Para não termos de recorrer ao termo mentira, digamos antes que a Administração do condomínio, teve ao longo da regência, uma relação fácil com a não-verdade, como quem gosta de encher a boca com palavras, mas recusa qualquer compromisso com a realidade e com os condóminos.
Pois agora, num golpe de génio, como se a crise tivesse nascido na Covilhã, em 2009 (ano de eleições), o sô Pinto prevê gastar cerca de um milhão de euros num conjunto de medidas para ajudar as famílias a fazer face à crise. Mas há mais: a isenção do pagamento das refeições e do prolongamento de horário de todas as crianças que frequentam jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo e proporcionar aos portadores do Cartão Municipal do Idoso (CMI), refeições (almoço) económicas, ao custo simbólico de um euro. Ora aqui temos um gesto, que só vem provar, o quanto o sô presidente anda consumido de humildade e paternalismo bacano, e vai daí decide distribuir o bodo pelos pobres. Um ANJO.
Pois é, como diria o poeta, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Em Dezembro de 2007 (ano sem eleições) quis o sô presidente tornar públicos os nomes dos pais “caloteiros” nos boletins quinzenais, porque deixaram de pagar o pequeno-almoço das crianças; uma verdadeira ameaça ao gentio devedor com dificuldades económicas. Agora, vá lá a gente saber por quê, o sô pinto dedicou-se a exercícios de filantropia e a ficções cuidadosamente elaboradas das suas capacidades de gestor do dinheiro alheio. Como nós compreendemos o seu glorioso desembaraço. Pois-pois.
Há crises fantásticas não há sô presidente?
Bom, as medidas vem anunciadas no pasquim oficial pelo papagaio Romão. Pois claro. Ou não tivesse o sô Pinto, durante estes anos de governança, uma reverencial e laboriosa imprensa local, à sua mercê, em prol da propaganda da obra feita, mas principalmente da obra prometida e por fazer. Com tanta ajuda, nem precisava a Administração de recorrer às sistemáticas e duvidosas campanhas de marketing para enlear um bando de indígenas, mui generosos e complacentes, como se fossem uma espécie originária de curral de moinas, (com o devido respeito pelos rústicos).
É espantosa a facilidade com que alguns cromos continuam a fazer politica, e dão corpo à agonia de uma geração. Até parece que a mentalidade salazarista continua a moldar os 30 anos de democracia.
O condomínio submisso, verga-se e agradece. Bem-haja sô presidente.
8 comentários:
"curral de moinas", com propriedade, para gáudio dos gentios
G*
Esta é boa... agora o carpinteira esta contra as medidas da camara para ajudar as pessoas. O que é que voces querem afinal?
Quando é para criticar, estou cá para criticar, mas há que dar o devido valor a estas iniciativas. Vou ser inocente ao ponto de achar casualidade a iniciativa coincidir com ano de eleições. Só espero que este milhão seja bem aplicado e não, como de costume, arrebanhado por umas mentes iluminadas que primam na arte de se camuflar de desgraçadinhos quando é para encher os bolsos. Mas sinceramente acho que este milhão não é o suficiente, ainda há os IMI's, as taxas macabras da água, os excessos de alguns funcionários, etc... Mas no fundo aplaudo esta medida, há que ajudar quem precisa!
Obrigadinho pela propaganda das medidas destinadas aos mais desfavorecidos deste concelho.
Grande Câmara da Covilhã.
Obrigado Carlos Pinto.
Lamentável este post. Acho que este blog tem levantado questões interessantes, mas este post é bastante infeliz. Peço desculpa,mas ninguem compreende que o carpinteira esteja contra a ajuda das pessoas em momentos de crise.
Trata-se de ajuda ou de caridade, do género da almoçarada da anil, para colher votos.
Oh ana vota em ti, ké derrota certa!!!
Já que ninguém quer o teu voto!!!
Cuidado ilustríssimos e distraídos comentadores.
É necessário ler as letras pequenas, as quais dizem: "a isenção tem efeitos a partir de 2 de Janeiro de 2009, não sendo aplicável a quem tenha mensalidades por liquidar"!Ou seja, quem tinha dificuldades e não pagava, tem de continuar a pagar; quem pagava por puder, vai deixar de pagar(sic).
Por outro lado, um mês de refeições custará € 30,00; quanto custa, por mês, a água que em cada casa se consome e os respectivos encargos?
Cuidado, dizia.
Estas medidas visam; mas não as famílias com dificuldades.
Quem aufere € 2.500,00 vai deixar de pagar as refeições.
As medidas visam Outubro.
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