sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ribeira da Goldra:um mau exemplo na Covilhã

Retomo o tema sobre a catástrofe na Madeira, dando de barato alguma demagogia e outras tantas piedosas declarações. Não esquecendo, porém, que este será o momento certo para se reflectir/perceber o que está mal no desenho do território covilhaneinse. Atente-se no mau exemplo da canalização realizada na ribeira da Goldra, sublinhada em azul na foto, desde a ponte Mártir in colo até ao jardim do lago; como se o curso de água fosse uma força hostil a domesticar. Um preocupante dislate, pois os cultores do betão mandaram às urtigas os problemas de urbanismo e tomaram por verdade absoluta, a imposibilidade de se registarem valores excepcionais de precipitação na Covilhã. Acresce ainda que, os canais de dejecção praticamente não existem. Este crime da canalização da Goldra e de outros cursos de água, trazem também à luz, a inexorável evidência de que não era possivel evitar a tragedia da madeira-prevista há dois anos neste video. Porquê? Porque não podemos dominar a natureza como também nunca a conseguiremos enganar deste modo. Ou seja, um putativo temporal sobre a Covilhã (100 a 130 Milimetros de pluviosidade num dia) tornaria impossível escoar tamanho caudal de água da Goldra, devido aos estrangulamentos físicos na rotunda do Rato e no anfiteatro Martir in colo. Tal turbilhão devastador, não teria simplesmente espaço para passar, e uma torrente de lama, pedras e detritos de toda a ordem inundariam grande parte da área visivel na foto.

Poderá demorar uma semana, um ano, ou um século. Oxalá não seja mais uma catástrofe anunciada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alarmismo ridiculo e sem sustentação cientifica com base em probabilidades.
Defenitivamente,esta não é a vossa ribeira.Deixem-se de ECOTRETAS