segunda-feira, 1 de março de 2010

Desacordos

A iniciativa contra o acordo-ortografico no facebook, não passa duma tanga do lobi de tradutores e editoras, numa atitude meramente corporativa, mas também de medo de perderem o controlo do mercado editorial, medo de perderem a mama. O que eles querem é um universo linguístico monolítico, que continue a afastar os dois países, quer atraves do lexico, quer pela morfologia e sintaxe. Habituem-se ao mercado global do livro em língua portuguesa.

A outra carneirada que assina a petição, mas não sabe do que se está a falar, é bom que continue a phoda na pharmácia. Prós jurássicos/saudosistas vão-se entretendo com o mirandes. - Lhéngua doce cumo ua meligrana, guapa i capechana
Maibom!

8 comentários:

padrastini disse...

Toca a cumprir o Pato de Estabilidade e Crescimento.

carpinteira disse...

padrastini,

Essa foi uma boa tentativa. Contudo, para teu esclarecimento, algumas sequências consonanticas de que faz parte o vocábulo "pacto",conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, PACTO, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;

sempre a considerar-te.

Anónimo disse...

De fato, é isso mesmo. Que conceção de língua é esta que acha que agora não vai haver mais afastemanto entre o protuguês de portugal e português do brasil? Já agora porque é que "isso" se escreve com dois "s" e não só com um, uma vez que estamos a economizar nas letras? E o mesmo para todas as palavras com 2 "s", 2 "r", "m" antes de "p" ou "b" e acabe-se de vez com as várias grafias para o mesmo som. Os exemplos são imensos. Acabe-se também com a flexão verbal e a dos nomes, transforme-se o português num pidgin bem à moda do sertão ou de níveis culturais restritos e/ou de subculturas.

carpinteira disse...

anonimo,

Nada tenho contra a mudança de concepção para “conceção” e demais exemplos que referes: Considero até que na maior parte dos casos ,aquilo que não tenha sentido fonético deva ser eliminado. Não tenho o intento de manter a língua portuguesa numa redoma.Tampouco cristalizá-la para que vá morrendo aos poucos.

“porque é que "isso" se escreve com dois "s" e não só com um, uma vez que estamos a economizar nas letras” Dizes tu, claro.

Se não dize-me: o que tem “isso” ou a utilização das vibrantes múltiplas (rr) a ver com o acordo ortográfico? De que falas tu?

“transforme-se o português num pidgin bem à moda do sertão ou de níveis culturais restritos e/ou de subculturas”

Frase bacoca que não passa de um preconceito cultural, de quem ainda pensa com os tiques colonialistas. Depois, parece-me que confundes a noção elementar de ortográfico, com oralidade, i.e., ainda não percebeste que o acordo é para celebrar ao nível da escrita e não da fala; ninguém vai mudar o modo de falar portugues para o "modo do Sertão". que treta é essa?

Anónimo disse...

carpinteira:não passas de um pseudo intelectual arrogante

Anónimo disse...

O "acordo" apenas faz sentido em países semi-analfabetos, como de facto são Portugal e Brasuil (vd. testes Pisa).
A ortografia não é uma transcrição fonética. As grandes línguas do mundo, aquelas que veiculam o conhecimento (inglês, francês, alemão) mantêm todas as duplas consoantes. Será que não evoluem? Iríamos afastar-nos dessas línguas ao aplicar esta patetice engendrada por meia dúzia. Não esquecer que a ortografia afecta a pronúncia: no Brasil pronunciam indenização e anistia (o que não se verifica em nenhuma outra parte do mundo).
Mas o princípio é um: ao estado compete preservar e não fazer engenharia daquilo que está para além do seu poder.

carpinteira disse...

Reparo que não respondes a nenhuma das interrogações que te coloquei no comentário anterior. Escreves sobre o que desconheces e depois espalhas-te ao comprido, a pontos de incluires o alemão como uma das “grandes línguas do mundo” Essa é de morrer a rir.

Mas continuas a avolumar o disparate:

“Iríamos afastar-nos dessas línguas ao aplicar esta patetice”
Desde quando a lingua portuguesa esteve próxima do Ingles do frances e alemão. O que queres dizer com próxima ?

“a ortografia afecta a pronúncia” ???
Esta também é lapidar. Diz-me, quantas palavras enunciadas com “h” condicionam a pronuncia dos falantes?

“ao estado compete preservar e não fazer engenharia”

Pois, mas ao estado compete, acima de tudo, acabar com este conservadorismo imobilista e patético da língua que leva inevitavelmente à sua decadência.
Com acordo, trata-se apenas de regular uma Língua, que possibilita a mais de 200 milhões de pessoas falarem e escreverem em modos semelhantes.
Lembro-te, no entanto, que o acordo vai manter “uma dupla grafia para algumas palavras que continuarão a escrever-se diversamente em Portugal e no Brasil.

sempre a considerar-te.

Anónimo disse...

cada tiro cada melro