sexta-feira, 8 de julho de 2011

on quê..



Um olhar, ainda que fugaz, por alguns sites dos pasquins regionais, revela-nos como estes ersatz da informação, mandaram às urtigas o jornalismo de investigação e de reflexão, como lhe queiram chamar. Entretém-se com a notícia anódina, acrítica, promotora de discurso fácil e reprodutora, ipsis verbis, do registo em papel que expelem semanalmente. Quando, interrogar, pensar a noticia e chamar as coisas pelos nomes, deveria ser o primeiro requisito de qualquer abordagem comunicacional. Digo eu, que sou ignorante na matéria.
O politicamente correcto (expressão cretina), disseminou-se pelos sites locais. Todos repetem os mesmos modelos para toda a semana. Quem passar os olhos por estes sítios, facilmente constata uma imposição de relativismo moral e uma censura que parecem conferir a si próprios, afim de manterem essa fidelidade quase canina aos poderes locais. Trovas do regime que a tipografia indígena tece e espalha pelo condomínio. Mas enquanto intérpretes dos interesses dos leitores, não passam d’um completo falhanço de mediação do espaço público e discussão online. De pouco serve, pois, tornar os sítios graficamente atractivos e com caixas de comentários supostamente plurais, (mas vazias) quando o intento passa apenas por reproduzir declarações. "entre aspas", ou repercutir frases ocas que as circunstancia exigem. São, por isso, irrelevantes, estes sítios, e pouco contribuem para retirar da axfixia cívica os respectivos condóminos. Não vou nomeá-los, porque você, estimado leitor, conhece-os bem.

7 comentários:

Anónimo disse...

É verdade. Com excepção do Carpinteira pouca luz se faz na blogosfera local. Há ainda o Grémio da Estrela que parece um bocado desmotivado. O Máfia da Cova já foi. Os jornais dão pena.

Anónimo disse...

Por trás de um blog toda a gente se pode esconder e dizer o que bem quer e entenda. Nos jornais, há quem assine notícias, reportagens e que dê a cara por isso. Ou seja, que possa ser responsabilizado pelo que escreve, pelo que se deve cingir apenas a factos. E nada mais.

Sois mesmo muito corajosos, Carpinteira... sempre escondidos, sem saber quem são, a falar mal de tudo e todos... Se são tão bons quanto dizem, porque não deixam de ser blog, passam a ser site, identificado e com autores próprios, que assinem peças? Falta toma...s

Covilhã, consciente disse...

Caro anónimo
Não nos vais pedir que voltemos a explicar as vantagens de uma opinião independente? sem preconceitos ou amarras, dependências ou ameaças que coloquem em causa relações profissionais ou sobrevivência…infelizmente facilmente encontramos exemplos das consequências, já agora diz-nos lá porque não assinas o comentário? Aproveitarias para dar o exemplo.
Quanto ao sucesso do carpinteira, não comento porque não é coisa que nos oriente, o sucesso será aquele que nos atribuírem.
Uma coisa é certa, não é nosso objectivo procurar fazer noticia, apenas opinamos e promovemos debate, mexendo com as consciências de cada um.
Não escondo que me preocupa a tua obstinação com o carpinteira isoladamente, sugiro que opines e tenhas ideias e fundamentos que enriqueçam a comunidade que participa neste espaço, acredita que serás mais feliz, como desejamos a todos que insistam nas trevas da inteligência, pensar dá muito gozo ,,acredita!! Se estás de acordo com a opinião postada ou não, não interessa, importante é saber o pensas de cada assunto proposto.
As ideias não têm rosto e são sempre mais ricas e puras do que o corpo que as personifica.

Covilhã, consciente disse...

(cont)
Discutir ideias não é um combate de corajosos, isso terá o seu tempo e o seu espaço.
Os cemitérios estão cheios de heróis corajosos, as ideias e a opinião são valiosas de mais para que sejam assassinadas por bandidos sem ideias e sem lei.

Isabel Gonçalves disse...

Para quem tanto critica os outros uma pontuação bem feita seria o mínimo a exigir para dar credibilidade ao que escreveu, não acha?

Isabel Gonçalves disse...

Está a ver como não gostou de ser criticado? Está a ver como reagiu com a mão cheia de pedras, numa atitude de defesa tão pouco congruente? Pois é, quando se critica, há que ter a elegância de saber aceitar as demais opiniões!:)

Isabel Gonçalves disse...

Vejo que a obstinação é o seu forte e é, sem dúvida, um direito que lhe assiste! Além disso, nem todos podemos ser bons entendedores a quem meia palavra basta.
Foi um verdadeiro prazer esgrimir consigo!E sem ressentimentos, espero!:)