terça-feira, 4 de maio de 2010

Postas de pescada e o hospital central

Pese embora a deselegante intromissão do sô pinto, em assuntos que não lhe dizem respeito, a verdade é que os emissários políticos, acantonados em unidades locais das capitais de distrito, governos civis e quejandos, vieram d'imediato a terreiro, quais incumbentes da coisa pública, negar qualquer possibilidade de o CHCB se tornar um Hospital Central/Universitário. Uma logica habitual do centralismo acéfalo e burocratizante desta gente; por certo, respeitável, mas cuja simpatia partidária não sendo, certamente, o único dos seus defeitos parece ser, infelizmente, a maior das suas qualificações e virtudes. De resto, o CHCB é a maior unidade hospitalar do interior centro. Se isso, per si, não bastasse, o hospital Pero da Covilha, está hoje considerado, uma unidade de saude de referência internacional.

O que eu pergunto é: até quando estas luminárias basbaques ligadas aos directórios partidários, alicerçados numa base distrital, vão continuar a mandar postas de pescada sobre o que se deve ou não fazer na Covilhã?

23 comentários:

Anónimo disse...

É só para lembrar que foi a covilha que recusou a criação do Centro hospitalar da beira interior.
Deixem-se de ideias.

Anónimo disse...

Carpinteira, desta vez subscrevo o seu post!

Anónimo disse...

Falta apenas o anónimo das 10:03 dizer porque não foi criado o centro hospitalar da beira interior!!!

Eu sei, eu sei que não pode dizer porque não sabe, no entanto, há pessoas que sabem.

cumprimentos e gostei bastante do post.

Zeferino disse...

Mas aquilo é o CHCB, da CHBI ou o Pêro da Covilhã?

Não foi o dr. Pinto, esse anti-midas, que tornou o nome redutor?

moreira disse...

Ó Zeferino, creio que focalizar esta questão no que diz o pinto e na designação do nome do hospital, é desviar a atenção do essencial.

JM disse...

Nem é preciso ser bruxo para adivinhar porque a Covilhã recusou o CHBI. Aposto que os senhores das capitais de distrito voltaram a tentar fazer uso dos seus "direitos". Sinceramente, ainda bem! Assim cada vez se nota mais a diferença de qualidade entre o CHCB e os outros hospitais da região!

tecelao disse...

Também me parece completamente irrelevante o que diz o pinto .Aliás, de cada vez que o cromo bota faladura só prejudica a Covilhã.
A questão como diz o carpinteira no post, são os poderes instalados nas capitais de distrito, cujas decisões arbitrárias, tem vindo a criar assimetrias e níveis de desenvolvimento dispares dentro da própria região… o que provavelmente irá ter continuidade se for por diante o novo projecto de regionalização com capital em Coimbra

Anónimo disse...

Venho aqui dar um esclarecimento, porque estou um pouco saturado de ler tanta ignorância.
1 - Assim, gostaria que tomassem boa nota do seguinte: o CHCB, Centro Hospitalar Cova da Beira, congrega o Hospital Pêro da Covilhã, Hospital do Fundão e o Departamento de Psiquiatria, como o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental foi constituído pela junção de três hospitais: Hospital de Santa Cruz, Hospital de São Francisco Xavier e Hospital de Egas Moniz.
Todos os estabelecimentos de saúde, têm por norma um nome: a Guarda - Sousa Martins, Castelo Branco – Amato Lusitano, e Covilhã – Pêro da Covilhã, que como é fácil de deduzir, são figuras ilustres da região. Portanto, quando um ignorante ou outro vem falar mal do facto do Hospital da Covilhã se chamar Hospital Pêro da Covilhã, ou se cala ou terá de passar a criticar todas as unidades de saúde do país.
2 - Quanto ao facto do Presidente Carlos Pinto, vir trazer para a discussão publica, a exigência da passagem a central do Hospital Pêro da Covilhã, só demonstra mais uma vez, que é das poucas pessoas da região da Beira Interior Norte e Sul, que realmente tem um pensar esclarecido e agregador de sinergias e interesses regionais, coisa que não se verifica em mais nenhum politico destas regiões.

Anónimo disse...

É uma falácia dizer-se que a Covilhã rejeitou o CHBI.

Se houve quem o quisesse, foi a Covilhã que, tal como deve ser, estava disposta a criar competências especializadas em determinadas valências nos três hospitais, para construir um verdadeiro Sistema Regional de Saúde.

Guarda e Castelo Branco viraram as costas preferindo continuar a olhar para o umbigo. Perdemos todos, infelizmente. Mas o CHCB soube, no passado e saberá no futuro, continuar a atrair médicos criando, assim, uma oferta diversificada e consistente na área da saúde.

Esperem para ver o que vem a caminho...

MANEL disse...

Queres tu dizer (anonimo da 14:56) que a governadora se inclui neste grupo de politicos exigentes?
Se esta gente que nem de politica sabem estivessem caladinhos talvez (como sempre) a região ganhasse.
Procuramos a solução? troquemos de basbacagem politica...

Seringa disse...

Achas tu que eu acho que a governadora civil se incluiu neste lote de politicos? Porquê? achas que sou parvo? a mulher veio berrar a terreiro, pois tem as barbas a arder... o que quer isto dizer?? é que se ela não fizer uma fuga para a frente, vindo à liça com este assunto das maternidades, no sentido de que a da Covilhã seja fechada, corre o risco de amanha não ter a de Castelo Branco, tal a dimensão do problema da falta de médicos especialistas.
Eu não a considero politica pois não tenho conhecimento de que alguma vez tenha ido a votos!!!, Percebeste agora?

Furcula disse...

A mim o que me lixa, é que este merdoso do Manel, fala de tudo e de todos, como se fosse um supra sumo.
Tenho a certeza, quedeste assunto, não sabes nada, aliás demonstra-lo bem por escrito.

Zacarias disse...

Anónimo de 4 de Maio de 2010 15:06,
Nada do que dizes contraria quatro coisas:

1. A insistência de Pinto no nome do Pêro da Covilhã fez correr muita tinta e contribuiu para criar anticorpos nas direcções hospitalares. Tanto que o nome foi posto no edifício a martelo;

2. Carlos Pinto não fez a sugestão que lhe atribuis, de um Centro Hospitalar da Beira Interior mas, muito pelo contrário, de um Hospital Central (da Covilhã, claro), fazendo uso do tempo de antena que lhe dá o JF e sem qualquer fundamentação, a não ser a de um bafiento bairrismo, que ele sabe colher nos ignaros que o seguem. Facto que altera por completo o que dizes;

3. O presidente da câmara tem sido bem mais um alguém com que se antecipa, fazendo uso da informação que lhe chega com tacticismo (oportunismo) de quem pretende a todo o custo obter protagonismo à custa dos méritos alheios, quantas vezes contribuindo para o insucesso das acções dos agentes a que supostamente se associa.

4. O sr. que defendes deu muitas provas de não ser a pessoa douta, muito menos esclarecida e sensata que referes. Ao longo destes anos tem sido alguém verdadeiramente incapaz de promover qualquer "discussão pública" (ou mesmo privada), como sabes.

Não sabemos onde queres chegar, mas sabemos de onde vens. O que já é alguma coisa.

carpinteira disse...

Zacarias,
Subscrevo quase todos os pontos do teu comentario, Contudo, como alguém já aqui escreveu, não creio que seja o tacticismo, ou modo egotista como o pinto pensa a cidade, que esteja aqui em debate, e que nós aqui denunciámos bastas vezes. Aliás, estou-me nas tintas para o que o pinto possa pensar ou julgar sobre esta matéria; é-me completamente indiferente..

Questão bem diferente é a que assinalas no ponto quanto à atribuição ou significado do nome do hospital. Também aqui não vejo substancia na discussão èm torno da designação do nome. Embora me pareça mais natural o nome de Pêro da Covilhã.
Posto isto, aquilo que importa debater, no meu ponto de vista, são os desequilíbrios regionais provocados pelo ancestral centralismo administrativo da capital de distrito chama-lha bairrismo ou que quiseres. Eu acho que existe um sentimento que vincula qualquer indigena ao canto pátrio que o viu parir, embora isso não lhe deva retirar o discernimento necessario para avaliar o que de facto tem ou não importância;quem sou eu, ou tu, para fazer tamanhos juízos de valores?! Era outra estória, mas para esse peditório Já dei várias vezes.

Tive a oportunidade, há uns dias, a propósito das declarações da senhora governadora sobre o eventual fecho de uma maternidade no distrito, de dizer
que considero não haver necessidade da Covilhã adquirir o estatuto capital de distrito. No entanto, pareceu-me na altura e ainda me parece fundamental, Castelo Branco perdê-lo.

O que escrevi por essa ocasião reflecte um pouco a ideia deste post, i.e. não não tem surgido até agora, fortes alternativas ao modelo tradicional que sustem a divisão administrativa da tuga pátria, em torno d’um modelo de Estado unitário, decretado no século passado, sem qualquer racionalidade geográfica. Mas estou convencido que existem outras soluções político-administrativas, que possam ser mais vantajosas para a região e para o país. Aliás, é devido à ausência de uma regionalização decente, que se tem mantido o status quo e a capitalidade de Castelo Branco. Não estranha por isso que tenhamos um distrito burocratizado e artificial, que apenas serve os interesses d’ uma minoria de amanuenses. O centralismo da capital de distrito, tem vindo desde então a praticar esta espécie de colonialismo interno em desfavor do resto da região, criando evidentes assimetrias no seu espaço jurisdicional. Há inúmeros exemplos que podia apresentar-te, mas vou poupar-te ao fastio de os enumerar.

É sobre isto que estamos a falar no post.oresto são exercícios retóricos que apnas nos conduzem ao vazio.

Cumprimentos Zacarias

Unknown disse...

Para mim a questão de fundo não é o Topónimo.
Importa saber se queremos, ou não, um hospital com mais valências,mais médicos e enfermeiros, mais horas de cuidados especializados,mais vagas para médicos e enfermeiros especialistas e mais capacidade para realizar investigação clinica. Ou seja: servir melhor a nossa população.
Importa saber se falamos todos em uníssono e apoiamos C.Pinto na luta para a aumetar a capacidade de resposta do CHCB ou, ao invés, nos envolvemos em lutas intestinas e deixamos para os nossos vizinhos aquilo que deverá ser considerado, por todos nós, uma legitima aspiração.

jasmim disse...

Lúcido comentario o do carpinteira.
É isso mesmo.

Anónimo disse...

Apoiamos o Carlos Pinto nesta luta...? Estás parvo ou fazes-te?

Anónimo disse...

Ouvi as forças vivas da Guarda apoiarem, com a maior das naturalidades (e já vão perceber porquê), a elevação do Hospital da Covilhã a Unidade Central.
Esta região - sobretudo, a cidade - ficava, a oeste, servida pela unidade hospitalar de referência, que é Viseu; e a sul, pela Covilhã. Dois hospitais centrais a menos de 100 quilómetros, mais o pavilhão que está a ser construído deixariam a cidade melhor do que nunca.
Agora, a questão é: ou se chega a esse entendimento de uma forma esclarecida, natural e concertada; ou se faz como o senhor Pinto, que lembrou-se-lhe aquilo no momento e disse-o porque lhe deu ganas.
E desatou tudo em gritaria desnecessária. Ora, tudo isto, vistos de longe, é de uma ridicularia que nos deveria envergonhar. Entendam-se, porra!, até porque não é assim tão difícil! Já agora, e a pergunta não é provocatória: porque é que Castelo Branco não alinha? Ou para cá da Gardunha não é distrito?

Anónimo disse...

Não se entendem porque estão todos imbuidos de um bairrismo primário que não conseguem ultrapassar...tanto os poderes locais de Castelo Branco como da Covilha. Foi sempre assim e pelos vistos os autores dete blog tambem alimentam o disparate.

Anónimo disse...

Discutis o que o Presidente da Câmara da Covilhã quer e o resto é conversa.
Sois uns imbecis a raiar a anedota.
Nem vos dais conta.

Já Foste Apanhado disse...

Ler o Sr. Tecelão e ouvir o Sr. Carlos Pinto não há diferença na argumentação, por vezes até na má educação que são useiros e vezeiros.
Continue se acha que esse é que é o caminho.
Quanto ao hospital, o poder central é que decide e ninguém daqui tem qualquer hipótese, excepto mesmo mandar postas de pescada.

Anónimo disse...

A decisao é politica, mas já há muito tempo que a possibilidade do CHCB se transformar em hospital central era discutida nas estruturas locais do PS. O senhor Carlos pinto apenas apanhou boleia para aproveitar, como sempre fez para desancar no governo.

seringa disse...

Não me digas que discutias essa cena nas reunioes tipo secretas do PS e o Dr. Carlos Pinto estava atras do cortinado a ouvir, para de seguida vir botar postas de pescada???
AH AH AH AH AH
Não me mates a rir.. pá!