terça-feira, 12 de outubro de 2010
140 anos - Mais património
Hoje vinha para falar das praxes na UBI, mas como estamos a poucos dias do evento festivo (140º), lembrei-me, uma vez mais, do abandonado património industrial da cidade fabrica. Ao longo destes anos, as respectivas administrações do condomínio, mostraram-se incapazes de delinear estratégias para a cidade e tiveram no casuismo a única forma de acção, através da dispersão construtiva e subalternização do espaço público, que tornaram a Covilhã (cidade de montanha), disforme e agressiva. Não faltam exemplos de espaços com identidade própria, evocativos de percursos simbólicos na história da cidade fábrica, transformados em locais incaracterísticos. Ou seja, a administração foi edificando a cidade, sem rumo, contaminada por jardins de pedra numa rede de infra-estruturas demasiado mecânicas para conter as referências históricas da Covilhã. O resultado está bem à vista nesta peça de 2009, depois de décadas de indiferença e abandono do património industrial, ou o que dele resta na Covilhã. E que dizer também do alfobre de disparates, de que é exemplo o parque habitacional tão fragmentado quão degradado no indigente “centro histórico”, falho em sucessivos planos de reabilitação.
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