sábado, 12 de março de 2011

Contestação? Sempre...MAS NÃO CHEGA!




Assistimos, impávida e serenamente, ao pronuncio de uma época de contestação, anunciada e, hoje, instigada, como uma das mais importantes e sérias da “histeria” da democracia…

Espero, como muitos, que tal tenha consequências e resultados práticos!

Acontece, porém, que, perante tantas vozes, poucas nozes!

Na verdade, apesar de, a todos, ouvir as críticas (velhas e novas) ao estado de coisas, a verdade é que não tenho sentido nem ouvido – certamente por desatenção ou surdez minha) quaisquer propostas concretas e sérias que alterem de facto a situação ou sequer apontem caminhos válidos para conseguir mexer com a nossa sociedade ou mesmo com aquilo que move os contestatários.

Entendo que o Carpinteira, como sítio de liberdade e criatividade, pode e deve criar um espaço onde todos nós possamos participar com alguma ideia ou proposta simples, prática e viável para, que mais não seja, ficar com a consciência de ter participado, não apenas na contestação, mas na solução!

E atentos os ecos que, apesar de ser camuflados, vamos tendo, nas classes contestadas, que sejam não só anunciadas como medidas a tomar, mas que sejam aplicadas e postas em prática ou descartadas por justificação válida!

É essa a proposta deste post!

Será que estamos à altura???

16 comentários:

Debuxo Urdaz disse...

Primeira proposta: Alteração o regime de subsidio de desemprego, alargando-se às empresas e aos desempregados o mesmo sistema já aplicado aos estágios profissionais e aos programas ocupacionais (até agora só em benefício de entidades públicas) e cuja remuneração pelo trabalho prestado pelos desempregados às empresas seja pago, parcialmente, pelo estado (subsídio de desemprego) e a outra parte pelas empresas beneficiárias do trabalho. objectivo: criar oportunidades de emprego aos desempregados, ajudar as empresas e a economia, prolongando o tempo de protecção no desemprego.

carpinteira disse...

Caro debuxo,

Folgo com a tua constatação e apelo ao dialogo neste espaço privilegiado que é o carpinteira, quiçá o único palco de debate na bloga regional. A verdade é que no condomonio covilhaneinse, ao contrário de outras cidades, o movimento contestatário geracional, ou que dele se pensa, não suscita uma excitação muito especial, a julgar pelo amorfismo reinante. É estranho, mas é também um sinal dos tempos numa cidade que já foi pioneira, outrora, de lutas essenciais em prol da liberdade e que representa hoje, desistência e resignação. Mas é o que temos. O carpinteira vai continuar a remar contra maré, que é com quem diz, fazendo pela vida e abrindo a todos, sem excepção, um espaço de discussão.
Quanto ao resto, muito se tem escrito e se vai escrevendo sobre o assunto, que oportunamente aqui trazes. Tenho para mim que não devemos partir de silogismos simples, em que os jovens acham que os velhos não percebem e estão convencidos de que não precisam de aprender mais nada porque são “qualificados”. E, por outro lado, os velhos convencerem-se que os jovens são todos ignorantes, condicionando, assim, uma desejável coexistência/diálogo em face das certezas que cada um apregoa. É com estas e com outras que se vão abrindo fossos cada vez mais difíceis de superar.

Covilhã, consciente disse...

Caro debuxo
Acho particularmente interessante a tua proposta de propor soluções, especialmente num espaço como o carpinteira, cuja praxis da reflexão assenta no pensamento socrático. Desconstruir para construir a partir da ignorância. Perguntar, questionar, colocar em causa os dogmas, as virtudes, as verdades instituídas, o inicio do caminho para uma opinião actual, forte, fundamentada e sustentada.
Claro, muito á frente para pensadores e políticos actuais, apesar do tempo passado da vida e morte de Sócrates (o filosofo), razão pela qual, tal como ele, temos inimigos, felizmente em menor numero do que os amigos.
Não é tarefa fácil propor soluções, especialmente para uma geração que se designa “á rasca”, sabendo-se que a sua formação e o seu saber assenta no trautear e declamação de teses e teoremas que outros pensaram. È este o paradigma da educação dos nossos tempos. Tornar o conhecimento numa tabuada, cuja avaliação depende de mnemónicas na ponta da língua, desvalorizando o que ficou no cérebro do aluno.
Porém, compartilho da necessidade de fazer um esforço na busca de propostas, tendo igualmente a convicção de que propostas não faltam e portanto, não será o problema central. Problema é a sua implementação, contando com uma completa desresponsabilização de quem compete executar.
Assim sendo, a minha primeira contribuição para o debate seria:
-O politico deve assumir-se como gestor da coisa publica e responsabilizado pessoalmente por isso.
- A democracia assente na governança, não poderá manter sistemas ocultos sem verificação ou validação, nunca ou quase nunca sujeitos a ratificação. Um estado de direito deve ser transparente em todos os poderes, sejam executivos, legislativos ou judiciários.

maquielpinto disse...

São brilhantes os vossos esforços, mas cá para mim o povo "á rasca" devia era por á rasca os politicos que nos governam, a começar pela camara da covilhã.
Brincam descaradamente com o povo. Agora moda é a apalpação. Apalparam o mercado no campo das festas, nos silos etc, agra apalpam o data center no campo de aviação, isto só pode ser brincadeira.
Atenção..ainda há outra hipotse o presedeinte não quereindo as ventoinhas a fazer barulho a porta da casita, o melhor é confundir e dizer que o pessoal não queir aquele local.
manipulação da democarcia? hummm..

carpinteira disse...

A propósito de socrates, (o filosofo, claro):
os Sofista andavam de terra em terra na Grécia antiga, a vender ilusões e opiniões, até que o Platão lhes deu cabo do canastro desconstruindo todo aquele paleio, que considerava um simulacro da verdade. Era assim que platão via os sofistas; uns vendedores do saber. Mas, apesar disso, conseguiam ter opinião. Agora a basbacagem do condomínio recusa-se sequer a pensar e a reflectir sobre o que seja. Nada a fazer. Temo que andemos perder teimpo.

O Basbaque Censurado disse...

"Entendo que o Carpinteira, como sítio de liberdade e criatividade...." quando nos comentários têm escrito "A moderação de comentários foi activada. Todos os comentários têm de ser aprovados pelo autor do blogue."
Só mesmo quem não se enxerga é que consegue auto-intitular sem se rir, de tão douta acção e personificação. Estava longe de pensar que iria encontrar nas escarpas viradas a nascente da Serra da Estrela, o paladino das liberdades de Portugal.
Onde andavas antes do 25 de Abril de 1974? De lápis azul na mão com certeza, porque de liberdades só percebes mesmo é da tua.

carpinteira disse...

Já dei bastas vezes pró peditório do basbaque aqui por cima. Se algum dos carpinteiros estiver disponivel para perder mais teimpo com ele, faça favor

Covilhã, consciente disse...

De facto, já perdemos tempo que baste com este emissário sabe-se lá de onde ou de quem.
Ainda assim, para que não restem duvidas e tendo em atenção que este comentário cumpre as regras mínimas de educação e linguagem apropriada, talvez valha a pena (pela ultima vez) explicar para que conste e seja do conhecimento dos milhares e digo bem milhares de visitas ao espaço carpinteira.
Já explicamos varias vezes que descontruimos ideias e debatemos soluções.
Não se pretende ofender nem diminuir as pessoas individualmente.
Todos têm espaço para aclarar ou opinar mesmo quando discordam, exemplo disso, foi a sucessiva publicação dos esclarecimentos que a senhora governadora do distrito, se nos dirigiu esclarecendo a sua intervenção.
Há uma grande diferença entre o ser individual, a figura pública e o cargo que bem, ou infelizmente muitas vezes mal, ocupa na vida pública local ou nacional.
Talvez este senhor, do 25 de Abril se lembre apenas do lápis azul.
Nós lembramo-nos e bem, de todos quantos disfarçadamente e encapotadamente se infiltravam para denunciar e destruir qualquer movimento que não batesse “palminhas” ao regime. Infelizmente as mensagens que este senhor envia não são ideias ou opiniões, são ofensas e ameaças.
Até percebemos, que o desespero para estes senhores, seja até ao momento a dificuldade de marcação dos participantes no blog. Seria mais fácil dar-lhe o destino dos diversos casos literalmente silenciados ( http://covilhamaior.blogspot.com/) na blogoesfera local, se é que assim se pode chamar.
Maior angústia deste senhor é a incapacidade (apesar das tentativas) de criar um espaço alternativo, credível e capaz de merecer atenção e gerar debates ou ideias, que nós aplaudiriamos pela elevação do debate. Cada um tem o que merece em função da sua competência.
Assim sendo, fica dito, não publicaremos comentários do estilo daquele que recuperamos do nosso spam, e que aqui transcrevemos:

“Um dia destes o Min Pub vai fazer uma perguntas mas é aos cabrões ubianos da carpinteira. Aí é que vai ser a risada. Quanto ao esgalhamos chupai no dedo e tomai alka seltzer. Vê-se memo que estais refodidos. Ka gozação.
Por Anônimo em Diz que o sô administrador e o Esgálhamos já não v... em 26/02/11”

Do muito mau este é o mau que identifica o estilo e a ameaça de que somos sistematicamente alvo.
O estado de direito obriga ao compromisso de aceitar e acatar as decisões. Nunca em tempo algum impede a opinião.
Quando, este senhor ou alguém pretenda ver esclarecida ou publicada a sua opinião, ou qualquer outro esclarecimento, bastará dirigir-se-nos, por enquanto por via digital, em breve pessoalmente.

Debuxo Urdaz disse...

Em face da ausência de propostas (a dois dias que estamos do grandioso protesto!!) e perante a opção de utilizar o espaço, expressamente dedicado a propostas, para outras coisas, resta-me propor mesmo que todos aqueles que se dignam perder tempo em escrever barbaridades e alarvidades abjectas e insultuosas - como é o caso dos milhares de comentários que este blog recebe -, sejam, compulsivamente, inscritos e internados num "clinic" de gestão do tempo e bons modos que tanta falta lhes faz!

Anónimo disse...

É assim mesmo carpinteiros.
Estes tipos estão habituados a desgraçar de forma salamurda a vida das pessoas, colocando estrategicamente nas esquinas da cidade, nos cafes, nas tascas etc emissarios que difundem panos negros sobre as pessoas de que não gostam.
Não contavam e não sabem lidar com a internet.

Anónimo disse...

O basbaque cesurado tem o meu apoio porque já fui censurado imensas vezes. Mais, desde há algum tempo sempre que as estrelas me respondem afirmativamente termino o comentário com : comentário a ser censurado

maquielpinto disse...

Este tipo não é uma basbaque é um palerma. Só pode.
Como é que ele sabe que o tal basbaque é censurado? Será que conhece a vossa lista de spam?
Tamanha palermice só mesmo de basbaques mascarados .

O Basbaque Censurado disse...

Falhas, erros, soluções e caminhos a seguir têm sido mais do que apontados pelos movimentos de contestação ao estado a que chegou este desdito Portugal e a sua classe politica em delírio. O que é necessário fazer mais para que todos os que fazem parte do poder instalado, deixem continuar a insistir em que, não foram apresentadas soluções e caminhos a seguir, dizendo que este movimento é um movimento fútil, demagógico e perigoso devido ao facto de não ter liderança ou rumo. Claro que é perigoso, pois representa o desejo de mudança de milhares de pessoas, que não se conformam, que já identificaram claramente o que está errado na nossa sociedade actual, que sabem qual o caminho e rumo que querem seguir, sabem ainda melhor qual será o seu destino, se o deixar a cargo dos nos nossos representantes actuais(quer sejam da esquerda ou da direita). Continuam todos, mesmo todos sem excepção e aqui incluo o Blog da Carpinteira, por enterrarem a cabeça na areia e a sacudirem a chuva do capote, quando dizem que ninguém aponta soluções sérias e concretas. Dá-me ideia de que nem que essas ideias e soluções vos batam com toda a força contra a cabeça as vêm. Só para apontar algumas para além das já apontadas pelo Sr. D. U., como por exemplo:
- Supressão de autarquias que são bem menores do que freguesias; - Supressão de freguesias no interior das localidades;
- Fim do financiamento de fundações particulares pelo Estado;
- Adiamento ou mesmo o cancelamento do TGV (um bilhete de avião para Madrid por vezes não chega a custar 50€ e Barcelona 75 €);
- Privatização de empresas como a TAP ou a RTP (as quais nada prestam aos utentes qualquer tipo de serviço público, corrijam-me se estiver errado);
- Funcionamento pleno das entidades encarregues da regulação do mercado;
- Fim dos jobs for the boys e abertura de concursos transparentes para todos lugares de chefia dos organismos da função pública e das empresas públicas;
- Aplicação da meritocracia na progressão em carreiras públicas;
- Separação efectiva dos poderes legislativo, executivo e judicial; - Responsabilização judicial de todos aqueles que a coberto do seu estatuto politico tomam decisões prejudiciais às populações.
Estas são apenas algumas propostas que como muitas outras têm sido apresentadas nos últimos 35 anos. Como vêm soluções para os problemas há (e muitas outras existem para outros problemas que persistem), falta é vontade para os atacar de frente.
Já agora o Sr. Covilhã Consciente, saliento a sua consciência e o meu agradecimento por permitir "ver esclarecida ou publicada a sua opinião, ou qualquer outro esclarecimento, bastará dirigir-se-nos, por enquanto por via digital, em breve pessoalmente." Louvo-o pela coragem que demonstram, digna de verdadeiros democratas e quando o fizerem vou-me identificar quando comentar ou criticar. Devia no entanto estar inconsciente quando leu no meu comentário que as mensagens envio não eram ideias ou opiniões, mas ofensas e ameaças. Li e não me reli.
Já agora aviso que sou alinhado com os desalinhados, isto para quem pensou que poderia ser pintista.

Anónimo disse...

Quem é o Sr D. U.?? que tanta proposta fez... e nunca ninguém lhe deu ouvidos...
Ò basbaque de cendurado só podes ser auto!

Debuxo Urdaz disse...

É verdade que ao longo dos tempos, se têm feito propostas, mais ou menos utópicas, sem prejuízo da sua validade, às quais não fomos nem ficamos insensíveis (recorde-se que algumas delas, já aqui tiveram eco e repercussões externas).
Passado o momento de contestação - admirável por sinal, no que respeita à serenidade e urbanidade demonstradas – o certo é que não se viram muitas folhas a4 com propostas!
Nem nos espaços como este que lhe foram destinados… infelizmente!
Será que temos mesmo só gente contestatária?
O que está mal, todos sabemos e sentimos na pele!
O que fazer para mudar…?
Esse é o desafio, a que quase todos fogem , uns por falta de ideias, outros por mera cobardia ou irresponsabilidade!
É certo que todas as gerações (incluindo esta à rasca) têm a sua quota parte de responsabilidade no estado de coisas actual, mas não se limitem a queixar e dizer mal!
Aproveitem a maré e ajudem a fazer com que alguma coisa mude!
E não estou a falar de movimentos para derrubar governos… com golpes de estado digitais!
Era o que nos faltava…

tecelao disse...

O prometido é devido; o comentário do basbaquete foi eliminado.
O carpinteira como blogue de qualidade, que se preza, não pode estar permeável a estas investidas de non sense argumentativo. Eheheheehh