sexta-feira, 1 de outubro de 2010

continuação d'um tema anterior

Durante toda a semana, deambulamos pelo tema da praxe. Não tínhamos qualquer expectativa de gerar consensos entre os leitores do blogue e do facebook.
Sem qualquer espírito missionário, tentámos expor as nossas razões, respeitando sempre o contraditório, em prol de uma prática que se nos afigura atentatória das liberdades individuais.
Hoje, vamos apenas lembrar, mas tambem reflectir, sobre uma reportagem do ano passado tratada pelo jornal SOL, onde vinham narrados alguns casos na primeira pessoa, de estudantes que viviam em casas de banho, e que sobreviviam para tirar um curso superior na Covilhã.
Quem observasse a berraria praxista de bandos de putos da UBI, precocemente decadentes, pelas ruas da cidade, não imaginaria por certo, o drama que alguns deles carregavam no dia-a-dia:
"Bruno (nome fictício) desmaiou a meio de uma praxe. Quando acordou, os colegas perceberam porquê: não comia há dois dias. Sem coragem para pedir mais dinheiro aos pais, Bruno vivia da ajuda dos colegas, que lhe pagavam as refeições na cantina da Universidade da Beira Interior (UBI). No caso de Leonor: os cêntimos eram contados um a um e os pais nem sabiam das dificuldades que passava para comer. "

(SOL) Outubro de 2009

12 comentários:

Anónimo disse...

Para esclarecer os mais incautos, pois uma verdade é a repetição constante de uma mentira (e viva o (pseudo) arrastão de carcavelos para o provar):
a) a foto utilizada na reportagem e aqui reproduzida é somente de figuração;
b) Nunca nenhum jornalista encontrou nenhum jovem que dormisse em casas de banho;
c) A história do há alunos a passar fome foi extrapolada por certos dirigentes associativos (salvaguardo que certas situações realmente aconteceram - tal como noticia o SOL - mas foram pontuais).

Anónimo disse...

Não vou falar de praxe pois como já se viu há argumentos para defender as duas posições. Mas esta reportagem não é argumento por uma razão simples: alguns dos testemunhos foram induzidos e as fotografias não correspondem a situações reais.

tecelao disse...

É extraordinario como alguns anónimos, em nome da ausencia argumentativa e não se sabe bem do quê,pretendem negar a realidade. Daqui a pouco dizem que são casos inventados pelo Carpinteira; aos pontos que chega tamanho fundamentalismo desta gente para defenderem o dislate. Se bem me lembro, esta reportagem nunca foi posta em causa. Pelo contrário, mereceu toda atenção dos orgãos sociais da UBI na altura.
Basta consultar os arquivos do jornal SOL ou falar com os jornalistas que fizeram a reportagem.Tenham dó.

Anónimo disse...

não concordo com todos os argumentos apresentados contra a praxe.Mas pelo menos tiveram o mérito de por em reflexão um tema que tem passado ao lado de muita gente com responsabilidades informativas na região.
Parabens ao blog carpinteira pelo serviço público

Continuem.

Anónimo disse...

parabéns carpinteira.
Aos defensores da praxe, quero só perguntar se acha que os covilhanenses são cegos e surdos. Seja de dia ou de noite assiste-se pelas nossas ruas a espectáculos inqualificáveis, em nome de uma integração que teria muitas outras formas de ser feita. A gritaria e o palavrão, a miudagem a cair de bêbada, arrastada como se fosse gado significam o quê no código da praxe?
E quem poderá pôr cobro a uma situação destas:a ubi, a associação ou nós, cidadãos incomodados com tanto disparate?

Muito mais se poderia dizer...muita tinta há-de ainda correr...

Anónimo disse...

Para o "tecelao":
1-É extraordinario como alguns anónimos, em nome da ausencia argumentativa e não se sabe bem do quê,pretendem negar a realidade. Daqui a pouco dizem que são casos inventados pelo Carpinteira; aos pontos que chega tamanho fundamentalismo desta gente para defenderem o dislate. Se bem me lembro, esta reportagem nunca foi posta em causa.
R: Segundo deduzo, e diga-me o tecelão (que não é anónimo, ou será?! Não interessa) se eu estiver errado, para si os factos são verdade porque ninguém os negou! [Bem o arrastão de Carcavelos também foi verdade, para si, de certo.] Isso não é verdade, Queiroz (o reitor) contestou o clima que se criou, e explicou. na altura, que tal não correspondia à verdade.
Permita-me que o esclareça (será que ainda me está a ler!??!): Os casos de maior preocupação na Covilhã, entre a academia, prendiam-se com alunos de Cabo Verde, muitos deles apoiados pelas Confrarias de São VIcente de Paulo. Tirando estes casos, que não eram pontuais e mereceram toda a atenção da Reitoria e das demais instituições sociais, apenas se registaram casos pontualíssimos com caloiros.
A UBI, apanhada de surpresa com as notícias, reagiu da forma que qualquer um reagiria, defendendo a cara: disse que ia fazer de tudo, etc, etc, etc. Retratando-se logo de seguida, quando se apercebeu que o rumo das notícias não correspondia à verdade.


2-"Basta consultar os arquivos do jornal SOL ou falar com os jornalistas que fizeram a reportagem.Tenham dó."
R: Infelizmente, o que digo não se encontra on-line... não mereceu o destaque que outras notícias mais sensacionalistas tiveram. No entanto, o que digo pode ser comprovado com arquivos em papel do NC, do JF e do URBI. Sei que aqui por este blogue não gostam dos pasquins da região... neste caso os mesmos agiram com grande rectidão evitando o sensacionalismo (como diria Pinto) de Lisboa. De cabeça lembro-me de uma entrevista do Urbi ao reitor e de uma reportagem do NC sobre a pobreza.
Ainda referir que, do que me lembro, nem a RCC nem a RCB pegaram no tema, apenas mais tarde vieram reproduzir as palavras do reitor onde este negava mesmo que houvesse "Fome na UBI", como um presidente da AAUBI transmitiu várias vezes na abertura solene da UBI nesse ano.

tecelao disse...

Não vou perder muito tempo com teu comentário, nem faço a minima ideia, em nome de quê ou de quem, vens tu aqui, pela segunda vez, defender o indefensável. Mas já que aqui estás, tenho a dizer-te que,nada do que escreves contraria o post.

Porém, se isso, per si, não fosse suficiente para desmontar o teu exercicio prosaico, bastava-me citar esta frase no teu primeiro comentario: Ponto C):

"(salvaguardo que certas situações realmente aconteceram - tal como noticia o SOL - mas foram pontuais)."

Quer dizer, as situaçoes aconteceram, mas pelo facto de serem pontuais, tu achas que são irrelevantes. Está bem visto sim senhor. Grande argumento!

Bom, está tudo dito e és tu quem o afirma. Por favor, poupa-me a mais um dos teus arrastões verborraicos. Sabes, nós temos este defeito terrivel, entre outros, de dizer as verdades.

Sempre a considerar-te.

Anónimo disse...

Realmente eu é que estou errado e a ver as coisas pelo prisma errado.

Então:
1ºem nome de quê ou de quem, vens tu aqui, pela segunda vez, defender o indefensável?
R: Em nome da verdade. Podes ver pelo meu IP quem nem sou da Covilhã! :D

2º Reafirmo que:
a) a foto utilizada na reportagem e aqui reproduzida é somente de figuração;
b) Nunca nenhum jornalista encontrou nenhum jovem que dormisse em casas de banho;
c) A história do há alunos a passar fome foi extrapolada por certos dirigentes associativos (o que não invalida que certas situações realmente tenham acontecido - tal como noticia o SOL).
d) NÃO HÀ FOME NA UBI!

e)Como era só para repor a verdade, e porque eu nem sou daí e nem tenho que apanhar com os teus comentários pseudo-intelectuais, e porque não defendo nenhuma instituição covilhanense... Fico-me por aqui! Queres acreditar que há fome na UBI?! Acredita... Queres chamar a atenção para um pseudo-caso em que dois alunos passaram por privações num universo de 5 ou 6 mil?!?!?

Apenas tentei demonstrar que os casos vindos a públicos não são representativos da realidade e que dirigentes das AAUBI aproveitaram para aparecer nos media. Se querem continuar a insistir numa falsa ideia... o que eu posso fazer? Deixar comentários... foi o que fiz! :)

Anónimo disse...

Tecelão,
Já que és tão diligente, aceita a minha sugestão: contacta os alunos que moravam na referida casa e pergunta-lhes como foi a encenação para a fotografia. (dica: são de CC).
Tens outra alternativa: pede ao autor da reportagem que te faça um forward dos emails que os alunos lhe enviaram.
Pode haver fome na UBI tal como acontece, infelizmente, noutras universidades. Mas alunos a dormir em casas de banho é uma mentira!

Anónimo disse...

este anonimo das 11 e 53 deve ser assistente social ou pertencer ao banco alimentar. Nao se cala com a fome e as casas de banho.
Mas o post não fala essencialmente sobre as praxes?E o assunto da fome vem por acréscimo?
Ou fui eu que perceci mal ?

Anónimo disse...

Oh anónimo das 19:57,
1º Coitado do anónimo anterior que poderá ter falado pela primeira vez e dizes que ele não se cala com a fome e as casas de banho...
2º Isso de adivinhar profissões por comentários é muito à frente;
3º Se o post fala sobre o assunto, mesmo podendo não ser o principal, qual é o problema?!?!

Anónimo disse...

Se a praxe não é um mero exercício de humilhação dos novos alunos, aproveitado por frustadões que tentam ver-se como pessoas importantes, se não é isso mesmo que parece que é, e que parece tentar ser, e se antes pelo contrário é apenas uma forma saudável e divertida de integrar os caloiros, então proponho uma variação, a que com certeza que os senhores veteranos não se oporão. Este ano, em vez de serem o senhores veteranos a gritar, a insultar e a ordenar (se não é disso que se trata, juro que é mesmo o que parece), façam ao contrário: integrem os novos alunos deixando-os, a eles, dirigir as "brincadeiras" com que os costumam "integrar".
É tão divertido, não é?