Uma Universidade, uma região.

A recente tomada de posse do Magnifico Reitor da UBI e equipa reitoral, representa mais do que uma mudança tranquila. Representa uma expectativa de responsabilidade e comprometimento com a região.
Quando releio o trabalho do Grupo da Cova da Beira, nos anos 70, diga-se o ultimo grupo que de forma séria pensou a região e do qual o Dr.Duarte Simões, merecidamente representou, o ensino superior na região constituía um eixo estratégico, enquanto instrumento de valorização dos recursos humanos e naturais desta região.
O Reitor Santos Silva de alguma maneira representava pelas suas ligações históricas, uma geração muito ligada a esse estudo e consequente compromisso, como que o ultimo dos moicanos dessa tribo. E a falta que fazem tribos destas!
Contudo, apesar do trabalho mostrado, ficou aquém do excelente, por ter falhado esse compromisso de partida: a região.
A culpa nunca morreu solteira, nem morrerá. E neste caso é justo que não morra solteira.
A região, carece de liderança ou lideranças capazes de evitar estados sufocantes, atrofiantes da livre iniciativa e desempenhos á altura da modernidade das sociedades.
È nesta medida que a expectativa, de uma nova geração de lideres na UBI, coloca a fasquia num nível muito elevado. Trata-se da absoluta necessidade de salvar uma região. O desespero de quem não fugiu ao azar de lhe ter tocado o pior da política local, mesquinhos, intriguistas, oportunistas, incapazes de gerar consensos, crentes no pior de Maquiavel, “dividir para reinar”.
Por isso, felicitando-o pelos sinais de modernidade e atenção pela região, entende-se que não basta apresentar-se desengravatado, espera-se a muito curto prazo encontrá-lo de mangas arregaçadas. Esteja atento à “estratégia de Lisboa”, às normas da ENQA, à EUA. Porém nunca esqueça que a região espera muito da instituição, que queremos, dirija brilhantemente.
E se Santos Silva, bem ou mal, tinha o capital de representação de um excelente exemplo de pensamento e reflexão da região. A si pode caber-lhe a responsabilidade de ir fundo e liderar um novo tempo, que não esquece as raízes do pensamento e reformular, ajustar, actualizar as gentes, dentro e fora da universidade.
Como alguém dizia: o pessimista queixa-se, o optimista espera, o realista ajusta as velas.

Não se queixe desta gente toda, não creia que os políticos serão melhores, seja realista e boa viagem para todos.