quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Pobreza, sacos de plástico e ajuda alimentar

Discute-se hoje na paróquia nacional, esse tema fracturante da sociedade portuguesa: o pagamento de uma taxa sobre os sacos de plástico nos hipermercados. A semana passada falou-se da carência de alguns gentios que ganham em média, 500 contos por mês, mas que solicitam ajuda, amíude, ao banco alimentar. Surrealista ? Olhe que não estimado leitor.

Há pouco tempo atrás, a RTP fixava as imagens em algumas ruas da Covilhã com o casario devoluto. Susana, uma jovem desempregada, estendia lamentos enquanto prendia roupa numa corda à porta de casa. Um caso, entre outros, de vitimas que vivem no limiar da pobreza, com os danos amortizados num subsidio de reinserção social que mal dá para alimentar a prole. Susana foi excluída pelo paradigma das novas tecnologias, e pela ironia destemperada da contenção orçamental. As operárias do Paúl, ficam no desemprego, seguramente, pela gestão danosa de empresários sem escrúpulos.
Quem os responsabiliza?
Quem pode ficar indiferente, quando o olhar cabisbaixo destas mulheres mergulha na desesperança, e num futuro adiado?

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