sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Avaliações

A segunda tentativa do CDS-PP para suspender o processo de avaliação dos professores foi chumbada na Assembleia da República.

Há quem diga que esta foi uma vitória da democracia sobre o estado corporativo, e que nesta questão, os Portugueses na generalidade, estão ao lado do governo.

22 comentários:

Anónimo disse...

Definitivamente não querem ser avaliados. Não há outras razões objectivas.

Anónimo disse...

Não percebo quem foi determinado na exigencia,do respeito, da obrigação de trabalhar em detrimento do desemprego, seja agora tão benevolo e seja a favor do estado social e benevolo com todos.
Estejam atentos no CDS não tarda nada estão a mandar as fotos deles para a sede do PCP.

Anónimo disse...

Eu sou um dos portugueses que está do lado do governo no que diz respeito à avaliação dos professores. Basta ir ao site da Caixa Geral de Aposentações e ver a quantidade de professores que se reformam, todos com uma reforma que ronda os 2000€ mensais!! Isto tem que acabar, ando farto de alimentar chulos que nada fazem na idade activa e ainda reclamam

país da guedelha disse...

Pouco interessa o que para aqui escreveis com avaliação ou sem ela eu fico grata pois que o belenenses tenha empatado com o benfica isso sim é que me importa o resto são alucinações
beijos da alcoviteira

Anónimo disse...

Os profs são uns chulos! E os juízes? Pior! E os militares? Cambada de inúteis. E os enfermeiros? Vivem à mama! E os polícias? E os farmacêuticos? e os notários? Era pô-los a todos a trabalhar!

Eu é que sei! São todos, todos, todos uns inúteis ociosos que não querem trabalhar, a quem eu tenho que pagar o ordenado e depois ainda tenho que pagar a reforma! Eu é que sei! Só eu é que trabalho, só eu é que quero ser avaliado, só eu é que sei! Ah, se não fosse eu! Obrigado ao nosso iluminado governo que anda a pôr esta ralé toda na ordem! Então não anda?

Anónimo disse...

Ó Só eu é que trabalho, só eu é que sei.
Não era preciso tanta conversa, bastava dizer:
Sou professor e não quero ser avaliado

Anónimo disse...

Melhor ainda:ser professor é,em si mesmo, uma condição para não ser avaliado

Anónimo disse...

Anónimo das 11:54 não reduzi a minha conversa como sugeriu porque não foi isso que o anónimo diz que eu quis dizer.
Até porque nem sequer sou professor.

É muito fácil dizer que os outros não fazem o que devem, que só eu é que mereço o ordenado, e que tudo o resto é uma corja de sanguessugas. Por qualquer razão, todos os que conheço que gritam esses argumentos
são funcionários de pouco préstimo. Não merecem o que ganham e, de facto, só atrapalham. Não quero dizer que não haja, entre os anónimos que não conheço e que vão por esse caminho, trabalhores dedicados e merecedores. Quero dizer é que há também muita escumalha.

E podemos avaliar. Mas então que se avalie, mesmo, em vez de se entrar com este disparate sem nexo e que não avalia coisa nenhuma, que só complica a vida dos professores e dos alunos, que os burocratas incompetentes do ministério da educação e os especialistas em eduquês defendem.

Anónimo disse...

Tá bem filho?
E a tua opinião sobre o sobrinho do tio, que não é primo do filho do tio, e não conhece o filho do tio de quem é sobrinho?
Será o mesmo que recebeu o inglês a pedido do tio, mas que não se lembra se o dito falado pelo tio, corresponde aquele que o filho do tio, que não é primo, adianta como tendo resolvido o problema do licenciamento pedido pelo tio ao sobrinho?

Anónimo disse...

O Só eu é que trabalho, só eu é que sei disse,Primeiro percorre em jeito de exercício retórico as profissões corporativas, assim não se fica sozinho e sempre se dá a ideia de que os professores são uns incompreendidos. É recorrente este cliché para justificar nada. O problema, caro Só eu é que trabalho..., é que lhes está a cair em cima uma funda indignação popular, e cada vez é mais evidente a consciência de que neste conflito a defesa do bem comum não está a ser assumida exclusivamente pelo Governo, mas pela população em geral.

Ou seja: perderam toda a razão quando decidiram que não aceitam nem a avaliação já corrigida, nem outra que venha a ser melhorada, ano após ano. Porque não querem nenhuma. E porquê ? Eu digo-lhe: Porque sabem que até agora fizeram sempre os mínimos e receberam sempre pela medida maior, muitos deles, sem serem minimamente incomodados pela sua total irresponsabilidade como verdadeiros educadores. É verdade que há muitos professores que são muito dignos na sua profissão e que tudo fazem para darem o seu melhor, como em todas as profissões, mas não é isto que está em causa, até porque esses não têm medo de serem avaliados, pois já o são pelos resultados que apresentam e pela maioria dois pais dos seus alunos. …

Depois disse o amigo Só eu é que trabalho...:

“… podemos avaliar. Mas então que se avalie, mesmo, em vez de se entrar com este disparate sem nexo e que não avalia coisa nenhuma,

Mas qual disparate? Ó homem você ainda não percebeu que a questão aqui é apenas saber se os professores querem ou não ser avaliados, e se não querem esta avaliação, qual é a que querem?

Anónimo disse...

"É verdade que há muitos professores que são muito dignos na sua profissão e que tudo fazem para darem o seu melhor, como em todas as profissões, mas não é isto que está em causa, até porque esses não têm medo de serem avaliados, pois já o são pelos resultados que apresentam e pela maioria dois pais dos seus alunos"

Mas esses professores "muito dignos e que tudo fazem para darem o seu melhor", muitos deles, estão na primeira linha da oposição ao governo. A questão é que indo aos detalhes da avaliação, seja na versão original, seja na simplex, se vê que aquilo é um aborto. Até a ministra já o reconheceu quando admitiu mudar tudo na próxima ocasião.

Quando falei nas outras profissões não foi para ir procurar solidariedades corporativas, foi para mostrar que a política deste governo tem sido atacar tudo e todos, bons profissionais e maus profissionais, e apelar ao basismo populista dos argumentos do "eles são todos uns chulos, eu cá é que sei porque só eu é que trabalho".

E depois, diga-me: que problema real da educação foi atacado por este governo? Nenhum. Os meninos portam-se mal, não trabalham, não estudam, faltam às aulas? Não faz mal passam na mesma. E, se por intervenção divina (que só assim!), até chumbam, e o fazem repetidamente, não faz mal que se inventaram umas "novas oportunidades" que salvam estes cábulas, e ao mesmo tempo mostram aos outros alunos, aos que se até esforçam, que são mas é uns pategos, que mais vale ir para a borga que depois tudo se arranja. É tudo à medida do exemplar percurso académico do sr. primeiro ministro. Que esse sim, esse trabalha e esforça-se! (Onde? Fora o partido e governo, de quê é que ele se pode orgulhar?)

Mas tem toda a razão: os professores são uns chulos, só eu é que sei só eu é que trabalho, e pago esta rebaldaria toda! Ah, se não fosse eu e o nosso iluminado governo! Ah, se me equipassem com um chicote como eu punha portugal nos eixos!

Anónimo disse...

O Só eu é que trabalho, só eu é que sei

Agora formatou o pensamento em cinco estrofes com o mesmo discurso minimal repetitivo, mas sobre a avaliação dos professores disse ZERO
Parece é que você já não é capaz de explicar seja o que for, a não ser, estar ao lado de uma classe profissional que tem comportamentos públicos vergonhosos e patológicos
Voce vem aqui defender e pactuar especialmente com aqueles que não querem ver beliscados mínimamnete os seus interesses. Ah pois! o fracasso no ensino nunca foi responsabilidade deles mas sim de todos os outros. Por favor não me atire areia para os olhos. Quanto a essas responsabilidades politicas, a que alude na história recente da educação em portugal elas devem ser partilhadas. Lá iremos se quiser Mas não é disso que estamos a falar.
Estamos a falar de uma profissão que te emprego garantido, nenhuma avaliação, progressão automática por tempo, excelentes remunerações e reformas. O que há é falta de vocação, falta de profissionalismo, falta de brio e de cidadania, isso sim. Em todo este já longo processo, ainda não conseguiram apresentar um qualquer modelo de avaliação alternativo, credível, a não ser uma vergonhosa proposta de auto-avaliação. Esta é que é objectivamente a questão.

E por favor não me venha outra vez com história do chulo, porque eu não sei de que é que está a falar.

Anónimo disse...

Anónimo,
O anónimo também não adiantou nada de concreto sobre a avaliação. Temos estado os dois a falar de generalidades. Podemos ir a detalhes. Mais à frente afloro alguns. Mas, insisto, sobre a avaliação, em concreto, o Anónimo avançou um ZERO tão grande como o meu.

Fazendo assim minhas as suas palavras, Parece é que você já não é capaz de explicar seja o que for, a não ser, estar ao lado de um governo que tem comportamentos públicos vergonhosos e patológicos

Se quer analisar o fracasso do ensino, olhe que não é coisa simples. Mas pode fazer-se. Mas o governo ainda não o fez! É claro que parte (e enfatizo: *parte*) da responsabilidade está em maus professores. Para corrigir essa componente das causas do fracsso do ensino, é necessário avaliar os professores. Mas que se faça uma avaliação a sério. O que se fez? Inventou-se uma separação entre professores titulares e não titulares e promoveram-se a professores titulares bons professores e maus professores; colocou-se nas mãos destes professores titulares (uns bons, os outros maus) a responsabilidade de avalioar os colegas; muitas vezes, os avaliadores concorrem às mesmas quotas de "muito bom" e "excelente" que os colegas que eles próprios avaliam (está bom de ver no que isto dá: "bem este colega é excelente mas se o classifico assim, esgoto as vagas de excelente e terei que me contentar com o muito bom? Na, ele que se contente com um suficiente, que quem parte e reparte e não fica com a melhor parte..."). Já lhe chega de detalhes concretos sobre a "avaliação" que o governo quer impor? Os professores querem ser avaliados sim senhor. Todos o dizem. Não querem é este disparate.

"Estamos a falar de uma profissão que te emprego garantido, nenhuma avaliação, progressão automática por tempo, excelentes remunerações e reformas. O que há é falta de vocação, falta de profissionalismo, falta de brio e de cidadania, isso sim."

O anónimo sabe do que está a falar?! Estamos a falar de uma profissão onde há cada vez mais desemprego, isso sim. E emprego precário. E casais separados por centenas de quilómetros. E fins de semana a fio gastos em acções de formação (pagas pelos formandos, e a preços nada simbólicos) necessárias para as progressões na carreira que o Anónimo considera automáticas por tempo. As remunerações são excelentes?! Bem, são melhores que as dos caixas dos supermercados, acha estranho? E as reformas são à medida das remunerações, de acordo com a lei geral, não são as reformas multiplas e milionárias dos administradores de empresaas públicas ou semi-públicas.

Mas, se realmente acha que que se trata de uma classe com tanta falta de profissionalismo, de brio e de cidadania, tenho duas perguntas a fazer-lhe: (1) não lhe parece perigoso que o governo ponha alguns destes que o anónimo considera crápulas e chulos (insisto neste adjectivo porque é o que melhor resume a sua qualificação dos professores) a avaliar todos os outros? (2) Quem é que ensinou o anónimo a ler e a escrever? Foi estudar para a Inglaterra, ou quê?

A gente quer é sangue, é lama é opróbio! E o governo tem disso fornecido doses cavalares. E a gente gosta, a gente delira! Ah, são todos uma cambada de chulos (insisto!) e se me dessem um chicote eu punha Portugal nos eixos!
Então não era, Anónimo?

Anónimo disse...

Grande debate. Assim vale apena ler este blog

Anónimo disse...

Só eu é que trabalho, só eu é que sei

Concedo que a avaliação deva ser simples e objectiva, mas que haja avaliação. Agora o que me parece - e repito - é que voçe nunca reconhecerá que os professores têm estado de má-fé, (repare que nem sequer fiz qualquer alusão aos sindicatos) apenas procurando proteger os seus interesses mesmo quando eles colidem com o bem comum. De facto, dificilmente concordaremos. já percebi que algumas peias ideológicas enviesam-lhe o discurso; daqui a pouco você está a defender o modelo educatico da Coreia do Norte, com a mesma leviandade com que me acusa, a mim, de defender o governo, para o qual me estou a cagar. (com as devidas desculpas). Mas, enfim, é destas pequenas coisas que se faz a democracia. E por muito que a gente aqui discorra sobre o assunto não chegaremos nunca a acordo.
Quanto à escola onde aprendi a ler e a escrever, chamava-se e chama-se Escola central na Covilhã.

Anónimo disse...

"Concedo que a avaliação deva ser simples e objectiva, mas que haja avaliação"

Não há avaliações completamente objectivas, mas estou disposto a concordar com o que pretende afirmar na primeira parte da sua frase. Não estamos é de acordo com o resto. O Anónimo parece querer afirmar que, apesar desta avaliação não ser simples nem objectiva, deve mesmo assim ser implementada. Eu acho que, com todos os defeitos que esta avaliação tem (incluindo, entre outros, o de não ser nem simples nem objectiva), ela nem sequer é uma avaliação, logo, não deve ser implementada.

Admito como muito provável que, se o anónimo (ou outra pessoa qualquer) se visse na eventualidade de ser "avaliado" com as regras absurdas que o governo pretende impor aos professores, ficaria tão revoltado como a maioria dos professores (muitos são maus mas muitos serão muito bons, também).


"daqui a pouco você está a defender o modelo educatico da Coreia do Norte, com a mesma leviandade com que me acusa, a mim, de defender o governo"

Oh anónimo, eu limitei-me a pegar numa sua frase e a trocar "classe profissional" por "governo". O seu papel neste debate tem sido o de defender a posição da ministra (esteja ou não a borrifar-se para o governo), assim como o meu tem sido a de defender a posição da maioria dos professores (esteja ou não eu a borrifar-me para os sindicatos). O facto de ser esta a minha posição "autorizou-o" a acusar-me de defender uma "classe sem brio". O facto de ser essa a sua posição "autoriza-me" a acusá-lo de defender o governo. Retórica fútil? Sim, mas esta foi o anónimo que a começou.

O anónimo tem afirmado que a avaliação (*esta* avaliação) é uma coisa boa e que se os professores não a querem é porque não querem ser avaliados, eu estou a dizer o contrário: que a avaliação (*esta* avaliação) não presta e que os professores têm toda a razão em não a querer aceitar. Se não chegamos a consenso, paciência! Há quatro possibilidades que devemos considerar: (1) o anónimo tem razão e eu não; (2) eu tenho razão e o anónimo não; (3) cada um de nós tem a sua razão, e as duas razões são incompatibilizáveis; (4) nem eu nem o anónimo temos razão. Com isto, onde quero chegar é ao seguinte: não é por não chegarmos a consenso que se prova a possibilidade (1), coisa que me parece que tentou fazer.

As peias ideológicas enviezam o meu discurso? Sim, com certeza. E o seu, será totalmente desprovido de ideologia?

Anónimo disse...

Sinceramente não entendo como podem dizer que há desemprego na profissão de professor... Parece que quando se acaba um curso vocacionado para o ensino, a pessoa que o acaba tem que obrigatoriamente ser colocada imediatamente, caso contrário é um "desempregado"... Não brinquem! Não se vitimizem! Apresentem soluções e parem de disparar em todos os sentidos que isso só demonstra incapacidade

Anónimo disse...

Perante as hipótese que apresentou de quem poderia ter razão neste debate, obviamente que escolho a
(1).
Agora se pretende transferir o debate para a esfera ideológica ou para as tendências ideológico-pedagógicas que permeiam a esfera educacional, quase me atrevo a adivinhar a sua preferência, que permitiria conduzir a uma política educacional de excelencia. Não me diga que devia estar apoiada em conceitos marxistas ou neomarxistas?
Reconheço a minha impreparação para esse debate. E aí concedo-lhe claramente o ponto (2). É que eu sou mais hegeliano, permita-me a referência sem grandes aprofundamentos.

Um abraço

Anónimo disse...

Anónimo das 14:05: Coreia do Norte, marxismos e neomarxismos, hegelianismos... Mas de que diabo está a falar? Ou estará só a desconversar por falta de argumentos?

Anónimo das 13:39: há desemprego entre professores, sim senhor. Se quer saber, em grande medida a culpa é dos próprios, que enveredaram por estudos de "banda estreita". Os cursos de ensino dão para o ensino e mais nada. Por azar, o sistema retraiu-se pelo lado da demografia, logo na altura em que o sistema estava a formar mais professores. Ou seja, a situação em que estamos é natural: há professores a mais, logo há desemprego entre professores. Mas isso pouco interessa para o caso. E o caso é que há desemprego, ao contrário do que o anónimo diz. E agora diga lá: em que tantas sentidos é que os professores estão a disparar? E a quem é que cabe a maior responsabilidade em encontrar soluções? Não é ao governo? Ou têm que ser movimentos de professores ou sindicatos a definir os métodos e as avaliações?

Anónimo disse...

ó Só eu é que trabalho, só eu é que sei
Então voce interpela o anónimo das 12.31 sobre a ideologia dele. Ele responde-lhe, e vocé diz-lhe que lhe faltam argumentos? Porra! Voce para alem dessa obstinada vocação para missionário, quer fazer dos outros estúpidos

Anónimo disse...

Mas que ideologia é que eu interpelei?! Que insinuações ou observações é que fiz sobre a ideologia? Limitei-me a concordar que o meu discurso pode estar enviezado por ideologias (várias, tantas que nem consigo identificar-lhes a origem) e afirmei, na forma de uma pergunta, que todos somos assim. Todos temos posturas enviezadas por ideologias várias e que por isso esse argumento é inútil.

Mais ainda, quem exige argumentos concretos aos outos (como esse anónimo me fez) e depois vem falar de ideologias, de "ismos" variados, o que está a fazer? A desconversar. Para isso, não estou disposto.

Anónimo disse...

Dois Blogs onde pode saber tudo sobre os seus vizinhos...

http://cafe-mondego.blogspot.com/


http://guardapolitica.blogspot.com/