sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O esplendor do "distrito"

O recente modelo de Paula Teixeira da Cruz para a justiça veio resgatar o conceito obsoleto de DISTRITO, atribuindo-lhe agora a importância que vinha a perder, após o colapso dos governos civis. Esta medida é mais um retrocesso histórico, programado pelo governo PSD-CDS,que levou à localização do tribunal na "pérfida" capital de distrito. É, sobretudo, uma decisão politica, intencional para reavivar conceptualmente a capitalidade administrativa de C. Branco. Nada que não tivéssemos adivinhado e alertado por aqui. Mais grave: tudo isto está ser feito perante a complacência da COVILHÃ. Há mesmo quem alvitre num futuro próximo, outras perdas ao nível da saúde e do ensino superior. A ver vamos.
Nunca considerámos a necessidade da Covilhã adquirir o ESTATUTO de capital de distrito. Fundamental, no entanto, seria Castelo Branco perdê-lo, quanto mais depressa melhor. Também é verdade que não tem surgido até agora, fortes alternativas ao modelo tradicional que sustém a divisão administrativa pátria, em redor de um modelo de Estado unitário, decretado no século passado, sem qualquer racionalidade geográfica e sociológica. Se bem que a partir de agora, espera-nos mais do mesmo com um distrito concentracionista, burocratizado e artificial, que apenas serve os interesses de uma minoria de amanuenses e de lóbis instalados na cidade de Joaquim Morão. O centralismo de capital de distrito vai dar continuidade a esta espécie de colonialismo interno, em desfavor do resto da região com efeitos bastante nocivos para a Covilhã, criando evidentes assimetrias no seu espaço jurisdicional. Agora queixem-se. Temo é que cheguem tarde demais.

Bom fim de semana

5 comentários:

Anónimo disse...

Leio sempre este blog e acho que alguns de vocês até fazem umas reflexões interessantes, mas não basta escrever bem. Não me parece nada bem este post. Não te reconheço Carpinteira. Mais parece um daqueles textos paroquiais de ilustres covilhanenses da geração dos anos 50, que viviam com a Covilhã no umbigo. Esta guerra entre Covilha versus Castelo Branco, que está patente neste post não faz qualquer sentido em pleno seculo XXI.

carpinteira disse...

Caro anonimo, convivo bem com o contraditório e com quem discorda do que escrevo. Mas temo que não tenhas entendido nada do que leste. Limitas–te a fazer um comentário, falho de argumentos, capazes de refutarem o que afirmo no post.

Apresento-te apenas duas razões para rebater o que escreves no teu comentário(Vai aprendendo que é para a próxima não te apresentares aqui de mãos a abanar):

1- Onde, tu vês um conflito bélico, eu vejo apenas motivos que devem preocupar a Covilhã e a sua região. Não olhar para o problema desta maneira é estarmos sempre sujeitos a soluções de força e de carácter mais ou menos ditatorial de um qualquer governo, como estas sobre a “descentralização” dos tribunais, que chegam a conta gotas do poder central sempre em benefício das capitais de distrito.

2- Defendo a Covilhã, não por mero paroquialismo, como dizes, mas porque estas politicas com tendência para a desinstitucionalização pública, apenas tem servido para penalizar centros urbanos que não gozam do estatuto de “capitalidade”, como é o caso da Covilhã, Fundão Penamacor, Belmonte...etc...etc

Anónimo disse...

Quem andou armado em chefão, aos berros pelas rendas do tribunal à Câmara!?

Então, toma lá...

Mai iúma pó Morão, que nem é da cor deiste goveirno.

Tamos pa veir agora. Até vai pagar pa cá ficar...

Anónimo disse...

vocês da cavilha estão sempre a criticar a capital castelo branco, porque vocês só tem inveja desta bela cidade.vocês deviam era agradecer a castelo branco por ainda estarem no mapa, porque vocês tem ai a ubi grassa a nos na altura em que ubi foi para essa coisa de cidade era para vir para a bela cidade de castelo branco, mas como a Covilhã estava a ficar sem fabricas de lanifícios a ubi foi para ai porque se não chapéu Covilhã ia.

Anónimo disse...

Sim senhor, deu para me rir um bocado com este "português" de categoria...
Só mesmo de C. Branco.