domingo, 23 de maio de 2010

Linguajar do condominio

Hoje estamos aqui em prol da preservação da qualidade e genuinidade da pronuncia covilhaneinse, de forma a resguardá-la de algum linguajar betolas, por via da aculturação de universitários e quejandos.
Não se trata de nenhum dialecto como alguns ignorantes, erradamente a designam (existem apenas dois na tuga pátria: o mirandês e o baranquenho) mas sobre isso falaremos depois.
Na pronuncia covilhaneinse constatamos a exibição d’um fenomeno de alongamento dos ditongos que devemos manter. Como o exemplo desta frase, que não sendo uma transcrição fonética, para lá caminha:

“ ò mãin dá-me lá o leinço que tá a fazeir munto veinto”

Estamos, obviamente, na presença de uma, entre outras, expressões vocabulares com características da Covilhã. Por acaso muito bonita.
Mas no plano da oralidade covilhaneinse, a pronuncia padrão pode ser detectada, por exemplo, no só presideinte da camara, tanto na forma como no tom dos mais variados temas. O edil manteve ao longo do teimpo, vestígios d’um linguajar covilhaneinse com evidentes traços arcaizantes. Tiramos-lhe o chapéu.

Sem comentários: