quarta-feira, 24 de março de 2010

Fealdades

O bom-gosto pode até ser uma categoria normalizadora burguesa, sempre discutível, é certo, mas há uma coisa que se foi perdendo na cidade, o gosto pelos espaços verdes e/ou espaços abertos. Basta olhar para os galinheiros da ANIL para trazer à evidencia esse exemplo normativo de como se continua a banalizar a construção urbana, reproduzindo uma espécie de bairro com prédios despersonalizados, sem espaços, e uma estética efémera. Meros exercicios de fealdade compulsiva, que parece não terem fim.
O próprio centro histórico, onde a paisagem urbana apresenta características marcadamente de montanha, continua a ser enxertado com monos e outros pastiches em forma de caixote. Há uma inclinação natural para o mau gosto nesta administração, que tende a nivelar tudo pela bitola aculturada da modernidade balofa. Desde o 25 de Abril que nenhum amanuense teve visão suficiente para proteger o condominio da boçalidade dos patos-bravos, por isso ele está e vai sendo desfigurado. E o pior é que existem por aqui uns cromos, que querem dar continuidade ao aviltamento de memórias de séculos, e extinguir heranças ainda vivas da cultura e génese dos covilhaneinses

3 comentários:

Mono Versus Caixote disse...

O mono é mesmo mono, quanto ao caixote, esse está bem "esgalhado".
O urbanismo e não é só na Covilhã tem muito € que se lhe diga. Agora é mais falta de € que outra coisa.
Há arquitectos que afirmam que não há bons arquitectos, há é bons clientes, ao que acrescento boas câmaras e estas ultimas contam-se pelos dedos de uma mão.

Anónimo disse...

Este tipo de construção não existe só na Covilhã. Todas as cidades são assim feitas.Não compreendo a implicãncia

Anónimo disse...

Nem sempre concordo com o que escrevem neste blog, principalmente com o tecelão, mas o carpinteira é uma pedrada no charco nesta pasmaceira da covilhã.Continuem