A história diz-nos que os aspirantes a alcaides do condomínio, ou são mais ou menos persuasivos no exercicio da função, ou se convertem nuns lambe botas da Administração.
As Juntas de Freguesia não têm praticamente competências nenhumas, mas em tempo de festança eleitoral, os candidatos comportam-se como se estivessem a concorrer a presideintes de Câmara ou a outro cargo institucional de semelhante valia. É uma espécie que aparece sempre a 15 dias do sufrágio a exibir pugramas de carácter quasi-religioso para os anos que se avizinham. Depois, eclipsam-se.
Mas o pior é quando temos de levar com os putativos candidatos à porta de casa, ou a distribuir flyers pelas ruas e na caixa do correio. Grande parte deles nem sequer conhece os limites da sua freguesia, mas apresentam-se sempre com grande despacho na verve, estonteantes na erudição e com uma tamanha sagacidade testicular, que os põem a jacular banalidades por todos os poros.
Senão vejamos: os pugramas que tive oportunidade de ler até hoje, na grande maioria debitam falhas ao nível da ortografia e da construção sintáctica, mas isso prontos, a gente desculpa. O problema são as arengas pensadas meticulosamente, que me obrigam a lê-las devagar para lhes degustar o efeito. Não há um módico de bom senso e de realidade nestas cabeças deslumbradas pela propaganda alarve.
Por ex:
“vamos resolver o problema da desertificação no centro histórico e fixar os jovens na Freguesia." Pois claro.
Como? Através de uma proposta fantástica:
“ criando um sistema de apoio para jovens casais".
Mas qual sistema? Quais casais?
Bom, há outros que promovem hortas familiares em freguesias urbanas com uma simplicidade pueril de levar qualquer condómino às lágrimas. É uma ideia genial e uma prioridade para qualquer favela que se preze. Eu disponibilizo já a varanda da minha casa para tubérculos e hortícolas como a pastinaca sativa, ou os grelos, desde que me garantam um subsidiozito da RUDE.
Depois vem os cromos que não fizeram peva durante o mandato, embalados pela própria vaidade e a cairem no erro de se levarem a sério. São os que gostam de partilhar as dissimulações com o sô Administrador mais as obras do regime; espécie de novo-riquismo boçal da cultura da pedra na Goldra e o conceptualismo da mais fina azulejaria nos painéis do largo do rato. Enfim, a finura de argumentos alojou-se como uma lapa no ADN destes amanuenses da favela.
Os basbaques, em geral, apreciam quem os engana.
6 comentários:
carpinteira:
Os programas para s juntas e para as camaras são feitos para ss pessoas lerem e não para ficarem sujeitos a interpretações dos blogs.Se este blog nõa está de acordo com eles, que apresente um programa para que as pessoas o possam avaliar, em vez de falar de catedra. Isso sim, seria justo e coerente com o que defendem.
Deixo esta critica porque nem sempre o que aqui se escreve faz sentido.
caro anonimo,
a blogosfera tem disto: expomo-nos a elogios, mas também a críticas, umas vezes com sentido outras vezes desagradáveis. O caro anonimo é livre de estar em desacordo com o que aqui se diz;tampouco quando escrevo estou a pedir algum tipo de assentimento a meu favor, convivo optimamente com quem não concorda comigo. Quanto à sugestão que faz para apresentação de um programa no carpinteira, já dissertei qb sobre o assunto,poupe-me ao fastio de repetir o argumentário.
saudações.
És cá um pedante à maneira.
Seria melhor, se quiserem que os levem a sério, começarem a escrever bem o nome dos lugares.`
A ribeira é da DEGOLDRA e não Goldra como tantas vezes e aqui se escreve.
finalmente alguém a colocar ordem na ribeira. DEGOLDRA. Acho que ninguém gosta que lhe tirem parte do nome. A Carpinteira também não gostaria que lhe chamasse apenas de Pinteira ou que o Pelourinho passasse a chamar-se apenas Lourinho. Por isso eu proponho que alguém ponha uma petição a circular para se repor o verdadeiro nome da Ribeira da DEGOLDRA.
Eui assino logo
Pintelheira... Essa é boa, pá!
Já agora, como é que o teu patrão chama ao jardim do Polis acima da cadeia?
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