quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alzira Serrasqueiro responde no facebook.



A propósito do encerramento da maternidade Alzira Serrasqueiro, responde no facebook .

Arcaicos nao serao aqueles que se negam a ver a realidade, o avanço da qualidade em saude, a defesa dos direitos à saude dos cidadaos? Sera que quer regressar aos partos em casa e à subida da taxa de mortalidade infantil? Já agora que raio de peculariedade tenho que nao seja entendida pelo comum dos mortais? Explique-se por favor; a sua aspereza com os titulares do Governo Civil nao será de primarismo ideologico ou bairrismo exarcebado?
Gostaria de o conhecer pessoalmente. Terei muito gosto em discutir este e outros assuntos consigo, se a sua supra-inteligencia permitir que fale com comuns mortais. Cumprimentos
M. Alzira Serrasqueiro

22 comentários:

carpinteira disse...

Vou tentar ser claro/sucinto e deixar de reserva a minha “supra-inteligencia” para o que der e vier
Quando me refiro à figura arcaica da administração, estou, obviamente, a pensar no cargo que considero inútil, e não na pessoa que o ocupa. Alias, se leu com atenção o que tem sido aqui escrito, pode constatar, que a critica feita ao Governo Civil foi manifestada não com aspereza, como refere, mas com objectividade qb. Já tive oportunidade de o escrever por outra ocasião, que o cargo de governador(a) civil, tem-se resumido ao longo do tempo, no uso politico do discurso de circunstância, entranhado em exercícios mais ou menos domésticos de improvável utilidade. Não será, por certo, primarismo ideológico deste blogue, se lhe disser que grande parte dos apoios que o Governo Civil atribui, ficam por Castelo Branco, e o que resta das migalhas, a senhora governadora converte-as em oferendas duma espantosa singularidade. Se bem me recordo, atribuiu um apoio financeiro, individual, no valor de 500 euros para algumas colectividades da Covilhã precisamente a dois meses das eleições em 2009.
Já quanto à acusação que me faz, sem se rir, de “bairrismo exacerbado”. vindo de alguém que defende e quer perpetuar o centralismo ancestral da capital de distrito, não posso deixar de esboçar um sorriso com alguma dificuldade.Era outra estória.

Bom, mas o que interessa agora, são as declarações duma responsável politica, porque as tomo com tal. Se bem interpretei as suas afirmações, ou melhor, as suas interrogações retóricas, a senhora Governadora defende o encerramento de uma das maternidades do distrito, (Castelo Branco) mas não disse qual. Certo?
Estranhamente exclui a maternidade da Guarda, que por acaso ate há bem pouco tempo, fazia parte de uma das três que, eventualmente, poderia encerrar. Depois, parte da premissa que o encerramento de uma maternidade proporciona:

“o avanço da qualidade em saude, a defesa dos direitos à saude dos cidadãos(…) e que não se deve regressar aos partos em casa e à subida da taxa de mortalidade infantil”

Não sou especialista em saúde, muito menos em natalidade, desconheço se os argumentos da senhora Governadora são sustentadas por algum estudo cientifico.
Contudo, e tendo em conta o maior numero de partos e especialistas, bem como os melhores equipamentos tecnológicos e aexistência de uma faculdade de medicina; devo concluir, que a senhora governadora está de acordo que a maternidade do distrito que deve manter-se em funcionamento é a do hospital pêro da Covilhã. Ou não?

Cumprimentos.

Anónimo disse...

As periferias dos dois distritos distam demasiado da cidade da Covilhã e não estão ligadas a esta por auto-estrada que se saiba.

Ao contrário do que diz o carpinteira, que naturalmente defende a sua dama, considero um erro grosseiro concentrar na Covilhã todas as maternidades da região. No entanto, seja qual for a solução, ela deve ser política e assumida pelo governo. Andam há anos nisto e não teveram coragem para o fazer. Essa é que é a verdade.

J.M disse...

Eu não vejo onde o carpinteira diz que se devem concentrar todas as maternidades da região na Covilhã. Aliás, são essa ilações erradas que tiram de um texto claro e sucinto que depois levam os não-covilhanenses a acusar-nos de "bairrismo exacerbado".

Eu defendo que não se feche nenhuma das maternidades da região pois qualquer uma delas serve populações que distam vários quilómetros das mesmas e os acessos nem sempre são os melhores. No entanto, visto que a senhora Governadora Civil é da opinião que deveria fechar uma das maternidades, que nos diga qual delas defende que deve encerrar e os motivos que a levam a essa escolha. Claro que se tiver razões válidas (e não apenas a existência de uma sede de distrito) para pensar que o mais razoável é manter-se a maternidade de Castelo Branco em detrimento da maternidade da Covilhã eu próprio aceitarei a sua opinião. Tal como se, porventura, defender que a maternidade da Covilhã é a que se deve manter por realizar mais partos e ter (de longe) melhores condições comparativamente à de Castelo Branco, pois eu serei o primeiro a mudar a minha opinião sobre a senhora e reconhecerei aqui mesmo que, ao contrário do que neste momento penso, não é uma "bairrista exacerbada".

Anónimo disse...

Estas questões das maternidades, não devem ser apenas vistas na óptica das distâncias, se esta é mais perto ou mais longe, até porque hoje as distâncias medem-se em tempo e não em, quilómetros. Devem sim, ser vistas pelos números da mortalidade e morbilidade, que no Centro Hospitalar Cova da Beira são de topo, pela positiva.
Não querendo falar das outras, leia-se Guarda e Castelo Branco, diria que na maternidade do Hospital Pêro da Covilhã, se pratica uma obstetrícia moderna e europeia.
Com um corpo de médicos obstetras em número elevado, e de enfermeiros especialistas jovens e competentes, as grávidas e parturientes recebem aqui uma assistência de primeira qualidade (vejam-se os referidos indicadores), com assistência de obstetra, quase sempre pediatra e enfermeiros especialistas, que fazem um excelente seguimento da gravidez e do trabalho de parto, que essencialmente é isso que nos distingue e que leva a que cada vez, sejam mais as grávidas da área de influência do Hospital Amato Lusitano a recorrerem ao Serviço do Hospital Pêro da Covilhã.
Poderíamos também referir a o Serviço de Neonatologia, o Bloco Operatório e tantas outras coisas...

Anónimo disse...

Não tarda a Covilhã e seus habitantes vão requerer para si também ser capital de distrito, já é só o que falta...

Ser Covilhã disse...

É de notar que se a governadora civil for correcta, disser a verdade e referir tudo aquilo que sabe, o único Centro Hospitalar do distrito capacitado, com especialista suficientes, que investiu nesta área e com potencialidades para tratar da melhor maneira possível a mãe e o filho é o CENTRO HOSPITALAR DA COVA DA BEIRA - PÊRO DA COVILHÃ.

carpinteira disse...

Anónimo das 3: 42
Já dei várias vezes para esse peditório. Aquilo que estamos aqui a debater são as declarações politicas da senhora Governadora, acerca do eventual fecho de uma maternidade no distrito. Mas para que não vás daqui desiludido, tenho a dizer-te que considero não haver necessidade da Covilhã adquirir o ESTATUTO de capital de distrito. Fundamental, no entanto, será Castelo Branco perdê-lo.
Passo a explicar-te:

É certo que não tem surgido até agora, fortes alternativas ao modelo tradicional que sustem a divisão administrativa da tuga pátria, em torno d’um modelo de Estado unitário, decretado no século passado, sem qualquer racionalidade geográfica. Mas estou convencido que existem outras soluções político-administrativas, que possam ser mais vantajosas para a região e para o país. Aliás, é devido à ausência de uma regionalização decente, que se tem mantido o status quo e a capitalidade de Castelo Branco. Não estranha por isso que tenhamos um distrito burocratizado e artificial, que apenas serve os interesses d’ uma minoria de amanuenses. O centralismo da capital de distrito, tem vindo desde então a praticar esta espécie de colonialismo interno em desfavor do resto da região, criando evidentes assimetrias no seu espaço jurisdicional. Há inúmeros exemplos que podia apresentar-te, mas vou poupar-te ao fastio de os enumerar, até porque como te disse, o que estamos hoje aqui a tratar, é de outro assunto e não quero desviar-me do essencial.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Só uma pergunta...para que serve um governador civil para além de receber o ordenado que não deve ser pequeno?

manufactura disse...

...encerrem é todos os governos civis, onde abundam nomeações políticas sem critério e os gastos com estes são astronomicamente proporcionais à sua inutilidade... apenas um estéril braço armado e obediente à vontade do poder central...sim, seria uma válida e defensável medida economicista...
... e todos sabemos este governo em nada se interessa com a qualidade dos serviços, a ordem é para encerrar... porque se assim fosse, e, se a governadora civil tivesse, na minha opinião, algum bom senso,deixava-se de gaifonas e em vez de dizer palermices e disparates, defenderia a manutenção das três maternidades e o equipar de ambas três, de forma a melhor servir as reais(que o são) necessidades da região, mesmo das populações que mais distam dos centros urbanos... se a vontade for servir melhor as parturientes!!! e nós sabemos bem que não é assim...

nascer na Covilhã disse...

Deviam manter-se as tres maternidades, mas as declarçoes da senhora governadora, trazem agua no bico es ão um mau prenuncio para a Covilha.
Ainda bem que a blogosfera e redes socias se tem mobilizado à volta deste tema, porque o silencio institucional na cidade é preocupante.

Debuxo Urdaz disse...

Bem haja, Sr.a Governadora!
Pela sua preocupação em manter as populações que "governa"(??)bem servidas de equipamentos e serviços médicos de qualidade e proximidade! (que deveria também defender, apesar da sua obrigação e fidelidade para o que a nomeia e mantém no cargo)
Pela atenção que demonstra em ler a humilde opinião expressa num singelo blog como este (enquanto outros estão mais preocupados em alimentar o galinheiro...)
E, sobretudo, pela resposta!
Na verdade, não se atentando ao seu conteúdo, a resposta vale pela preocupação em dar a cara... em assumir o que se diz... mesmo que inoportuno e altamente questionável, mas que permite, como facilmente se vê, uma discussão aberta, inteligente e, acima de tudo, interessante e reveladora.
É um exemplo que louvo e aplaudo!
Talvez outros titulares de cargos públicos percebam que só lhes fica bem, de vez enquando, virem a terreiro e participarem abertamente, em vez de se refugiarem no anonimato, mandando bicadas e ordenando a alguns cães de fila virem ladrar à caravana que passa!
Aprendam e experimentem...vão ver que não dói nada!
Bem haja!

Anónimo disse...

Este debucho é uma boa trampa. é consistente a opinião que este cromo tem sobre o assunto, ou seja, apenas se preocupa em falar mal de quem não está a ser chmado para aqui.

Debuxo Urdaz disse...

Todos somos chamados quando nos tentam roubar algo que é nosso e que tão duramente conquistámos e mantemos.
para esclarecer e caso não tenha entendido, entendo que os serviços de saúde (maternidades ou outros) têm de manter a proximidade das populações que evitem as degradantes noticias de nascimentos e/ou mortes em ambulâncias mais ou menos apetrechadas mas que nunca substituirão as necessidades que tem de ser supridas por equipamentos e pessoal especializado.
Agora, é manisfesto que a posição expressa pelo Sr.a Governadora, carece de qualquer outra razão ou fundamentação que a de justificar a sua posição/salário e fazer o favor a alguém de desviar as atenções de alguns encerramentos que andam a fazer lá por terras do norte...
Será ela a nossa Brites de Almeida reencarnada ou encomendada??
Pena é que aqueles que não querem ser chamados, prefiram não intervir e manter um silêncio podre e nauseabundo!
Pelo menos, sentem-se!
Melhor casa arrombada, trancas à porta... estamos bem entregues!

covilhaneince disse...

E qual é o mal de chamar para aqui todos os que se governam á conta da coisa publica?
Será melhor que a coisa acabe como a ponte do corge? Com o silencio absoluto do presidente da camara e outros vassalos que o acompanham e se governam.
Ou isto de dizer que a cambra não é um supermercado de serviços chega para descansar a alma da incompetente liderança da covilhã?
Uma coisa é certa quando a coisa for de manifestações e mobilização lá estão os cromos de colecção na frente afirmando-se defensores da covilhã e dos covilhanenses.
Seria uma chatice ...se a coisa se resolvesse com ou sem maternidade sem dar trabalho seria uma grande ajuda aos viajantes e mamões desta cidade.

Anónimo disse...

Vejo aqui comentadores incluindo os autores do blog com muito paleio a contestar as declarações da governadora, justas ou não. O que ainda não vi foi apresentar números concretos que justifiquem o funcionamneto de três maternidades na região.
Estas coisas noã se contestam só com palavreado é preciso algum rigor técnico.

antixuxa disse...

Aos vciados na má lingua, apenas relembro que o que aqui se discute é a opinião da D. Alzira, que acha qu se deve mexer nas maternidades. Só isso e mai nada! Foquem a vossa atenção neste assunto...

Anónimo disse...

Depois de ouvir a Sra governadora e ela ter dito ( eu ñ estou a ser bairrista pois até sou da zona do pinhal)fiquei a pensar, será que no caso de eventualmente aSra Dignissima Governadora fosse eleita e ou quiçá, a preocupação de qualquer mãe prestes a dar ao mundo um novo ser ,mudaria de ideias ou continuaria o mesmo pensamento /pra cá (pralá) da gardunha ñ mais um governador civil......

Anónimo disse...

O(a) Anónimo(a) das 15:27 já não está em idade fertil... com certeza que se estivesse, quereria uma maternidade à porta!

Anónimo disse...

Nenhuma das maternidades cumpre o minimo de partos exigiveis pela OMS. os comentadores deste blogue
desconhecem a segurança nos actos medicos e vem falar do que não sabem.

Anónimo disse...

Tem razão o anónimo das 17:46
Fechem-se já estas porras!
Todas…
E se quiserem parir… tenham juízo e não incomodem!
Ou na sarjeta ou…
Vão pra terra daquela que o pariu!

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Nenhuma das maternidades cumpre o minimo de partos exigiveis pela OMS. os comentadores deste blogue
desconhecem a segurança nos actos medicos e vem falar do que não sabem.

13 de Abril de 2010 17:46

Este anónimo é que não sabe do que fala, pois não foi a OMS que decretou isto, mas sim a Comissão de Saúde Materna.
A Governadora vem com esta coversa que é uma fuga para frente, pois devido á gravissima falta de médicos obstetras em CB, a maternidade local fechará por ela própria. Dêm-lhe agum tempo se a querem ver fechada.

Anónimo disse...

repito: não vejo em nenhum comentario qualquer razão tecnica que leve à continuidade das 2 maternidades.
Sejam claros e deixem-se de palavreado.