terça-feira, 7 de outubro de 2008

Desconsiderações sobre a auto-estima

O texto sobre a auto estima, já foi postado noutra altura, mas apetece-nos reescrevê-lo mais uma vez, porque a auto-estima é semelhante em alguns aspectos, às promessas que alguns candidatos fazem em campanha eleitoral; como por exemplo, o Centro de Artes da Covilhã, que por muito esforço que façamos para o vislumbrar, só damos por ele numa rua com o nome do dito, ou no projecto que vemos na imagem. Pois é.
De maneira que, até há uns anos atrás não existia a auto-estima, como não existia Centro de Artes na Covilhã.
O verbo “estimar” só se utilizava no encabeçamento das cartas, como medida de cortesia para pedir dinheiro a alguém, (Estimado Sr). Se a quantidade fosse considerável, empregava-se mais a expressão (Querido amigo).
Pois de repente nasce a auto-estima e converte-se em sentimento universal, ou melhor, nasce a sua falta ou a sua escassez, já que ninguém a tem, todos a perderam, não a conheceram, ou têm-na baixa; ou seja, surge directamente em potência, porque em acto ninguém a viu, nem a mãe que a pariu.
Ora com o Centro de Artes da Covilhã, passa-se exactamente a mesma coisa. “Onde está?” pergunta aflito o basbaque, enquanto remexe nos bolsos das calças e os volta do avesso para comprovar se a auto-estima ou o Centro de Artes se encontram nas pilosidades que sempre habitam esse recanto da vestimenta.
Não, não consegue encontrar nada. Bom, então o melhor é não perder mais tempo com minudências; à falta dela, bute prá consulta.

14 comentários:

Anónimo disse...

Caros Amigos

O Centro de Artes é uma miragem, na paisagem doce covilhanense.
E a reabilitação do Teatro Cine, prometida pelo nosso Presidente no ano passado?
Isto vai de mal a pior.

Anónimo disse...

carpinteira
A sua ironia de braguilha é absolutamente falha de graça. A falta de assunto já o leva a repetir os textos. Isso quer dizer que este blog, desculpe, esta retrete tem os dias contados.
Ó anónimo você queria uma cultura elitista com gastos dos contribuintes. Mude de sitio. Vá arejar até ao paraíso cultural que é o Fundão e de passagem faça uma visita ao espaço Goldra o maior espaço de lazer construído na Covilhã. Quem construiu, quem ? Carlos Pinto, claro.

Anónimo disse...

Santos

Cultura elitista, é o que já existe na Covilhã, sem espaços para tal, e com gente, que nem merece qualquer comentário.
E quando quero arejar, procuro os paraísos culturais da Guarda, Viseu e até Castelo Branco, que em boa hora souberam construir ou re-aproveitar, excelentes Teatros, com programações a sério.
E vem você feito hipócrita, chamar elitista ao que não é, já que a cultura é e sempre será, um produto do povo.

Anónimo disse...

Anónimo: há diferenças enormes entre a subespécie de cultura que você pretende e a cultura popular, senão vejamos: a covilhã tem ao longo do ano vários espéctaculos culturais para todos os gostos e para todas as pessoas com custo zero para os utilizadores. Nos paraísos culturais que apregoa como o TMG, os bilhetes tem custos que por vezes chegam aos 20 euros, é essa a cultura que você defende, então mude~se.
,

Anónimo disse...

O Sr. Santos & amp é um cómico!...Começa por dizer que este blogue é uma retrete e, no entanto, acaba por confessar que o lê com regularidade. Talvez prefira a "imparcialidade" e a escrita boçal do "Covilhâ Maior"?!

Mas vamos por partes...

A diferença entre o Fundão e a Covilhã, é que o Fundão apresenta uma programação cultural regular com iniciativas de carácter mais popular ou mais erudito (e não elitista!) de reconhecida qualidade. Imago, Rota da Transumância, Festival dos Chocalhos, etc.

Peguemos no caso do Festival Imago, desdenhado pelo Presidente da CM da Covilhã, tendo "fugido" desta cidade para o Fundão. Resultado? Hoje o Imago é, a seguir ao de Vila do Conde, o segundo festival de curtas-metragens mais importantes do país, levando milhares de pessoas, de Portugal e do estrangeiro, ao Fundão.

Suponho que o Imago fosse demasiado "elitista" para a Covilhã! Melhor para a economia do Fundão...


Dito por outras palavras, o Fundão tem uma política cultural...E das boas!

A Covilhã não tem uma política cultural má, porque nem sequer tem uma política cultural! Tem episódios patéticos, como o desfile alegórico de Carnaval no Verão, e meia-dúzia de eventos (óperas, bailados) desconexos e não integrados numa lógica de criação e fidelização de públicos.
Servem apenas para transmitir uma ideia de "chique-cultural", o que é bem pior que o "elitismo", ou seja, é pura parolice!

A política cultural da Covilhã deveria começar pelo respeito de quem na Covilhã faz cultura, ou tenta fazê-la, como é o caso do Teatro das Beiras ou do Coro Misto.

P.S. - O "espaço Goldra", agora promovido pelo Sr. Santos & amp a "equipamento cultural", não foi construído pelo Sr. Carlos Pinto. Foi construído pela CM da Covilhã, sob a presidência de Carlos Pinto, com o dinheiro dos impostos de quem, como eu, não foge ao fisco.

P.S.S.- Suponho que também deveríamos agradecer ao Sr. Pinto, o dinheiro do ordenado do agora "vereador da cultura", Sr. Paulo Rosa, pessoa com um "currículo invejável" no domínio das políticas culturais.

Haja vergonha!

Pedro Santos

Anónimo disse...

Santos

Custo Zero? Não me diga que vai aos espectáculos ANUAIS, de Ópera ou Bailado de forma graciosa. Consegue arranjar-me um convite? É que tenho sempre pago entre 20 e 25 Euros. Estranho, não?
Quais os espectáculos gratuitos? Os festivais de folclore e/ou os concertos (mais do mesmo) da EPABI e Banda da Covilhã?
O Festival de Teatro é a pagar (e muito bem), as peças apresentadas pelo Teatro das Beiras são a pagar (e muito bem).
Isto é subespécie de cultura? parafrasenado alguém conhecido: "olhe que não".

Anónimo disse...

Pedro Santos

Você deixou-me sem palavras.
Parabéns pelo seu texto.

Anónimo disse...

O nosso amigo Pedro, afasta tudo o que lhe cheira a povo, depois teve um lampejo de génio e acaba a falar em espectáculos“não integrados numa lógica de criação e fidelização de públicos” traduz lá a verborreia.
Diz-me lá o inteligente, quantos espectadores assistem ao IMAGO, meia dúzia de cromos. Vai dar música a quem te dá a mama.

Anónimo disse...

Silva

Também os filmes do Manoel de Oliveira têm poucos espectadores, e são momentos de culto.
E o Pedro disse uma grande verdade: a parca vida cultural covilhanense, é pura parolice. Desconexa e completamente "ad-hoc".

Anónimo disse...

calma aí com o blog "covilhã maior"
o homem pode ser tosco mas dá a cara.Não é como alguns blogs de labregos que censuram os visitantes,dão cobertura a falsidades e ainda os chamam de "conas da mãe". Portanto,juizinho

Anónimo disse...

ya! Dá a cara com a ubi quidade da graxa = ini quidade.

Anónimo disse...

O anónimo tem uma noção de cultura impressionante. Quer dizer que a câmara deve patrocinar eventos com 5 e 6 pessoas para curte dos gajos que tem um umbigo maior que o mundo e deixar de apoiar espectáculos para o povo. Sejamos sérios, em que país e em que cidade é tu vives.

Anónimo disse...

Silva,
Tens razão. O três mandatos do PSD na Câmara da Covilhã foram um espectáculo para o povo, e ainda para mais à grega: uma tragédia!
Foi só esfrangalhar.

Anónimo disse...

Caro "ubi quidade":

O autor do blogue "Covilhã Maior" assina e dá a cara pelo que escreve. Tal como eu o faço há mais de 2 anos no meu blogue.

Não fiz considerações pessoais acerca do mesmo. Fiz acerca da qualidade do que escreve. E mantenho-o, palavra por palavra. Ainda vivemos num país onde existe liberdade de expressão, embora alguns presidentes de câmara, por exemplo, insistam em processos nos tribunais contra quem dos mesmos discorda(processos que, invariavelmente, tem perdido).

Já agora, se alguém me quiser processar pelas minhas opiniões, deixo o meu BI:10081573.

Por último, em vez de dar conselhos paternalistas e pretensamente ameaçadores, como a tirada do "juizinho", o melhor era fazer o que exige dos outros, ou seja, deixar de ser "anónimo" e assinar com o nome próprio.


E agora o Sr. Silva....

O Sr. Silva, que até me trata por "amigo" e por "tu", pode continuar com tiradas brilhantes do género "Vai dar música a quem te dá a mama" que não obterá resposta...A esse nível eu não desço! Mas admiro-lhe a audácia de fazer considerações pessoais acerca dos outros, quando nem sequer assina com o seu nome completo aquilo que escreve.
Suponho que seja mais um exemplo de coragem cívica e convicção naquilo que se escreve!


Mas o resto vai ter resposta...

Então o senhor domina palavras como "verborreia" e "lampejo" e depois não compreende uma frase tão modesta como a minha?!Não me desiluda!


Eu afasto tudo "o que me cheira a povo"?! Brilhante estratégia a de montarmos a nossa argumentação naquilo que os outros não disseram, mas enfim...Ficamos também a saber que o senhor considera que iniciativas como o "Festival dos Chocalhos" afastam o povo, o que significa que nunca ouviu falar das mesmas, nem sabe o que são.

Como, aliás, nunca pode ter ouvido falar do "Imago". Sim, estamos a falar de "meia-dúzia", mas de "meia-dúzia" de milhares de "cromos"!

O senhor pode acreditar que o Homem nunca foi à Lua, que é o Sol que anda à volta da Terra e que Deus criou o Universo numa semana. Mas tal não significa que isso seja verdade.
Portanto, o senhor pode acreditar que o "Imago" só lá tem "meia-dúzia" de "cromos", o que não significa que isso altere a realidade: o "Imago" foi da Covilhã para o Fundão e hoje é um dos maiores festivais de curtas-metragens da Península Ibérica.
As gentes do Fundão agradecem a generosidade!

Para o Sr. Silva, ser do povo, supondo que eu devo ser da nobreza ou do clero, significa que não se pode gostar de cinema ou de teatro?! Fantástico!

Por acaso, eu até sou licenciado e não gosto de ópera. Logo, devo ser do "povo"!
No entanto, o meu sogro que tem a 4ª classe e é pintor de automóveis, adora uma boa ópera.Logo, deve ser um "elitista"!

Pela sua técnica de "catalogação de pessoas", eu sou do "povo" (apesar de licenciado) e o meu sogro pertence aos "Cromos" (apesar de ter apenas a 4ª classe)?! Confesso que estou confuso...

Ou seja, e como dá a entender noutra resposta, pelos vistos somos uma país e uma cidade tão pobres e tão atrasados que não merecemos cultura. E o preconceituoso sou eu???!!!

Já agora, o facto de confundir "cultura popular" com "cultura popularucha", não significa que os outros o façam. Nada me move contra o fado, mas não me obrigue a aceitar o Toy como um símbolo da cultura nacional.

O facto de confundir "cultura erudita" com "cultura elitista", não significa que os outros o façam. Gostar de "cultura erudita" é ir à ópera porque se gosta e não porque é chique!

Acontece que au até concordo com a não construção do Centro de Artes e a recuperação do Teatro-Cine. Fico então à espera que o vereador Paulo Rosa monte a sua política cultural e gratuita. O "povo" e os "cromos" agradecem!

Pedro Teixeira Santos