quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O mapa

Os dados referidos neste mapa do observatório permanente da justiça portuguesa, dizem-nos que 18 por cento das comarcas recebem entre 2.000 e 4.000 processos por ano; onde se inclui, entre outros, o tribunal da Covilhã.
No entanto, dados mais recentes apontam para "7.260 processos pendentes no Tribunal Judicial da Covilhã dos quais 5.990 deram entrada no ano passado. No Tribunal do Fundão, há cerca de 2.000 processos pendentes. Em ambos os tribunais os processos crime e cíveis equivalem-se. Se se somarem os números do Tribunal de Trabalho da Covilhã, o total chega a cerca de 10 mil processos."
Ora, se aquilo que está em causa é a extinção e criação de tribunais, em função do número de processos e da realidade demográfica actual, então, perante os números, como pode alguém justificar a sua transferência para Castelo Branco?

Neste momento, há uma tentativa para concentrar em Castelo Branco grande parte dos serviços públicos de toda a região, no intuito de dividir o interior ao meio; tem sido verdadeiros jackpots para a capital de distrito. Quem perde, objectivamente, são as populações da Cova da Beira que ficam cada vez mais afastadas dos centros de decisões.
Ainda na semana passada a Segurança Social ofereceu um “Contac Center” com a criação de 200 postos de trabalho directos. Trata-se d’um investimento público. Alguém perguntou porque foi criado em Castelo Branco?

Não vale a pena virem com a história dos fantasmas bairristas, porque para esse peditório já demos. Estamos fartos da superioridade moral da intelligentsia regional, a vislumbrar Kosovos em tudo quanto é defesa dos direitos das populações.

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