quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O silêncio da imprensa local



Tinha cá pra mim que o jornalismo devia interrogar, pensar a noticia, chamar as coisas pelos nomes, como o primeiro requisito de qualquer abordagem comunicacional e de mediação do espaço público. Mas isso era eu iludido. Na verdade, os pasquins regionais continuam a entreter-se com a notícia anódina, acrítica, promotora de discurso fácil, funcionando, quase todos, à laia da "putain respectueuse" de Sartre.
É absolutameinte extraordinário que esta noticia : - Autarcas da Covilhã mandam avançar obras ilegais -. publicada pela imprensa escrita nacional, na passada semana, seja omitida, ostensivameinte nos jornais do condominio. É que nem um, deu nota desta acusação, que o sô pinto considera como uma fantasia juridica.
Qualquer olhar ateinto para esta pasquinagem, constata uma imposição de relativismo moral e uma censura que parecem conferir a si próprios, afim de manterem essa fidelidade canina ao poder local. Trovas do regime que a tipografia basbaque tece e espalha pelo condomínio. É o que há.
De quem terá medo a imprensa local ?

4 comentários:

Anónimo disse...

Nem tanto culparia a imprensa regional. É demasiado frágil e insustentada. Depois o chicken cai-lhes logo com processos e processos em cima. À conta de todos nós, do nosso dinheirinho...
Culparia mais a oposição, que não desempenha a sua função, que não é mais do que pseudo-oposição,figura triste e cobarde.

Anónimo disse...

Essa é boa. Agora a oposição tambem serve de bode expiatorio para tudo.

Covilhã, consciente disse...

A imprensa da região afunda-se a uma velocidade vertiginosa, a curto prazo não terão viabilidade económica nem sustentabilidade.
A inércia e falta de imaginação leva-a pelo caminho fácil de entregar-se ao pequeno anúncio, penando pelo salário dos poucos funcionários que sobram.
O sufoco não permite soluções arrojadas, nem perceber que em regimes decadentes a informação crítica é quem vende e gera interesse publicitário.
Veja-se o caso da Madeira.
O JF foi um grande jornal quando zelava pela região mesmo contra os poderes instalados.
O que as pessoas querem é perceber interpretar o que toda a gente sabe e que os poderes escondem.
Infelizmente caminham a par da desgraça e do fim trágico que afundará todos quantos estejam próximos da derrocada.

Anónimo disse...

Não sabes é ler, o carpinteira!!! Não tem o mesmo título, mas tá lá, num dos pasquins. Procura!