sábado, 31 de dezembro de 2011

prémio sensibilidade social

O prémio basbaque do Mês de Dezembro vai para o sô Bispo da Guarda, (maître à penser do colégio liberal tuga). Sua santidade perdeu uma oportunidade de ficar calado e quieto lá no seu horto perfumado da escolástica. Atão não é que, ao contrário de pregar a justiça social, resolveu o casto, por pura emanação divina, culpabilizar os trabalhadores da Misericórdia da Covilhã (com o obsceno rendimento mensal de 490 aéreos) por não terem aceitado uma redução salarial e cortes nos subsídios de férias e de Natal! Formidável a arenga e não menos o génio imaginativo do clérigo que, aliás, ninguém de boa-fé acompanha ou reverencia. Trata-se, pois, de uma comovida receita de sujeitos pouco habituados a trabalhar, mas sempre prontos a esguichar postas urbi et orbi. Nem sequer há nada de original nestas declarações do santo, o que há, por agora, é que o disfarce caiu de vez e tocou a rebate. Eu sempre desconfiei de gajos que vestem saias e com a tentação de meterem a colherada na política donde quase sempre se retiram besuntados. Enfim, é mais um lampejar espiritual da troika que paira sobre a paróquia regional. O obscurantismo será sempre a nossa tragédia.

(boa noute senhor bispo, a sua bênção).

1 comentário:

manufactura disse...

...este coiro jurássico de saias e crucufixo ao pescoço insiste neste paternalismo padrasto...