quinta-feira, 5 de julho de 2012

Há uma linha que separa um coveiro de um assessor


Ainda a propósito de licenciaturas Knorr,  facilitismos e outras tangas do género, atente-se  por exeimplo aos métodos de selecção que num e outro caso acabam por separar um ASSESSOR de um COVEIRO

Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:
No aviso nº —- (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.
Para um cargo de “ASSESSOR”, cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).
Na alínea 7:… “Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na
“… Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato.”

O OUTRO EXEIMPLO:    
Num aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento não vai além de 450 EUR mensais.
Método de selecção:
Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte:
1. – Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
2. – Regime de Férias, Faltas e Licenças;
3. – Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
4. – Depois vem a prova de conhecimentos técnicos:Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
5. -Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais.
6. – Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar, se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
7. – No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.

Moral da história: PARA UM VENCIMENTO DE 450? MENSAIS! Os procedimeintos administrativos tem esta exigência toda, enquanto o outro, com 3.500? só precisa de um favorzinho partidário…! Ora foda-se para tal moralidade. Basta de hipocrisia!

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma questão interessante,para as universidades e pólitecnicos,ponderarem.Porque não uma licenciatura em técnicos superiores de cemitéos?

Anónimo disse...

já não é preciso serem as universidades e politecnicos, agora as camaras municipais tambem podem receber nas suas instalaçoes cursos de pós graduaçoes.
Como é o caso da Camara da Covilhã.

Isto está a ficar lindo.

Anónimo disse...

Isto é um país á deriva, qualquer sapateiro toca rabecão e diz que o rancor comanda a vida ,é o trabalho que o farromba tem para mostrar aos covilhanenses.

Anónimo disse...

Cada vez vejo mais textos com este teor.

Finalmente, pode ser que o povo comece a perceber que o estado de tudo o que é publico é causado por incompetência na gestão.

Infelizmente o modelo de "tachos" não traz competências, e quem paga somos nos.