terça-feira, 18 de março de 2008

Viriato era da Covilhã e foi traído II

O povo proto-covilhanense vivia em constante sobressalto, quer pela turbulência intestinal do seu chefe Viriato, quer pela anarquia da sua legislação interna, com uma classe dirigente em permanente rendimento mínimo cerebral, e o agravo de ser corneada a torto e a direito pela fauna préhistórica circundante.
Foi precisamente neste dia 18 de Março do seculo II dC que, enquanto os lusos se manifestavam contra a interrupção involuntária do coito, a corja romana atacava barbaramente pelos flancos, infligindo um número de baixas tão significativo, que haveria de por em perigo a segurança social vindoura.
Mas a grande habilidade, do nosso pastor governante, soube quase sempre estabelecer as escassas diferenças entre o pastoreio de cabras e a visão estratégica dos combatentes lusos na luta abnegada contra Roma, com grande êxito, até ao ponto dos romanos acabarem por pedir desesperadamente a paz.

Viriato, magnânime como só um covilhanense pode sê-lo, enviou a seus três lugar-tenentes, Audax, Ditalco e Minuro, a negociar com o cônsul romano Cipião. A surpresa que produzem ao estimado leitor, e a nós próprios, estes nomes tão genuinamente covilhanenses, não pode ocultar o facto, de que estes três canalhas, venderam Viriato por um punhado de euro-sestércios, e estiveram na origem anos mais tarde duma coisa designada de PsP, cujas práticas consistiam em visitar sindicatos e escolas públicas a fim de saberem coisas sobre as manifestações.
De maneira que, Audax, Ditalco e Minuro traíram Viriato na sua tenda por muito menos do que se tarda em memorizar os seus nomes.
Depois voltaram à barraca do cônsul romano a cobrar a sua recompensa. Mas Cipião atirou-lhes com uma dessas frases que ficam para a história:
Roma não paga a traidores. Ora toma.



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