terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Vivaci da Guarda é uma pérola da arquitectura?

Sei que a avaliação estetica do que quer que seja é sempre discutivel. Mas caramba! Como é possivel que um mamaracho destes, que mais parece um porta contentores, possa ser nomeado para o World Architecture Festival de Barcelona, o maior concurso de arquitectura do mundo? Comparado com este mono até o caixote da AM do condominio covilhaneinse é uma obra d'arte

7 comentários:

Spawm disse...

Comparar o Vivaci com caixote da AM só pode ser para rir.
Tem mais bom gosto arquitectónico o Vivaci num vão de vidro do que todo o edifício da AM.

O edifício do Vivaci da primeira vez que o vi deu-me duas impressões visto na rua Dr. Lopo de Carvalho parece uma re-intrepretação das "novas" muralhas da cidade (lado a lado com as antigas)

Visto da estação (apanhando a encosta dos antigos bombeiros) o edifício parece um monólito de pedra que rasga a vertente da encosta da cidade.

Já nem falo no interior e o jogo de altura e cruzamento espacial das escadarias, e da vista extremamente interessantes que se podem ter de qualquer uma da janelas que rasgam as fachadas.

Isto já sem falar facilidade com que se interligou a zona da velha da cidade com este edifício "moderno" e com uma volumetria fora de escala (relativamente aos edifícios existentes), sem que o novo edifício os esmagasse, antes pelo contrário realça a envolvente, e valoriza a parte velha da cidade.

tecelao disse...

A comparação que fiz com o edificio da AM tem subjacente um fundo de ironia. Obviamente. Adiante.

Como ingénuo observador da “coisa” não partilho do género de arquitectura monolitica do Vivaci. Parece-me demasiado egocêntrica, que se basta e se justifica a si própria, mostrando indiferença - ou mesmo desprezo - por questões práticas tão prosaicas como a envolvência que, estranhamente te anima:
“volumetria fora de escala (relativamente aos edifícios existentes”.

Para mim, não é suficiente que o tal “interior e o jogo de altura” de que falas, qual contentor altaneiro, seja embelezada por uma gloriosa vista sobre uma parte da cidade; de resto, pouco interessante. O edifício pode até subverter o conceito tradicional de um centro comercial e assim gerar um objecto inovador, versátil, e se calhar económico. Pois. Mas para mim não passa dum mamaracho

Ponho até muitas duvidas que grande parte dos guardenses se identifiquem com uma estrutura destas, num espaço, onde as tipologias construtivas deviam respeitar, no mínimo, a envolvente histórica. Ou seja, quanto a mim, a especificidade do local (centro histórico) fere à nascença a ousadia dum exercício que se pretendia e devia ser exemplar na sua relação com uma cidade como a Guarda.

Dizer que o mono Vivaci é uma "re-intrepretação das "novas" muralhas da cidade" só pode partir duma visão poética pouco consistente, que de todo não partilho. Enfim são gostos. e os gostos discutem-se.
Mas isto sou eu a dizer, que sou ignaro em materia construtiva.

Daniel Lopes disse...

Isso é mas é inveja.....
e faz mal à saúde!!!

tecelao disse...

Daniel,
Inveja de què? Ou de quem?
De que falas tu homem?
Dize me.

Anónimo disse...

A arquitectura dos centros comerciais está ao serviço exclusivo do consumo e é sempre de um novo-riquismo que me chateia. Mesmo assim, entre o novo-riquismo do Vivaci na Guarda e o do Sierra Shopping da Covilhã, escolho o primeiro sem hesitar.
Mas independentemente das estéticas do consumismo que não me interessam nada,
ao menos na Guarda têm o shopping no centro histórico da cidade, ou muito perto. Assim, pode ser que consigam manter alguma vida no centro. Na Covilhã, em contrapartida...

tecelao disse...

anonimo das 00:50,

É verdade que o vivaci está no centro da Guarda, mas sempre às moscas.

A.J. disse...

Isso de dizer que ta as moscas ja vem do habito dos guardenses de dizer mal a tudo o que existe na Guarda. Numa cidade com o tamanho da Guarda nao se podem esperar milhares de pessoas num dia de semana, por exemplo. E quem foi ao Vivaci durante este verao pôde ver que até era frequentado por muita gente. E se ha duvidas, pesquisem os dados relativos ao numero de visitas que o centro comercial recebeu no seu primeiro ano de actividade