quarta-feira, 28 de julho de 2010

Honoris a granel ?!

É extraordinária a propensão da UBI para atribuir honoris causa nos últimos tempos. Já vão dois no espaço de 4 meses. Mas se por um lado, o honoris de Guterres fez algum sentido, - digo eu - esta novel insígnia académica atribuída a Balsemão, parece-me, de todo, incongruente. Pese embora, o extenso currículo do dr Pinto Balsemão, não consigo vislumbrar nele, nada de relevante em prol da região e da UBI para a atribuição de tamanha oferenda. Eles lá sabem.
Por este andar, um dia destes, ainda toca alguma coisa ao outro pinto; o da administração do condomínio. Eheheheeh

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Tecelão

Não posso estar mais em desacordo consigo sobre a atribuição do Doutor honoris causa pela UBI ao Dr. Pinto Balsemão. A premissa maior da sua argumentação, de que uma universidade dá esse título a quem de algum modo a beneficiou directamente, está simplesmente errada. Veja o meu texto no JF de 9 de Out. de 1998 sobre Honoris Causa .

Desse texto retiro o seguinte parágrafo: "Tive a fortuna de assistir em 18 de Setembro passado à cerimónia em que a Universidade de Harvard deu o doutoramento honoris causa ao Presidente Nelson Mandela. Era o lutador pela liberdade do seu povo, pela democracia e paz de uma nação, que aquela universidade americana honrava. Honrava a obra e a vida de um homem de oitenta anos, de que vinte e sete tinham sido passados na cadeia. Mas também a mesma universidade havia dado em 1996 um doutoramento honoris causa a uma mulher de 86 anos cuja vida fora passada a lavar roupa. Essa mulher, Oseola McCarthy, havia doado todo o dinheiro que acumulara ao longo da sua vida à Universidade do Missippi do Sul para a ajuda de estudantes negros necessitados."

Gostaria que um dia as universidades portuguesas também fossem capazes de honrar com o Honoris Causa portugueses humildes que, à semelhança de Oseola McCarthy, se sacrificaram para o bem comum.

Abraço do
A.Fidalgo

Anónimo disse...

Universidade, da Beira Interior para o mundo, assim deveria ser... Mas infelizmente a região sente a Universidade como sua propriedade e cujas homenagens deveriam ser usadas como uma espécie de troca de favores.
São factos como os descritos no comentário anterior que nos dão força e inspiração para a luta. Vai ser bom quando a UBI tiver a capacidade de se mobilizar e dar condições a mais estudantes de países pobres para fazerem a sua formação. Esses estudantes serão o motor de desenvolvimento dos seus países. Um verdadeiro contributo para tornar o mundo melhor.