quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Em terra de cegos e dos que não querem ver...



(Magritte)

Desde há uns tempos que a cambra, incompreensivelmente, vem cultivando uma certa hostilidade pela UBI, como ficou claro em todo o processo do Ubimedical. Mas este fel é também detectável no volume inusitado de comentários insultuosos e ameaças veladas (em arquivo spam para memória futura) que chegam ao carpinteira, atribuindo-nos identidades de ilustres figuras da academia ubiana. É um verdadeiro must e uma risada com estes camarários, precisamente numa altura em que a Covilhã atravessa uma fase difícil e corre o risco de, definitivamente, se converter em apenas cenografia para indigentes espirituais. (vide censos 2011). Valha-nos a Pei Tei, catano, e a UBI para nos tirarem do atoleiro. A este propósito, vale a pena observar como o sô pinto, num laivo de bonomia bacoca, transforma uma exigência, obvia, da PT : o envolvimento da UBI na instalação do Data Center, numa aparente e generosa oferta da CMC : um bloco no aerodromo para a Universidade da Beira Interior "aproveitar e desenvolver competências e conhecimentos". Não há paciência.

Em vez de uma certa complementaridade e normalização institucional, a administração do condomínio, (tutelada por um arauto de indole sebastiânica) aposta e promove o atrito gratuito entre as instituições. Pelos vistos, está ainda longe o teimpo, em que de uma vez por todas se acabe com esta patética retórica do conflito e oratória de "primeira-água". Não só pelo inconveniente que representa para a Covilhã, mas porque se tornou, frequentemente, idiota. Na verdade, parece existir no raminho de cromos que compõem a ignara CMC, uma manifesta dificuldade em ultrapassar aquela fase da vida onde a maturidade, a honestidade política e, até, um certo recato, deveriam constituir a matriz desejável do relacionamento entre instituições da mesma cidade como são a CMC e a UBI. Aliás, à semelhança do que acontece na Guarda e na pérfida capital de distrito, onde as relações entre pares funcionam na perfeição. Ora, sabendo eu, e o estimado leitor também, o que a casa gasta em matéria de memória local mais a tendência trágica para acolitar este tipo de paroquialismos, temo que os covilhaneinses, venham a desiludir-se com a perspectiva, onde, por certo vai continuar a campear o marasmo e a parvoíce festivaleira como linhas-mestras do luminoso chicken. Estou cansado destes exemplares, que nem sequer conseguem dissimular o tom paternalista/provedor de quem se sente indispensável numa terra de cegos. Mas é o que há. É com isto que temos de contar no futuro; com esta gente, que nos intervalos da descarga biliar e do cultivo dos seus imensos egos, lá se vai entretendo a escaqueirar o condomínio e o prestígio da nossa terra. Puta de vida.

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