segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um funeral sem chuva

Cavaco mostrou-se tal como é: deselegante, inculto, bronco. Mas foi coerente. Nunca gostou de funerais e muito menos de Saramago. Trocou as exéquias por um cozido nas Furnas. Louça, no entanto, insistiu no apelo patético à hipocrisia do presidente Silva
O Nobel, por certo, dispensaria a presença de tão irrelevante figura, como ficaria indiferente a alguns imbecis. De resto, a ausência dos Silvas só prestigiou e dignificou a homenagem.

Como é que nos havemos de ver livre deles?! E já agora deiste.

9 comentários:

manufactura disse...

...não teria sido por vontade manifestada, em vida, por saramago a não presença do cavaco???...

tecelao disse...

Às tantas !!!

Anónimo disse...

Fosse como fosse morreu uma figura impar da democracia portuguesa reconhecida além fronteiras. Pergunto-me a que funerais se terá deslocado a vice primeira ministro do governo de Espanha. Mas esteve presente com Saramago. Aceitemos que os portugueses elegeram para presidente um azeiteiro na verdadeira acepção da palavra e agora temos de o atura. Mas o Gama, não o Vasco mas o (mi)Jaime também não ficou bem na fotografia.

Anónimo disse...

Morreu um gajo que escreveu umas coisas, mas era um social-fascista.
E quando saneou colegas jornalistas às ordens do outro estalinista cunhaleco.
Vertamos lágrimas de crocodilo, por um fascista de esquerda.

Anónimo disse...

Disse o anónimo sobre um prémio Nobel da literatura que “Morreu um gajo que escreveu umas coisas” Ahahahahha. … é de morrer a rir, ver alguém ficar cego pela própria bílis. Vem cada cromo a este blog.

Anónimo disse...

Digo,

A coerência, seja de quem fôr e em que cirtunstâncias fôr é sempre merecedora do maior respeito. Seja de Saramago; de Cavaco; de Louçã; ou de qualquer outro cidadão.

Certamente que Saramago ficaria, muito irritado se se tivesse apercebido da presença de eventuais figurões que não deixaram de aproveitar a oportunidade para se apavonearem. Seria a sua natural coerência.

Sinceramente, o Cidadão Cavaco Silva, foi coerente. Assim como o foi o sr. Presidente Cavaco Silva.

tecelao disse...

Eu acho que assistimos a um espectáculo degradante, que só pode ser explicado pela pequenez um tanto provinciana de uma certa casta da capital. Cavaco, apenas mostrou o desprezo que tinha por Saramago. Nada de novo. Vale o que vale. Ao menos assim, não pôs a render os restos mortais de um escritor, como fizeram as televisões e jornais, que idolatraram o homem até à medula, como momentâneo herói nacional. Para seu proprio gáudio, claro, que Portugal só jogava com a Coreia no dia seguinte.
Eheheheh

Anónimo disse...

é triste sempre que vê "palhaços" para quem até um funeral serve para aparecer na tv...enfim...o saramago tem o valor que cada um lhe quiser atribuir, não venham é dizer que estão no cemitério desde as 6-7 da manhã para apanhar um bom lugar...

O Tambor disse...

A polémica à volta da presença/ausência de Cavaco Silva no funeral de Saramago é sintomática do tipo de preocupações que mobilizam este povo. Gastam-se energias à volta de merdas e questões que em nada contribuem para o nosso real bem-estar e permanece-se indiferente aos problemas reais do país. Neste caso em concreto, pasmo com a indignação daqueles que queriam ver Cavaco no funeral!! Como se fosse muito habitual vermos o poder politico de mãos dadas com a criação artistica/literária! Não tenho dúvidas de que Saramago está-se marimbando para a presença ou ausência de Cavaco Silva no seu funeral. Mas há sempre quem queira ser mais papista que o papa!