É um bom dia para pensar se realmente queremos torná-la semelhante a outro sítio qualquer, com ruas e estradas como as de outro sítio qualquer, com sinais como os de outro sítio qualquer, com desordenamento como o que é normal noutro sítio qualquer...
É um bom dia para pensar se queremos continuar a desenvolver na serra um ambiente semelhante ao das nossas cidades, com ruído, poluição, lixo, centros comerciais, congestionamentos de tráfego, iluminação nocturna de néon ofuscante, e tudo isso.
É um bom dia para pensar, enfim, se queremos continuar a transformar a serra num sítio que valha tanto a pena visitar como outro sítio qualquer. "
2 comentários:
Já oiço estas criticas desde que a serra da estrela existe. Concordo com o que está escrito, mas daqui por 10 ou 20 anos, sei que vou ler exactamente a mesmissima coisa.
Existe uma sensação de impotencia perante os cancros que enfermam a serra e não vejo que terapia possa mudar o status quo.
dá a sensação que só uma pequena minorai tem noção dos problemas reais da serra.o cidadao comum olha para aqqilo cpmo sempre olhou, com admiração pela paisagem e para o boneco de neve. pouco mais lhe interessa. Quase de certeza que ignora as concessoes exclusivas e as urbanizaçoes abusivas da cidade de montanha. Quem pensa e ama a montanha fá-lo deum modo poetico se calhar ate romantico como alguem já lhe chamou, mas a serra continua entregue a quem quer fazer dela o que lhe apetece, sem que tenha de ser escrutinado pelos atropelos que comete impunemente na natureza.Vai ser sempre assim para meu desgosto.
Ou seja, anóninmo:
porque sempre assim foi, é assim que tudo deve continuar a ser. Ontem, hoje, e por mais dez ou vinte anos.
Porque assim tem sido aqui na Estrela, é "romântico" pensar que pode ser de outra maneira, pensar que pode ser como nas outras montanhas da Europa. Porque o "cidadão comum" não quer saber (mesmo que o "cidadão comum" sejamos nós - Não quer saber, anónimo?).
É assim na Estrela (como não é em mais nenhuma montanha da Europa) porque é assim que tem sido, porque é assim que estamos habituados.
É isso, anónimo?
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