sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Censuras e outras tangas...

Tenho evitado comentar o caso do hotel Intercontinental em N.Y., assunto com uma mediatização grotesca, a que não dispensei um átomo de atenção e para o qual me estou verdadeiramente nas tintas. Como se já não chegasse a Maya operada em directo na SIC, as Presidenciais, o Cavaco e o FMI, para tornarem mais lucida a ideia do nosso endémico atraso. Enfim. Mas vou abrir uma excepção hoje, embalado pelos basbaques de Cantanhede, que não tarda nada e ainda erguem uma estátua ao gajo do saca rolhas. É claro que, qualquer explicação mais consentânea para estes actos tresloucados, obrigar-me-ia a percorrer os meandros da psicologia colectiva tuga, e agora não estou para isso.

O que me trouxe aqui mais exactamente, foi o acto de censura praticado pelo Expresso online, relativamente a este cartoon do Rodrigo, que esteve publicado durante uma parte do dia 12, até ao momento em que o seu director Ricardo Costa, achou por bem mandá-lo às urtigas. Tenho para mim que, uma condição necessária de qualquer jornal online que se pretenda democrático, é a livre manifestação da expressão nas suas mais diversas formas. O humor, mesmo o negro, é uma delas. Parece, no entanto, que o sô director do Expresso, foi incapaz de perceber o humor como uma neutralização da realidade da vida quotidiana, optando, antes por uma atitude, que representa uma limitação importante no tratamento deste cartoon, através de um mecanismo censório ou auto censório como lhe queiram chamar. Acho que foi grave, embora ninguem fale nisso.

2 comentários:

Anónimo disse...

Oh tecelão, tu achas que alguem aqui neste condominio quer saber ou entende alguma coisa sobre este assunto?
Andas muito otimista com os basbaques.

manufactura disse...

...como disse hoje um grande psiquiatra do nosso país, o humor negro faz parte da catarse colectiva, na sublimação do trágico na realidade insuportável, incompreendido ou mesmo grotesco, sendo mesmo necessário, como os contos de fadas do Jung...