quinta-feira, 28 de junho de 2012

cobardes sim senhor!

Morgado não é uma figura consensual no carpinteira, mas de quando em vez escreve umas merdas acertadas:

"As portagens na A-23 são dos maiores atentados à região. Durante décadas, enquanto Portugal já gozava a “política do alcatrão”, a Beira-Baixa vivia isolada, sem ligações condignas. Sabemos como isso travou o desenvolvimento da região, como impediu que as empresas aqui se instalassem, criando empregos, criando riqueza, segurando as populações nas suas terras. O esquecimento desta região foi um crime de diversos governos, numa altura em que o país não era igual para todos e cresciam a duas velocidades diferentes: litoral e interior. A autoestrada chegou com décadas de atraso – reduziu as distâncias, aumentou a mobilidade das pessoas e das mercadorias, incrementou as mudanças sociais e económicas. E quando se começavam a fazer sentir os primeiros benefícios, eis que as portagens vêm colocar um travão em tudo isto. O governo entendeu que não havia excepções e que a Beira Interior teria de pagar como o resto do país. Afinal, os benefícios demoraram, mas os pagamentos não tardaram. Acontece que autoestrada é mais que uma questão económica, uma questão de deve e haver – é uma questão política e social. A autoestrada é mais que uma via de comunicação é uma via de desenvolvimento fundamental para contrariar as assimetrias do país, para catalisar a economia, para atrair pessoas. Uma via que nos era devida, que chegou tarde, e pela qual deveríamos lutar sem tréguas. Esperava-se uma reacção intempestiva por parte dos líderes políticos regionais. Não uma reacção de discursos balofos para ocupar espaço na imprensa, para aliviar a consciência, mas sim, uma reacção com actos concretos. Os eleitos locais, os deputados, deveriam ser os primeiros a colocar os carros na autoestrada e a não pagar as portagens. Os primeiros a dar o exemplo de indignação até que os tribunais estivessem entupidos de processos. Mas a grande maioria ficou de braços cruzados na sua política de ar-condicionado e de palavras vãs. Foram poucas a excepções dos que saíram à rua - quase sempre são os mesmos, e até sabemos porquê.
Afinal, a montanha de discursos pariu um rato de atitudes, e a população e as empresas só têm uma solução: pagar! A verdade é que não temos verdadeiros líderes regionais, homens de atitudes e de acção e sem líderes somos o que somos – débeis economicamente e logo, atrasados em termos de pujança social.
Eu pergunto, será que nesta região só a cobardia política não paga portagem? ."  Joâo Morgado via Kaminhos

5 comentários:

Anónimo disse...

Pode ter muita razao em tudo o que diz, mas nao deixa de dar a impressao que esta a amaciar o terreno para alguma coisa...

Anónimo disse...

há quem o veja como o grande timoneiro da sociedade civil covilhanense

maquielpinto disse...

coitada da sociedade civil..fraco timoneiro!! o homem já vê em cada canto um candidato e curioso!? todos são bons...

carpinteira disse...

"sociedade civil covilhanense"???

Qual? Onde? De que falas tu anonimo das 15:12?

antonio matos disse...

Sociedade quê?Não entendi!