Trata-se, obviamente, d’um acto censório semelhante ao da policia de Braga, quando recolheu a "Vulva de Gustave Courbet" duma banca de livros. Mas se neste caso de "a origem do mundo“ é dificil explicar o que é o pornográfico e o obsceno na obra d’arte, já os cartazes caralhosos do IMAGO, situam-se bem longe desse estatuto.
Começo já por esclarecer que, quanto a mim, a moral nunca se deve sobrepor àquilo que temos de mais natural, neste caso o nosso próprio pénis e em qualquer definição normativa de arte, as pilas deviam ter sempre uma carga simbólica divina. Digo eu.
Bom, se tivermos que relacionar o nível conceptual de todas as amputações na obra d’arte, porque é de amputação estética que estamos a falar, nunca mais daqui saímos. O que seria pois, do "David" de “Miguel Ângelo” por exemplo, sem o pénis, ou das “Vénus” sem as respectivas vaginas. Adiante. Isto para dizer que o objecto do pudor, é simplesmente a exibição de algumas velas em forma de pénis num cartaz censurado por estes estivadores culturais, que tem por dever de ofício defender a moral e bons costumes no condomínio fundanense. Com toda a certeza, estes pasquins mais o sô vereador, consideram a exibição lasciva dos phallus uma guloseima, cuja representação tem a finalidade de excitar sexualmente o observador incauto. Está bem visto sim senhor.
Contudo, não creio que este problema tenha só a ver com a sexualidade criada pela tradição judaico-cristã, mas também com uma questão de"bom senso” que prevaleceu, presumo eu, como medida da acção profiláctica dos zelosos “órgãos” e de Paulo fernandes; preocupados que algum indígena ao deparar-se com o cartaz do IMAGO ficasse a conhecer uma parte da anatomia masculina, por sinal, o caralho que o fez vir ao mundo.
Mas o que para mim é mais curioso no cartaz do IMAGO, é esta inclinação freudiana dos tais “órgãos de comunicação” e do sô vereador para a amputação, no fundo, da sua verdadeira natureza.
Não percebo o medo de expor publicamente um cartaz de aniversário, até porque os caralhetes não tem dentes, mas prontos, a inquietação que umas simples pilas, conseguem causar em alguns espíritos é sempre digna de registo. Pode, às tantas, o sô vereador mais os "órgãos" que o acompanham no dislate, serem pioneiros nesta demanda para o decoro, a pudicícia e outros recatos que uma vez interiorizados pelos basbaques fundanenses, os torna, por certo mais honrados e sobretudo felizes. Cá para mim, está na hora do IMAGO regressar à Covilhã.
Começo já por esclarecer que, quanto a mim, a moral nunca se deve sobrepor àquilo que temos de mais natural, neste caso o nosso próprio pénis e em qualquer definição normativa de arte, as pilas deviam ter sempre uma carga simbólica divina. Digo eu.
Bom, se tivermos que relacionar o nível conceptual de todas as amputações na obra d’arte, porque é de amputação estética que estamos a falar, nunca mais daqui saímos. O que seria pois, do "David" de “Miguel Ângelo” por exemplo, sem o pénis, ou das “Vénus” sem as respectivas vaginas. Adiante. Isto para dizer que o objecto do pudor, é simplesmente a exibição de algumas velas em forma de pénis num cartaz censurado por estes estivadores culturais, que tem por dever de ofício defender a moral e bons costumes no condomínio fundanense. Com toda a certeza, estes pasquins mais o sô vereador, consideram a exibição lasciva dos phallus uma guloseima, cuja representação tem a finalidade de excitar sexualmente o observador incauto. Está bem visto sim senhor.
Contudo, não creio que este problema tenha só a ver com a sexualidade criada pela tradição judaico-cristã, mas também com uma questão de"bom senso” que prevaleceu, presumo eu, como medida da acção profiláctica dos zelosos “órgãos” e de Paulo fernandes; preocupados que algum indígena ao deparar-se com o cartaz do IMAGO ficasse a conhecer uma parte da anatomia masculina, por sinal, o caralho que o fez vir ao mundo.
Mas o que para mim é mais curioso no cartaz do IMAGO, é esta inclinação freudiana dos tais “órgãos de comunicação” e do sô vereador para a amputação, no fundo, da sua verdadeira natureza.
Não percebo o medo de expor publicamente um cartaz de aniversário, até porque os caralhetes não tem dentes, mas prontos, a inquietação que umas simples pilas, conseguem causar em alguns espíritos é sempre digna de registo. Pode, às tantas, o sô vereador mais os "órgãos" que o acompanham no dislate, serem pioneiros nesta demanda para o decoro, a pudicícia e outros recatos que uma vez interiorizados pelos basbaques fundanenses, os torna, por certo mais honrados e sobretudo felizes. Cá para mim, está na hora do IMAGO regressar à Covilhã.
12 comentários:
Amen!
amputado devia ser o proprio IMAGO, que apenas serve meia duzia de cromos.
...amputados andam estes encarquilhados mentais,de escalpelo moral (caneta azul) sempre em riste na falta de tamanho para fazerem parte da algazarra,sofrendo com a pesada derrota à vista das suas minudências gangrenadas... sempre na intíma esperança que um caranguejo carrasco lhes intercepte o anús...
O tema do posté interessante, mas duvido que aí na Covilha, haja alguem com tomates para dar continuidade a um debate deste genero.
ó carpinteira, este blog está cada vez mais deslocado no espaço.Não lhe auguro grande futuro.
Aquele cartaz é uma verdadeira cartada de mestre da criatividade, uma obra prima do baralho! :D
caetano,
podes dizer caralho,que nós aqui não censuramos.
saudações
Não, não! Era baralho, mesmo ;)
Achei piada ao comentário lacónico do Público para justificar a recusa: "A vossa criatividade não foi aceite pela divisão de publicidade"... :)
http://mafiadacova.blogspot.com/2009/10/mafia-errou.html
Vê se tens a mesma opacidade!
anonimo das 15'27,
Se o mafia da cova diz que errou, é porque é verdade, mas nós nada temos a ver com os erros dos outros.
Já agora, se não fosse pedir muito,esplica-nos lá, por que razão haviamos nós de ser opacos? Só para ver se eu te compreendo.
Queres por palavras ou preferes um desenho?
Não sejas preguiçoso k chegas lá.
Está visto que o cartaz cumpriu o seu objectivo: que se falasse num obscuro festival de música - com uns filmes pelo meio - que serve apenas para que dois funcionários culturais possam continuar a viajar à conta do erário público.
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