sábado, 2 de novembro de 2013

Eu gosto meismo é de delegar...

Nós julgávamos que esta areinga de chamar a si a conceintração de podeires tinha desaparecido em 29 de Seteimbro. Mas não. Ficaram as sequelas de quem gosta de encher a boca com palavras, mas recusa qualquer compromisso com o conseinso e a partilha com os condóminos. Ora aqui teimos atão o primeiro gesto, que traz à tona o quanto o sô presidente vitaro anda consumido de humildade e paternalismo bacano, de tal maneira que recusa distribuir o bodo pelos pobres. Pois, como não diria o poeta: mudam-se os teimpos, mas mantem-se as vontades.
E para compor o ramalheite, o sô presedeinte vitaro recorre ao velho argumentário tanguista de “uma melhor articulação do trabalho autárquico”. E pasme-se, até “compreende a legitimidade democrática dos eleitos” Onde é que nós já ouviramos isto? 
Dá para rir e revela uma pobreiza evangélica confrangedora. Hum! Cá para nós o novel presedeinte carece de recauchutar o léxico político para não se confundir com o seu antecessor. Vai por nós, vitaro, se não um dia deistes inda te apanhamos a dizeir que as competeincias só podem seir delegadas eintre os mais aptos; o sô minêro e o sô martinis, numa versão hardcore da meritocracia defendida por qualquer liberal minimalista/socialista.

Nós vamos continuar por aí, a ouvir os latidos da piolhada