sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chamem a Brites de Almeida pra varrer esta canalha

Não coloco em causa a justeza da luta contra o encerramento do SAP de Valença, mas a utilização abusiva da bandeira espanhola em solo pátrio é uma manifestação de ignorância histórica e de atrasadice mental destes cromos.

Se querem homenagear quem lhes presta os beneméritos serviços de saúde, ao menos façam-no com a bandeira galega. Estes gajos de Valença, precisavam era de levar com a pá da padeirinha de Aljubarrota na corna. Parece que já estou a ver os idiotas apoiar a selecção espanhola no Mundial. Se é isso que querem, mudem o nome para Valencia Del Miño ou o catano.

6 comentários:

Anónimo disse...

ó tecelao, em primeiro devias explicar aos basbaques quem foi a Brites de Almeida?

rural disse...

Brites de Almeida teria nascido em Faro, em 1350, [1], de pais pobres e de condição humilde, donos de uma pequena taberna. A lenda conta que desde pequena, Brites se revelou uma mulher corpulenta, ossuda e feia, de nariz adunco, boca muito rasgada e cabelos crespos. Estaria então talhada para ser uma mulher destemida, valente e, de certo modo, desordeira.

Teria 6 dedos nas mãos [1], o que teria alegrado os pais, pois julgaram ter em casa uma futura mulher muito trabalhadora. Contudo, isso não teria sucedido, sendo que Brites teria amargurado a vida dos seus progenitores, que faleceriam precocemente. Aos 26 anos ela estaria já órfã, facto que se diz não a ter afligido muito.


Brasão da freguesia de Prazeres de Aljubarrota, com a pá de Brites no escudoVendeu os parcos haveres que possuía, resolvendo levar uma vida errante, negociando de feira em feira. Muitas são as aventuras que supostamente viveu, da morte de um pretendente no fio da sua própria espada, até à fuga para Espanha a bordo de um batel assaltado por piratas argelinos que a venderam como escrava a um senhor poderoso da Mauritânia.

Acabaria, entre uma lendária vida pouco virtuosa e confusa, por se fixar em Aljubarrota, onde se tornaria dona de uma padaria e tomaria um rumo mais honesto de vida, casando com um lavrador da zona. Encontrar-se-ia nesta vila quando se deu a batalha entre portugueses e castelhanos. Derrotados os castelhanos, sete deles fugiram do campo da batalha para se albergarem nas redondezas. Encontraram abrigo na casa de Brites, que estava vazia porque Brites teria saido para ajudar nas escaramuças que ocorriam.

Quando Brites voltou, tendo encontrado a porta fechada, logo desconfiou da presença de inimigos e entrou alvoroçada à procura de castelhanos. Teria encontrado os sete homens dentro do seu forno, escondidos. Intimando-os a sair e a renderem-se, e vendo que eles não respondiam pois fingiam dormir ou não entender, bateu-lhes com a sua pá, matando-os. Diz-se também que, depois do sucedido, Brites teria reunido um grupo de mulheres e constituido uma espécie de milícia que perseguia os inimigos, matando-os sem dó nem piedade.

Os historiadores possuem em linha de conta que Brites de Almeida se trata de uma lenda mas, assim mesmo, é inegável que a história desta padeira se tornou célebre e Brites foi transformada numa personagem lendária portuguesa, uma heroína celebrada pelo povo nas suas canções e histórias tradicionais.

tecelao disse...

Creio que o link que remete para Wikipedia, dá uma ideia clara da padeira de aljubarrota - Brites de almeida,
De qualquer modo, obrigado pela achega

manufactura disse...

...coitados dos castelhanos:) vinham cheios de frio e de fome:) não se esqueçam que os soldados percorriam os caminhos a pé,dias e dias sem comer, e não havia macdonals à beira da estrada...

1X2 disse...

Tecelão, Tecelão pelo andar carroça (fechos de maternidades no horizonte e não só) de certeza que ainda te vamos ver a tecer uma bandeira espanhola ou a comprar uma nos chineses. Se o Estado se está cagando para quem vive no interior, porque é que quem vive no interior, não se pode estar cagando para o "Mau Estado".

tecelao disse...

1x2,
Referes duas coisas distintas: a primeira, que tem a ver com politicas condenáveis, sem dúvida, dos sucessivos governos, que tem vindo a penalizar as populaçoes com encerramentos compulsivos de serviços essenciais.(ver post, parar para pensar)
A segumda, condenável de igual modo: o recurso à bandeira espanhola como forma de protesto.

sempre a considerar-te.