Uma luminária para Vice

- Continuo a gostar muito do meu Barretes. Vejam lá que já não se limita a meras formalidades destinadas a celebrar a minha AUTORIDADE. Não senhor, agora tornou-se numa verdadeira luminária que faz da ética a sua casa, e da coragem o seu caminho. Nunca vi tanta subtileza ambulante como no meu Luís; por isso vou delegar-lhe a função de presidir às reuniões do executivo na minha ausência. Assim é que é, porque EU tenho mais que fazer. Aqui pra nós que ninguem nos ouve, ainda pensei no Farromba que anda por aí desocupado, mas o meu barretes é mais seguro, sempre apreciei este genero freudiano, meio trágico/meio cómico, que foge da inteligência como a gordura do Fairy.

- Não é barretes?
- É sim sô Administrador! Eu gosto muito do sô Administrador.

Pois é, quando um cromo tem a utilidade do meu Barretes, presta-se imediatamente a passar por idiota, o que diga-se de passagem, é uma injustiça.
EU sinto-me grato pela existência deste verdadeiro colosso rústico! Quem me dera que o vereador Esgálhamos também assim fosse. Mas o gajo quando lhe dou algumas abébias, quase me deita o fogo ao pelourinho. Um irresponsável é o que é.
O meu Barretes é mais seguro; naquele jeito imbatível que ele tem para chover no molhado e esconder o vazio com a paródia, arranja sempre maneira de desancar nesses ineptos vereadores do PS, que não sentem de perto o povo ranhoso, e passam o tempo a coçar os túbaros de tédio.
- É ou não é Barretes?
- Atão não é sô Administrador!