quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Escola inclusiva? Onde?

Estava longe de imaginar que uma escola pública pudesse reduzir oportunidades e perpetuar a pobreza. Mas o que é grave, ou talvez não, é que uma criança pobre, com potencial ou não, seja excluída duma visita de estudo por falta de recursos económicos. Como se não lhe bastasse ter uns pais que, provavelmente, não lhe cobram as performances escolares e pessoais e se alheiam do seu percurso educativo.
Aconteceu numa recente visita de estudo que uma escola do primeiro ciclo da Covilhã fez a Lisboa. Marta, chamemos-lhe assim, viu-se impossibilitada de participar com os outros colegas na visita de estudo por não ter 30 euros.

16 comentários:

Anónimo disse...

Pode ser muito bem intencionado o post, mas tem muita demagogia pelo meio.Ainda era o que faltava às escolas terem de se responsabilizar pelos problemas socio economicos do pais.
Este tiro foi ao lado do porta aviões.

Anónimo disse...

Então mas oh caro anónimo das 21:49, a educação não é gratuita?!?!?! As visitas de estudo não fazem parte do ensinamento?!

Anónimo disse...

um país de pelintrice que pouco ou nada produz e quer tudo à borla.
Se calhar lá em casa há 3 telélés, carro e plasma mas não dinheiro prá escola.
Ide trabalhar malandros.

moreira disse...

"Se calhar lá em casa há 3 telélés, carro e plasma mas não dinheiro prá escola."

E a criança? O que tem a ver com isso?

Anónimo disse...

Tantas balelas ditas ...
A ser verdade o descrito o que está em causa é a criança e a descriminação de que foi vitima.
Custa a acreditar que a escola , a sua direcção, os professores não tenham tido o engenho e arte para resolver um problema destes e deixassem que isto acontecesse... Quase não acredito...Quase não acredito.. E isto é o que nos deve preocupar e não se os pais têm isto e aquilo. Uma situação destas NÂO PODERIA ACONTECER. A minha INDIGNAÇÂO!!!
Pobre criança ... cujas marcas por tão insólito acontecimento poderão perpétuar-se.

manufactura disse...

...infelizmente, há muitas escolas em que isto é uma constante, organizam-se visitas de estudo só para meninos ricos, sem qualquer poder... a Roma, a Paris, a Londres, aos Açores e só vai quem pode, os meninos ricos... há excepções onde os executivos e alguns professores autorizam ou relizam visitas pondo como condição poder ir quem quer, não sendo o obstáculo o dinheiro, mas lá tem de andar o professor a recolher fundos...podem existir os tais telemóveis, carro e plasma, mas cada vez mais há crianças,também nas escolas da Covilhã, onde não há comida em casa, e mais uma vez são os professores, que lhes pagam algumas das refeições e a roupa...Em relação a isto a Segurança Social e as Comissões de Protecção de Menores nós já sabemos todos muito bem como é!!! Mas o engenho e arte não tem de estar sempre do lado dos professores,o que acontece na maioria dos casos, mas de quem lhes compete...

mãe de 1 aluna da EB 2/3 Tortosendo disse...

PERANTE O QUE LI NESTE POST QUERO AQUI DEIXAR UMA NOTA DE LOUVOR Á ESCOLA EB 2/3 DO TORTOSENDO.QUANDO NO PASSADO ANO LECTIVO DECIDIRAM FAZER UMA VISITA AO FUTUROSCOPE EM FRANÇA, COM OS ALUNOS DO 8º ANO ,FOI FEITA UMA REUNIÃO DE PAIS ONDE FOI COMUNICADO QUE SÓ PODIAM FAZER A DITA VIAGEM SE FOSSEM TODOS OS ALUNOS, E ASSIM FIZERAM AO LONGO DO ANO VÁRIAS ACTIVIDADES PARA ANGARIAÇÃO DE FUNDOS VISANDO AJUDAR AO PAGAMENTO DE ALGUNS OU AO PAGAMENTO INTEGRAL DE OUTROS, CONFORME OS CASOS.ASSIM FORAM TODOS NÃO SENDO NINGUÉM EXCLUIDO POR FALTA DE VERBA.OBRIGADA Á DIREÇÃO DESTA ESCOLA E A ESTES PROFESSORES(AS),QUE ELES SIRVAM DE EXEMPLO PARA OUTRAS ESCOLAS.
Mãe de uma aluna

Anónimo disse...

O blog coloca uma questão importante,que infelizmente não é caso único na Covilha. Penso no entanto que esta é uma questão de cariz social e não educativa, que a ESCOLA não tem obrigação de resolver.

tecelao disse...

A mim pouco me importa se o igualitarismo na escola publica é um mito. Não é isso que me preocupa. Embora me pareça evidente que o actual sistema educativo, não abona muito a favor da ideia de que o ensino público cria igualdade de oportunidades. É outro assunto.

A questão que me interessa avaliar neste caso concreto é se: a impossibilidade dos pais pagarem uma visita de estudo ou os próprios estudos de um filho, estes devam ficar simplesmente fora do ensino.

MANEL disse...

E já agora que escola é esta que organiza viagens com obrigação do pagamento dos pais.
Por quando me dizem que os impostos nos paises desenvolvidos são mais caros eu não acredito.
Descontam mais mas o beneficio é incomparavelmente superior.
Nós pagamos muito e ainda temos que enfrentar esta falsa questão do utilizador pagador que atira para valores não quantificados dos impostos que pagamos.
A escola deferia fazer um plano de actividades completo e devidamente fundamentado e o respectivo orçamento aprovado.
Não seria melhor?Mais correcto?

MANEL disse...

Não resisto a comentar a pelintrice.
È espantoso a participação no debate de um certo estilo arrogante de condenação das pessoas sem saberem do que estamos a falar.
Diz o dicionario que pelintra é o que é miseravel mas pretencioso.
E miseravel de ideias não será pelintrice?
Sabe-se lá do que vivem alguns acusadores e com que direito o fazem.
Mas é sempre mais facil assumir que há os bopns e os maus, a preto e branco como convem aos instalados.
Não é assim, há que ser exigente, mas com todos e refelctir para fazer a triagem, no intervalo há muita injustiça.

Anónimo disse...

É isso mesmo manel...e os professores dessa escola, em vez de andarem preocupados com a avaliação,deviam ficar corados de vergonha.
Uma vergonha.

Anónimo disse...

Creio que vocês não estão a ver a "Coisa" na devida perspectiva.
O ensino gratuito é uma miragem...
Só os alunos dos cursos das Novas Oportunidades têm tudo pago: refeições, transportes, materiais, visitas de estudo.
Os outros do sistema de ensino, dito normal, têm de arcar com todas as despesas.
Os orçamentos das escolas são tão diminutos que fazem com que uma simples cartolina ou o papel higiénico seja pago pelos professores.

tecelao disse...

Anonimo,
podemos até nem estar a ver bem "a coisa na devida perspectiva", como dizes.

Contudo,nada do que escreves justifica que, entre as 30 crianças que participaram numa visita de estudo,uma delas fosse excluida por não ter dinheiro para pagar a viagem.
É só isso.

Anónimo disse...

Ó tecelão, perante tanta indignação, só te ficava bem teres ajudado a criança. Ou tu só denuncias e os outros que solucionem???

tecelao disse...

Anonimo,
Se bem entendi o que escreves; perguntas-me se podia solucionar o problema de discriminaçao desta criança? Podia, se fosse professor ou responsável dessa escola. Mas não sou.