sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Fundão à beira do fim (?!) ...

Bom, é por todos sabido, que o governo de Passos extinguiu os governadores civis, sem contudo, terem sido criadas alternativas (regiões administrativas), abrindo caminho para a litoralização e bipolarização cada vez mais a tender para a macrocefalia. Ou seja, a partir de agora, toda e qualquer representação desta circunscrição distrital é meramente decorativa e não passa de uma mancha colorida no mapa. Os distritos, tal como os conhecemos, acabaram formal e organicamente desde há três meses. O que existe então em seu lugar? Nada. Apenas o vazio ou talvez não.
Por outro lado, a mais recente invenção (criação artificial das “super cidades” Castelo Branco/ Guarda/ Covilhã), levaria ao eclipse inevitável do Fundão como município. Freches sabe isso, logo agora, que se preparava para encher o condomínio fundanense de rotundas e passagens superiores para peões, vê também inscrever o seu nome na história, como o último presidente de Camara do Fundão. Autarca perspicaz e previdente qb, parece jogar na antecipação ou, simplesmente, procura acautelar-se, temeroso do que possa acontecer ao seu concelho (a previsível extinção a mando da Troika e com a conivência da vizinhança). Não lhe vale de nada nem há volta a dar-lhe. O pior estará ainda para chegar. E o que está na forja é que uma camara, como por exemplo, a da Covilhã, possa vir a servir dois concelhos, neste caso o de Belmonte e Fundão.

Creio, no entanto, que o busílis não está na extinção de municipios, mas na categoria de intocáveis que são os autarcas e os Presidentes de Câmara&afins. Adicione-se-lhes o despesismo, falta de transparência, pouca ou nenhuma produtividade, principalmente dos seus vereadores, chefes de gabinetes, assessores, secretárias, cartões de credito, motoristas, viaturas, telemóveis e por aí fora. Já para não citar a tanga das Empresas Municipais como instrumentos de desorçamentação e de clientelismo partidário. Seria outra estória.
Não será, pois, por acaso que haja já quem se esteja a por a jeito para vender uma espécie de detergeinte; sucedâneo das associações de municípios com o pomposo nome de comunidades intermunicipais. Maibom kó quei!

4 comentários:

Covilhã, consciente disse...

Caro carpinteira
Eu até acredito que o fundão possa estar á beira do fim, mas como toda nut cova da beira pode estar à beira do fim, tambem se coloca a hipotse de frexes, como tem sido habitual, se antecipe a pinto para a nova solução e quem sabe haja por ai a ideia da covilhã ser uma freguesia do fundão, desde que pinto garanta a presidencia da comurbeiras por inerencia da presidencia de junta.
Será??;-)

carpinteira disse...

É um ponto vista. Mas não creio.
Posso até estar enganado, mas aquela coisa de nome comurbeiras pode vir a incorporar –se como único organismo administrativo na região. Não foi em vão - conhecendo nós o especimen -, que em Março, o seu presideinte apresentou uma proposta de reorganização territorial ao Governo, que visava a atribuição de “mais poder a estas comunidades intermunicipais para optarem pelas melhores soluções de organização, e pela AGREGAÇÂO de MUNICIPIOS". Dixit. Está escrito e foi ele quem o propôs. Se calhar não foi por acaso. Digo eu.

Anónimo disse...

Não acredito mto na hipótese da Covilhã ficar freguesia do Fundão. O Fundão apesar de ter comércio mais parece um dormitório da Covilhã. Certo também, que vivem as duas cidades na sombra uma da outra.
Vamos ver no que dá esta brincadeira.


Já se fazia um post com o festival 5 Istreilas. Parece que alguém se lembrou que a Covilhã do Sô Carlos Pinto tem juventude e não é só idosos.

Anónimo disse...

à beira do fim!?
Estamos mesmo todos os que vivemos para cá da gardunha!
pelo que se vê, a única coisa que vai ser interessante é a luta de galos para o próximo poleiro por mai 12 anitos... e logo por imposição da Tri(o)ka! Que coincidência mai conveniente, pros nossos administradores "tapados"...
Quanto ao resto... quem é que se pode preocupar com ser a "freguesia" do outro se nem para uns nem para outros vai haver guito!?!?
Não nos troikem, p.f. (ou antes f.p.)!