Há uns tempos, escrevemos aqui que, a actual tendência para a desinstitucionalização pública, como o fecho de escolas, resultantes da actual vaga “racionalizadora”, iria agravar fortemente os factores de desertificação e a breve prazo fechar algumas localidades da Cova da Beira.
Ora, uma tendência recente da organização espacial e administrativa da pátria lusa, com o patrocínio deste governo, já não passa apenas pela manutenção do fenómeno da litoralização, mas antes, pela concentração de serviços nas “capitais de distrito” A transferência dos cursos de ensino superior no Fundão vem, mais uma vez comprová-lo. A história afinal repete-se. Já tinha sido assim com a saída do Magistério na década de 90, com a total complacência dos poderes locais. O problema é que, esta gente que dirige autarquias através do telemóvel, continua muito distante da realidade; não confia na capacidade das populações para exercerem o controlo sobre os exercícios da coisa pública, e, ao mesmo tempo, não procuram que elas adquiram mecanismos para o puderem fazer. Desta maneira, estaremos sempre sujeitos a soluções de força e de carácter mais ou menos paroquial como esta que chega a conta gotas desta espécie de poder centralizador em Castelo Branco.
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