segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Neve a quanto obrigas

O condomínio até pode estar a sucumbir de tédio, mas bastam os primeiros montículos de neve, para proporcionarem as costumeiras visitas massificadas da parolagem tuga à serra. Que é como quem diz; abriu a época da chafurdice dos plásticos, despojos e afins. Mas o pior, é quando o tuga negligente, qual escuteiro atrevido, se precipita serra acima por sua conta e risco e fica atolado no manto branco, como aconteceu ontem na Portela do Arão – Loriga. Depois é só mobilizar as equipas de salvamento para o resgate dos cromos desmiolados.

Estas criaturas, visitantes ocasionais, não constituem qualquer mais-valia para a região, nem fazem cá falta nenhuma. Para sujar e mutilar a paisagem já bastam os donos da serra - Turistrela, CMC e quejandos. A verdade é que tudo isto tem custos, quase sempre suportados pela plebe rústica e esfaimada. Por isso, faria todo o sentido que, perante o descuido deliberado, as despesas das operações de socorro ficassem a cargo destes parolos imprudentes.

8 comentários:

scorpio mab disse...

e os impostos servem para que!

como é que vocês conseguem dizer tanta merda em tão pouco texto!

Anónimo disse...

Completamente de acordo.

moreira disse...

ò mafioso ,explica lá por que é que os impostos que eu pago tem de suportar parolos como tu,
que, mesmo depois de avisados gostam de correr riscos na serra?

Anónimo disse...

olha, olha, querem ver que o verniz está a derreter!

ljma disse...

Recordo que, no ano passado, um grupo de montanheiros tiveram que ser evacuados de helicóptero na serra do Gerês. Falou-se, na altura, que a conta pelo salvamento lhes seria apresentada.

Não sei como se resolveu essa questão, mas noto a dualidade: pagamos todos para salvar os (muitos) desmiolados que com os seus carrinhos se metem por estradas em condições desaconselháveis (estradas essas que foram abertas e são mantidas com dinheiro que todos pagamos sem questionar), mas levantamos dúvidas quando se trata de salvar os (poucos, em comparação com os primeiros) desmiolados que se metem a pé pela serra em condições também desaconselháveis.

Por mim, só sei que prefiro pagar o meu salvamento (ou um seguro que o faça) do que ser obrigado a aceitar regras de segurança impostas pelo estado para a prática das minhas actividades favoritas (montanhismo e afins), como contrapartida por ter o estado a pagar essas despesas.

Mais de resto, sobre as apreciações que fazem acerca do turismo que temos e que insistimos em cultivar, 100% de acordo.

Saudações
José Amoreira

moreira disse...

ljma,Se bem entendo o que escreve, haverá uns quantos visitantes que serão mais desmiolados que outros tantos, consoante o modo com se deslocam para amontanha. É isso?

Só que, uns e outros, fazem-no por sua conta e risco, como está referido no post.
Assim sendo, as consequencias e responsabilidade do que lhes possa acontecer, não lhes devem ser imputadas apenas a eles, por terem negligenciado as condiçoes improprias de acesso á serra?

Ou estarei eu a ver mal a coisa?

Tchico disse...

Também estou completamente de acordo.Já lá vem o tempo de vermos as saloias da cidade de montanha irem tomar o cafezito de domingo com os saltinhos piricos,e o "tailleur"da missinha de domingo...E nasceram na cidade de montanha...imaginem se não tivessem cá nascido!

ljma disse...

moreira, não me atrevo a construir um ranking da desmiolice, porque tenho também a minha dose e prefiria que me deixassem em paz com ela.

O que eu acho é que se faz sentido uns desmiolados (os montanhistas) pagarem pelos seus resgates, também fará sentido que os outros (os que sobem de carro) o paguem também...

Acrescentei ainda, já mudando de assunto, que prefiro que o estado não pague os regates dos montanheiros, se com isso se sentir no direito de regular a actividade, obrigando a habilitações especiais de segurança, a pareceres de "técnicos de segurança", a autorizações do governo civil, dos bombeiros e da GNR. Se é para isso, prefiro de longe pagar o que tiver que pagar se as coisas correrem mal. Ou desistir das actividades se não me sentir capaz de arcar com essas responsabilidades.
Saudações!