Eu que apenas analiso a arte de representar na óptica do utilizador, dispenso bem este género de teatro performativo, experimental ou outra merda qualquer que lhe queiram chamar para a qual já não tenho pachorra. Esta espécie de luminárias culturais do teatro universitário fazem questão em recusar estruturas conceptuais como as dramaturgias convencionais do teatro vicentino, Moliére, Tchekov ou Brecht, para as substituirem por aldrabices, que modificam os componentes no palco e criam novas conexões diluídas em processos de combinações interactivas.
No fundo, o que eles pretendem é exterminar a noção popular do teatro, uma arte que nunca constituiu um fenómeno de massas, e que agora querem reduzir a exercícios masturbatórios.
Estes ciclos de teatro universitário são uma verdadeira seca, que vegetam por estas tretas designadas de novas linguagens com a desconstrução do texto e a fragmentação da geometria dos espaços, que manda às malvas a ordem cronológica dos acontecimentos. E tudo isto para quê? Para o espectador vislumbrar no evento, todo o tipo de tangas: desde relações de dominação/servidão, ruptura com as convenções, denúncia da economia capitalista e da globalização... e por aí fora, até ser convocado a associações que desencadeiem outros significados absurdos. Mas então, e a arte de representar ficou onde?
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