-praxe, o estudante perde alguns direitos, mas não é ostracizado, não fica isolado dos seus colegas, nem perde a oportunidade de fazer amigos.

Antes de criticarem informem-se, e não atirem atoardas para o ar

Anónimo disse...

Se eu fosse um funcionário frustrado da UBI, também pensava o mesmo...

Funcionário disse...

anonimo: como é que havias de ser um funcionario frustrado da UBI se tu nem sequer pensas...
ihihihihiihihi!

Anónimo disse...

A praxe é uma foleirice. Os gritos em coro, a boçalidade, a vulgaridade, a rasquice das rimas...
A costumeira atitude à cabo de caserna analfabeto (duvido que ainda os haja assim no exército) do praxador(a), a glorificação da brutidade!
E as mesmas cançonetas gritadas todos os anos sempre do mesmo modo, todos os anos repetidas até à rouquidão dos que as "cantam" e até à náusea dos outros que, para mal dos seus pecados, têm que os ouvir... Mas é mais fácil do que inventar vulgaridades novas todos os anos, não é?

Talvez todo o ritual (e os seus paramentos: as capas, as batinas e tudo isso) se enquadrasse nos rituais e na cultura popular dos anos vinte e trinta. Mas hoje em dia a praxe é apenas uma foleirice bafienta e antiquada e, ainda por cima, completamente cristalizada, mumificada nas suas manifestações. É assim uma tradição morta, que se invoca dos mortos todos os anos. Ah, que morra de vez que já não há pachorra para aquilo! Ou então que se torne viva, actual!

(E nem digo nada das violências e humilhações que os praxistas dizem que não existem mas que todos sabemos que continuam a existir.)

anti praxe disse...

A UBI tem responsabilidades nestas atrocidades porque embora, oficialmente as praxes sejam proibidas no interior da universidade, continuam a tolerá-las.
Até que aconteça alguma coisa mais grave.

Anónimo disse...

Aceitam-se algumas praxes dentro de limites. Não se aceita é que um aluno que entra numa universidade dificilmente a possa conhecer na primeira semana, pois passa os dias a andar em fila para cima e para baixo, a cantar e a fazer outras coisas. Também é marcante que, quem ande atento na UBI e nas suas imediações, veja todos os anos alguns ditos alunos da UBI, alguns com mais de 10 matrículas (incrível), que aparecem nesta altura para exercer o "vampirismo" desaparecendo durante o resto do ano até o próximo Setembro. Esses ditos alunos são de certo modo um problema social, pois quem anda mais de 10 anos numa Universidade e tem tempo para a aparecer nesta altura (sinal que não anda a trabalhar) não pode ser visto de outra forma (não confundir com trabalhadores-estudantes). Julgo que estes não serão um bom exemplo para os novos alunos...

Anónimo disse...

As praxes poderiam ser substituidas por verdadeiras actividades de boas vindas aos novos alunos na UBI. Provavelmente se ouvesse a obrigatoriedade de frequentar as aulas no ensino superior e o aluno fosse responsabilizado pelos seus resultados escolares certamente não teria tempo para se didicar a este tipo de actos dignos de um pais de 3º mundo. Se ao fim de 4 ou 5 matriculas o aluno tivesse de pagar o curso na totalidade certamente trabalhava muito mais. È a cultura da responsabilidade que se vive neste pais. Versão das novas oportunidades no ensino superior. Já agora o que acontecia se todos os mil e muitos novos alunos se declarassem anti-praxe? Cá pra mim não havia, semana do caloiro, e tascas como o oriental, leões, pc etc. fechavam as portas.

J.Pierre Silva disse...

TUDO SOBRE PRAXE E TRADIÇÕES ACADÉMICAS: VERDADE VS MITOS no blogue Notas&Melodias (Ver listagem de alguns artigos na coluna do lado esquerdo do blogue):

http://notasemelodias.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Quero partilhar convosco uma música que aborda o tema das praxes em Portugal. Abraços

http://www.youtube.com/watch?v=NPlNIrzBQCo

sociedadecivil.blogspot.pt disse...

O número de mortes e acidentes relacionados com a praxe - lembremo-nos nos casos de ampla cobertura mediática que fizeram com que dois alunos das Escola Superiores Agrárias de Coimbra e Elvas ficassem paraplégicos - é testemunho de um profundo desajustamento entre os ditos ideais que a dizem governar e a realidade...

Acho que o vosso discurso populista e demagogo, (e felicito os anónimos que aqui postam sem dar a cara, é isso que eu admiro nos Blog´s), existe exactamente para tentar aliviar a pressão psicológica que uma pessoa obtém ao estar na praxe! Para tentar esconder que a praxe é um conjunto de humilhações e atitudes de autoritarismo extremo e sexismo exarcerbado! Por isso tento transmitir a minha opinião de forma a tentar desviar a poeira que é constantemente atirada aos olhos das pessoas!

Falo das praxes. Falo dessa prática, muitas vezes desumana, gravemente humilhante, gravemente provocatória que os futuros “doutores”, os “encanudados” filhos da nação e futuros orientadores de futuros, gostam de praticar no lombo e no rosto dos jovens que vão pela primeira vez ingressar nas faculdades.

Falo destes comportamentos aberrantes, sádicos e monstruosos que dão um “gozo catarino” a quem os pratica. Eles/as sentam-se em cima dos “fracos”, atam-lhes cordas ao pescoço, chibatam-nos pelas ruas das cidades de modo a que todos os possam apreciar. Eles cospem-lhes nas caras, eles arrotam-lhes o resto do jantar de ontem, mordem-lhes, eles despem-nos, pintam-nos, urinam-lhes e defecam-lhes em cima. Ardem e fremem corações de pedra, rejubilam no sofrimento do jovem colega, quanto mais humilhado e amarfanhado melhor!

Que é que uma pessoa pode pensar disto? Que é um costume? Uma tradição a cumprir, obrigatória, na entrada do ensino superior? Esta violência acontece noutros pontos civilizados do planeta? O que é que uma pessoa pode pensar destas atitudes sabendo que as cabeças que prepararam tudo isto, gastaram uns dias da vida, umas preciosas horas da vida a engendrar torturas? O que é que uma pessoa pensa disto? Engendrar torturas e humilhações? Mas quem é esta gente que engendra torturas e humilhações? São os doutores? Os príncipes engalanados, pavões falantes trepadores de pódios desejados por toda a vida? São os futuros gestores e gerentes e políticos e nossos orientadores? Mas quem é esta gentuça? Donde vem? Quem os educou? Que sonhos têm na cabeça? Que prenda desejam no final dos cursos? Um gabinete com vista para a cidade? Um chicote com cabo de marfim? Um panelo sem fundo que aguente com as suas torpes idiossincrasias? Uns “sim senhores” que pretendem que a revolta se instale noutro tipo de espíritos? Que é que pretendem? Sofrimento?

P.S - Burgessos a cumprir o folclore fascista inculcado atávicamente nas suas pobres cabeças, ainda que dele não tivessem tido conhecimento, que apenas dele tivessem ouvido falar, mas que tão bem o aprenderam.

Faz lembrar as humilhações da história moderna das quais nem vou falar e que estão documentadas por fotografias.

A MIM NUNCA ME PRAXARAM PORQUE TIVE MAIS BOM SENSO QUE QUE OS PRAXADORES, TLEVAVA UM CANIVETE DE 2 PALMOS QUE QUANDO O TIRAVA DO BOLSO NEM SEQUER SE APROXIMAVAM, EIS AQUI A QUESTÃO DE SER PRAXADO OU NÃO! Recorri à violência!